O efeito de variáveis verbais e não verbais sobre o comportamento de escolha de alimentos em crianças
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-09022011-103124/ |
Resumo: | Salzinger (1998) define o comportamento verbal como um operante sujeito às conseqüências e discute que o comportamento verbal é parte de uma cadeia de respostas verbais e não verbais, públicas e encobertas, estando intimamente envolvido no manejo de outros comportamentos às vezes como causa, agindo como estímulo discriminativo e outras vezes apresentando o papel de efeito. Nesta encadeamento verbal, é fundamental estudar o papel das regras como estímulos verbais que descrevem contingências de reforçamento de forma completa ou parcial e conseqüências, e controlam a probabilidade de uma resposta. O presente estudo teve como objetivo investigar o efeito de variáveis verbais antecedentes com e sem autoclíticos, conseqüentes com autoclíticos e conseqüentes não verbais, para a instalação e manutenção do comportamento de escolha de alimentos variados para o café da manhã, considerando os diferentes grupos alimentares. Para isto, vinte crianças com faixa etária entre 10 e 12 anos foram organizadas igualmente em cinco Experimentos com arranjos diferentes quanto ao uso de variáveis verbais e não verbais. Na mesa de escolha de alimentos, havia quatro alimentos representantes dos carboidratos, dois das gorduras e quatro das proteínas e era considerada como escolha variada a resposta de escolher ao menos dois representantes dos carboidratos e proteínas e um das gorduras. Foram testadas ao todo dez diferentes variáveis nesse estudo, sendo nove delas verbais e uma não verbal, entre antecedentes e conseqüentes, distribuídas entre os Experimentos de forma a se manter um equilíbrio do número de fases em cada um deles. Houve variáveis antecedentes com variados graus de descrição da resposta que a criança deveria desempenhar, cada uma com autoclíticos diferentes, variáveis aplicadas individualmente e em grupo e uma variável de controle aversivo. Em alguns Experimentos procurou-se inverter as fases com emprego de variável antecedente com as fases que empregaram variável conseqüente, para se estabelecer uma comparação quanto à eficácia das mesmas na instalação e manutenção do comportamento de escolha variada. Os resultados principais indicam maior controle verbal das variáveis verbais conseqüentes com autoclíticos e das variáveis antecedentes com autoclíticos específicos e com descrição da resposta bem detalhada que aumenta a discriminabilidade dos estímulos relacionados à resposta e a probabilidade do fazer. Além da avaliação de que componentes da variável verbal podem melhor funcionar no controle do comportamento não verbal, no estudo fica evidente o importante papel das variáveis sociais na efetividade do controle verbal. Identificou-se especialmente no Experimento 5 que o controle verbal é maior em grupo, tanto no que se refere à mudança de comportamento de todos os participantes, como à manutenção da mesma após a retirada do controle verbal. As discussões gerais sobre os resultados mostram que o comportamento de escolha de alimentos parece ser fortemente instalado ao longo da história, de modo que sua alteração requer variáveis verbais tanto antecedentes como conseqüentes bastante específicas |
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O efeito de variáveis verbais e não verbais sobre o comportamento de escolha de alimentos em criançasThe effect of verbal and nonverbal variables on children\'s foodchoice behaviorChoice behaviorComportamento de escolhaComunicação não verbalComunicação verbalFood preferencesNonverbal communicationPreferências alimentaresVerbal communicationSalzinger (1998) define o comportamento verbal como um operante sujeito às conseqüências e discute que o comportamento verbal é parte de uma cadeia de respostas verbais e não verbais, públicas e encobertas, estando intimamente envolvido no manejo de outros comportamentos às vezes como causa, agindo como estímulo discriminativo e outras vezes apresentando o papel de efeito. Nesta encadeamento verbal, é fundamental estudar o papel das regras como estímulos verbais que descrevem contingências de reforçamento de forma completa ou parcial e conseqüências, e controlam a probabilidade de uma resposta. O presente estudo teve como objetivo investigar o efeito de variáveis verbais antecedentes com e sem autoclíticos, conseqüentes com autoclíticos e conseqüentes não verbais, para a instalação e manutenção do comportamento de escolha de alimentos variados para o café da manhã, considerando os diferentes grupos alimentares. Para isto, vinte crianças com faixa etária entre 10 e 12 anos foram organizadas igualmente em cinco Experimentos com arranjos diferentes quanto ao uso de variáveis verbais e não verbais. Na mesa de escolha de alimentos, havia quatro alimentos representantes dos carboidratos, dois das gorduras e quatro das proteínas e era considerada como escolha variada a resposta de escolher ao menos dois representantes dos carboidratos e proteínas e um das gorduras. Foram testadas ao todo dez diferentes variáveis nesse estudo, sendo nove delas verbais e uma não verbal, entre antecedentes e conseqüentes, distribuídas entre os Experimentos de forma a se manter um equilíbrio do número de fases em cada um deles. Houve variáveis antecedentes com variados graus de descrição da resposta que a criança deveria desempenhar, cada uma com autoclíticos diferentes, variáveis aplicadas individualmente e em grupo e uma variável de controle aversivo. Em alguns Experimentos procurou-se inverter as fases com emprego de variável antecedente com as fases que empregaram variável conseqüente, para se estabelecer uma comparação quanto à eficácia das mesmas na instalação e manutenção do comportamento de escolha variada. Os resultados principais indicam maior controle verbal das variáveis verbais conseqüentes com autoclíticos e das variáveis antecedentes com autoclíticos específicos e com descrição da resposta bem detalhada que aumenta a discriminabilidade dos estímulos relacionados à resposta e a probabilidade do fazer. Além da avaliação de que componentes da variável verbal podem melhor funcionar no controle do comportamento não verbal, no estudo fica evidente o importante papel das variáveis sociais na efetividade do controle verbal. Identificou-se especialmente no Experimento 5 que o controle verbal é maior em grupo, tanto no que se refere à mudança de comportamento de todos os participantes, como à manutenção da mesma após a retirada do controle verbal. As discussões gerais sobre os resultados mostram que o comportamento de