Caracterização da postura e da mobilidade em adolescentes federados em basquete
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-25052012-175458/ |
Resumo: | Adolescentes federados de basquete têm maior demanda de treino físico, técnico, tático e resistência muscular. Na puberdade, fatores ambientais e físicos, associados à imaturidade das estruturas musculoesqueléticas podem alterar a força muscular, equilíbrio, mobilidade e flexibilidade articular, além de influenciar o desenvolvimento postural. Na tentativa de conhecer e entender as consequências do treinamento esportivo, alguns estudos avaliaram a postura estática qualitativamente, entretanto os meios utilizados não foram confiáveis ou reprodutíveis. O propósito desse estudo foi de avaliar quantitativamente as alterações posturais, a mobilidade e a flexibilidade nos adolescentes federados no basquete. Participaram do estudo 74 adolescentes saudáveis, divididos em dois grupos, federados no basquete (GA) (n=36) e grupo controle (GC) (n=38). A análise postural foi realizada pela fotogrametria com o auxílio do software de avaliação postural (SAPO versão 0.63 ® e de marcadores colocados nas referências ósseas. As variáveis posturais analisadas foram cabeça, ombro, escápula, coluna torácica e lombar, pelve, tronco e inclinação lateral da coluna. Foram realizadas a goniometria para a avaliação da mobilidade dos membros superiores e o teste do 3° dedo ao solo para a avaliação da flexibilidade. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva (média, desvio padrão) e Ancova para verificar a influência das variáveis explicativas nas variáveis independentes, adotando-se igual a 5%. No plano frontal, os atletas apresentaram maior inclinação lateral da coluna (GA=5,0°±2,4 e GC=3,7°±1,6) e no plano sagital direito menores valores para: anteriorização da cabeça (GA=51,4°±5,3 e GC=48,6°±5,6), anteversão pélvica (GA=11,4°±5,9 e GC=14,5°± 5,1), alinhamento vertical do tronco (GA=-0,7°±2,8 e GC=0,7° ± 2,6) e cifose torácica (GA=27,9°±7,0 e GC= 32,9°±7,5). No plano sagital esquerdo, os atletas apresentaram menores valores para anteriorização da cabeça (GA=52,5°±5,7 e GC=46,4°±5,6), protusão do ombro (GA=5,9°±2,2 e GC=8,3°±2,1) e anteversão pélvica (GA=10,2°±6,1 e GC=14,6°±4,3). As variáveis posturais do plano frontal (alinhamento dos ombros e postura da escápula esquerda) apresentaram influência da idade. O índice da assimetria horizontal da escápula teve influência da altura e a lordose lombar esquerda sofreu efeito da intensidade da dominância. Quanto à mobilidade o grupo atleta apresentou maior amplitude com significância estatística para os movimentos do ombro (flexão E, extensão D, adução D/E), cotovelo hiperextensão D e E) e punho (supinação E). Sugere-se que a postura e a mobilidade articular sofrem influência do treinamento de basquete, deste modo devem ser consideradas durante o treinamento esportivo de basquete para acompanhar o desenvolvimento dos adolescentes atletas |
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Caracterização da postura e da mobilidade em adolescentes federados em basqueteCharacterization of posture and mobility in adolescents federated to basketballAdolescentAdolescenteBasketballBasquetebolFlexibilidadeFlexibilityGoniometriaGoniometryPosturaPostureAdolescentes federados de basquete têm maior demanda de treino físico, técnico, tático e resistência muscular. Na puberdade, fatores ambientais e físicos, associados à imaturidade das estruturas musculoesqueléticas podem alterar a força muscular, equilíbrio, mobilidade e flexibilidade articular, além de influenciar o desenvolvimento postural. Na tentativa de conhecer e entender as consequências do treinamento esportivo, alguns estudos avaliaram a postura estática qualitativamente, entretanto os meios utilizados não foram confiáveis ou reprodutíveis. O propósito desse estudo foi de avaliar quantitativamente as alterações posturais, a mobilidade e a flexibilidade nos adolescentes federados no basquete. Participaram do estudo 74 adolescentes saudáveis, divididos em dois grupos, federados no basquete (GA) (n=36) e grupo controle (GC) (n=38). A análise postural foi realizada pela fotogrametria com o auxílio do software de avaliação postural (SAPO versão 0.63 ® e de marcadores colocados nas referências ósseas. As variáveis posturais analisadas foram cabeça, ombro, escápula, coluna torácica e lombar, pelve, tronco e inclinação lateral da coluna. Foram realizadas a goniometria para a avaliação da mobilidade dos membros superiores e o teste do 3° dedo ao solo para a avaliação da flexibilidade. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva (média, desvio padrão) e Ancova para verificar a influência das variáveis explicativas nas variáveis independentes, adotando-se igual a 5%. No plano frontal, os atletas apresentaram maior inclinação lateral da coluna (GA=5,0°±2,4 e GC=3,7°±1,6) e no plano sagital direito menores valores para: anteriorização da cabeça (GA=51,4°±5,3 e GC=48,6°±5,6), anteversão pélvica (GA=11,4°±5,9 e GC=14,5°± 5,1), alinhamento vertical do tronco (GA=-0,7°±2,8 e GC=0,7° ± 2,6) e cifose torácica (GA=27,9°±7,0 e GC= 32,9°±7,5). No plano sagital esquerdo, os atletas apresentaram menores valores para anteriorização da cabeça (GA=52,5°±5,7 e GC=46,4°±5,6), protusão do ombro (GA=5,9°±2,2 e GC=8,3°±2,1) e anteversão pélvica (GA=10,2°±6,1 e GC=14,6°±4,3). As variáveis posturais do plano frontal (alinhamento dos ombros e postura da escápula esquerda) apresentaram influência da idade. O índice da assimetria horizontal da escápula teve influência da altura e a lordose lombar esquerda sofreu efeito da intensidade da dominância. Quanto à mobilidade o grupo atleta apresentou maior amplitude com significância estatística