Estudo sobre infecções por Alphavirus e Flavivirus em amostras de banco de sangue

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Romeiro, Marilia Farignoli
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-17122019-142443/
Resumo: Os primeiros bancos de sangue no Brasil foram fundados em 1941. Com a descoberta do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e principalmente a partir de 1988, os doadores passaram a ser cadastrados e o sangue triado para alguns patógenos. Contudo, arbovírus como os do Dengue, já descrito em casos de transmissão via transfusional, não são triados em doadores, e com a emergência dos vírus Zika e Chikungunya este risco se tornou ainda maior. O presente trabalho, realizado em 2017 e 2018, estuda infecções por Alphavirus e Flavivirus em doadores de sangue na cidade de São Carlos, SP. Foram analisados plasmas de 5.608 doadores de sangue por pesquisa dos genomas destes vírus e de anticorpos, bem como testes de neutralização. Observou-se que 4 doadores estavam infectados com vírus Zika representando risco de transmissão viral a receptores de produtos dos seus sangues. Oito doadores apresentavam anticorpos IgM específicos para CHIKV, mostrando que, em período anterior recente, no qual ocorreram alguns casos na comunidade, doadores teriam oferecido risco de transmissão a receptores de produtos dos seus sangues. A ocorrência de 36 doadores IgM-positivos para vírus Mayaro e ainda outros 11 com anticorpos neutralizantes específicos, sugere que, em período anterior recente, estes indivíduos tenham se infectado por este vírus com risco de transmissão a receptores de produtos dos seus sangues. O inédito diagnóstico sorológico de infecções por Mayaro em doadores de sangue evidencia que este vírus deva ter circulado, ou estar circulando, inadvertido, no Estado de São Paulo, a causar infecção humana, o que exige a atenção do Sistema de Saúde Pública.
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