escolha de alimentos parece ser fortemente instalado ao longo da história, de modo que sua alteração requer variáveis verbais tanto antecedentes como conseqüentes bastante específicasSalzinger (1998) defines verbal behavior as an operant subject to consequences and argues that verbal behavior is part of a chain of verbal and nonverbal, overt or covert responses, being closely involved in managing other behaviors sometimes as \"cause\", acting as a discriminative stimulus, and other times playing an effect role. In this verbal enchainment, it is of fundamental importance to study the role of rules as verbal stimuli which describe reinforcing contingencies in a complete or partial manner and consequences, and control the likelihood of a response. The objective of this paper was to investigate the effect of antecedent verbal variables with and without autoclytics, consequents with autoclytics and nonverbal consequents, on the onset and maintenance of the behavior to choose varied foods for breakfast, considering the different food groups. To this end, twenty children aged between 10 and 12 were equally divided into five experiments with different arrangements as to the use of verbal and nonverbal variants. On the food choice table, there were four types of foods representing carbohydrates, two for fats and four for proteins, with a varied choice being considered as the response to choose at least two types of carbohydrates and proteins and one of fats. In all, ten different variables were tested in this study, with nine of them being verbal and one nonverbal, between antecedents and consequents, distributed among the experiments so as to maintain a balance of the number of phases in each one of them. There were antecedent variables with various degrees of description of the response the child was supposed to perform, each with different autoclytics, individually- and groupapplied variables and an aversive control variable. In some experiments we tried to reverse the phases using an antecedent variable with the phases which used a consequent variable, in order to establish a comparison as to their effectiveness in the onset and maintenance of the varied choice behavior. The main results indicate greater verbal control of consequent verbal variables with autoclytics and of antecedent variables with specific autoclytics and with detailed description of the response, which increases discriminability of the response-related stimuli and the likelihood of performing it. In addition to the assessment that components of the verbal variable may work better in controlling nonverbal behavior, the study evidences the important role played by social variables in the effectiveness of verbal control. It was identified, especially in experiment 5, that verbal control is higher in group, both regarding the change of behavior by all participants and its maintenance after verbal control was removed. General discussions on the results show that the food choice behavior seems to have been strongly settled along history, so that its alteration requires very specific verbal variables both antecedent and consequentBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHübner, Maria Martha CostaBaptistussi, Maira Cantarelli2010-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-09022011-103124/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:29Zoai:teses.usp.br:tde-09022011-103124Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Salzinger (1998) define o comportamento verbal como um operante sujeito às conseqüências e discute que o comportamento verbal é parte de uma cadeia de respostas verbais e não verbais, públicas e encobertas, estando intimamente envolvido no manejo de outros comportamentos às vezes como causa, agindo como estímulo discriminativo e outras vezes apresentando o papel de efeito. Nesta encadeamento verbal, é fundamental estudar o papel das regras como estímulos verbais que descrevem contingências de reforçamento de forma completa ou parcial e conseqüências, e controlam a probabilidade de uma resposta. O presente estudo teve como objetivo investigar o efeito de variáveis verbais antecedentes com e sem autoclíticos, conseqüentes com autoclíticos e conseqüentes não verbais, para a instalação e manutenção do comportamento de escolha de alimentos variados para o café da manhã, considerando os diferentes grupos alimentares. Para isto, vinte crianças com faixa etária entre 10 e 12 anos foram organizadas igualmente em cinco Experimentos com arranjos diferentes quanto ao uso de variáveis verbais e não verbais. Na mesa de escolha de alimentos, havia quatro alimentos representantes dos carboidratos, dois das gorduras e quatro das proteínas e era considerada como escolha variada a resposta de escolher ao menos dois representantes dos carboidratos e proteínas e um das gorduras. Foram testadas ao todo dez diferentes variáveis nesse estudo, sendo nove delas verbais e uma não verbal, entre antecedentes e conseqüentes, distribuídas entre os Experimentos de forma a se manter um equilíbrio do número de fases em cada um deles. Houve variáveis antecedentes com variados graus de descrição da resposta que a criança deveria desempenhar, cada uma com autoclíticos diferentes, variáveis aplicadas individualmente e em grupo e uma variável de controle aversivo. Em alguns Experimentos procurou-se inverter as fases com emprego de variável antecedente com as fases que empregaram variável conseqüente, para se estabelecer uma comparação quanto à eficácia das mesmas na instalação e manutenção do comportamento de escolha variada. Os resultados principais indicam maior controle verbal das variáveis verbais conseqüentes com autoclíticos e das variáveis antecedentes com autoclíticos específicos e com descrição da resposta bem detalhada que aumenta a discriminabilidade dos estímulos relacionados à resposta e a probabilidade do fazer. Além da avaliação de que componentes da variável verbal podem melhor funcionar no controle do comportamento não verbal, no estudo fica evidente o importante papel das variáveis sociais na efetividade do controle verbal. Identificou-se especialmente no Experimento 5 que o controle verbal é maior em grupo, tanto no que se refere à mudança de comportamento de todos os participantes, como à manutenção da mesma após a retirada do controle verbal. As discussões gerais sobre os resultados mostram que o comportamento de escolha de alimentos parece ser fortemente instalado ao longo da história, de modo que sua alteração requer variáveis verbais tanto antecedentes como conseqüentes bastante específicas |
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