O poder vai dançar de Tim Robbins: história, avanços e limites

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Branco, Neyde Figueira
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-30092011-160430/
Resumo: Esta pesquisa se utiliza do filme O poder vai dançar (Cradle will rock, 1999), dirigido por Tim Robbins, para entender a História, os avanços e limites de dois momentos históricos: a década de 1930 e a de 1990 nos Estados Unidos. Definido como uma história predominantemente verdadeira, o filme apresenta personagens e fatos reais e fictícios, que se alternam e se relacionam. Ele é composto por uma série de narrativas, aparentemente fragmentadas e desconexas, mas cujas relações são construídas em todo o seu decorrer. De modo geral, podemos dizer que o filme retrata a década de 1930, momento de potencial revolucionário na História dos Estados Unidos, uma vez que a crise econômica potencializou e tornou visíveis os problemas decorrentes do sistema capitalista. Em seu intento, o diretor se aproxima da concepção benjaminiana de História, à medida que, mais do que simplesmente reproduzir a narrativa desse período, opta por se apropriar de um momento explosivo do passado, carregado de elementos em comum com o presente, e utilizar a citação do passado como fonte de inspiração no combate presente. Ou seja, parte desse passado para na verdade dizer algo sobre a realidade em que está inserido, da década de 1990. Assim, ao pensar sobre esses contextos históricos, nos possibilita refletir sobre suas características, motivações e conseqüências. Para tanto, Tim Robbins se utiliza de elementos do teatro épico, e não apenas retrata os elementos históricos do período, mas busca principalmente provocar uma reflexão por parte da audiência. E tal reflexão vai além do entendimento da história, avança sobre questões como o reconhecimento pelo artista de sua condição de proletário da cultura e sobre o limite que se coloca entre fazer arte paga por empresas e a prostituição, entre outras.
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