para os movimentos do ombro (flexão E, extensão D, adução D/E), cotovelo hiperextensão D e E) e punho (supinação E). Sugere-se que a postura e a mobilidade articular sofrem influência do treinamento de basquete, deste modo devem ser consideradas durante o treinamento esportivo de basquete para acompanhar o desenvolvimento dos adolescentes atletasAdolescents federated to basketball have an increasing demand for physical, technical, tactical and endurance training. At puberty, environmental and physical factors, associated with musculoskeletal structures immaturity may alter muscle strength, balance, mobility and joint flexibility, as well as influence the posture development. In an attempt to know and understand the consequences of sports training, studies have assessed the qualitative approach; however the means of assessing the posture statistics were not reliable or reproducible. The purpose of this study was to evaluate quantitatively the postural changes, the mobility and the flexibility presented in adolescents federated tobasketball. The study included 74 healthy adolescents, divided into two groups: athletes federated to basketball (AG) (n = 36) and A control group (CG) (n = 38). The quantitative postural analysis was performed by photogrammetry measured using the Postural Assesment Software (PAS/SAPO) and markers previously placed on bone references. The postural variables analyzed were head, shoulder, scapula, thoracic and lumbar spne, pelvis, trunk and lateral inclination of the spine. Goniometry was performed to evaluate the mobility of the upper limbs and the testing of the 3rd finger to the ground to assess flexibility. The data was analyzed by descriptive statistics (average, standard deviation) and Ancova to check the influence of the explanatory variables in the independent variables, by adopting the equal to 5%. In the frontal plane, athletes had greater lateral inclination of the spine (AG = 5.0° ± 2.4 and CG = 3.7° ± 1.6) and in the right sagittal plane they had lower values for the head (AG = 51,4° ± 5.3 and CG = 48.6° ± 5.62), pelvic anteversion (AG = 11.4° ± 5.9 and CG = 14.5° ± 5.1), vertical alignment of the trunk (AG = -0.76° ± 2.8 and CG = 0,7° ± 2.6) and thoracic kyphosis (AG = 27.9°± 7.0 and CG = 32.9° ± 7.5). In the left sagittal plane the athletes had lower values for the anterior head (AG = 52.5°± 5.7 and CG = 46.4° ± 5.6), protrusion of the shoulder (AG = 5.9 cm ± 2.2 and CG = 8.3 cm ± 2.1) and pelvic anteversion (AG = 10.2° ± 6.1 and CG = 14.6° ± 4.3). The variables in the postural frontal plane (shoulder alignment and posture of the left scapula) were influenced by age. The index of asymmetry of the horizontal scapula was influenced by the height and the left lumbar lordosis suffered the intensity of dominance. As for mobility, the athlete group showed higher amplitude with statistical significance for the movement of the shoulder (flexion L, extension R, adduction R / L), elbow (hyperextension R and L), and wrist (supination L). It is suggested that the posture and joint mobility are influenced by basketball training thus they should be considered during the basketball training in order to follow the development of young athletesBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJoão, Silvia Maria AmadoGuedes, Patrícia Ferreira2012-03-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-25052012-175458/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:31Zoai:teses.usp.br:tde-25052012-175458Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Adolescentes federados de basquete têm maior demanda de treino físico, técnico, tático e resistência muscular. Na puberdade, fatores ambientais e físicos, associados à imaturidade das estruturas musculoesqueléticas podem alterar a força muscular, equilíbrio, mobilidade e flexibilidade articular, além de influenciar o desenvolvimento postural. Na tentativa de conhecer e entender as consequências do treinamento esportivo, alguns estudos avaliaram a postura estática qualitativamente, entretanto os meios utilizados não foram confiáveis ou reprodutíveis. O propósito desse estudo foi de avaliar quantitativamente as alterações posturais, a mobilidade e a flexibilidade nos adolescentes federados no basquete. Participaram do estudo 74 adolescentes saudáveis, divididos em dois grupos, federados no basquete (GA) (n=36) e grupo controle (GC) (n=38). A análise postural foi realizada pela fotogrametria com o auxílio do software de avaliação postural (SAPO versão 0.63 ® e de marcadores colocados nas referências ósseas. As variáveis posturais analisadas foram cabeça, ombro, escápula, coluna torácica e lombar, pelve, tronco e inclinação lateral da coluna. Foram realizadas a goniometria para a avaliação da mobilidade dos membros superiores e o teste do 3° dedo ao solo para a avaliação da flexibilidade. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva (média, desvio padrão) e Ancova para verificar a influência das variáveis explicativas nas variáveis independentes, adotando-se igual a 5%. No plano frontal, os atletas apresentaram maior inclinação lateral da coluna (GA=5,0°±2,4 e GC=3,7°±1,6) e no plano sagital direito menores valores para: anteriorização da cabeça (GA=51,4°±5,3 e GC=48,6°±5,6), anteversão pélvica (GA=11,4°±5,9 e GC=14,5°± 5,1), alinhamento vertical do tronco (GA=-0,7°±2,8 e GC=0,7° ± 2,6) e cifose torácica (GA=27,9°±7,0 e GC= 32,9°±7,5). No plano sagital esquerdo, os atletas apresentaram menores valores para anteriorização da cabeça (GA=52,5°±5,7 e GC=46,4°±5,6), protusão do ombro (GA=5,9°±2,2 e GC=8,3°±2,1) e anteversão pélvica (GA=10,2°±6,1 e GC=14,6°±4,3). As variáveis posturais do plano frontal (alinhamento dos ombros e postura da escápula esquerda) apresentaram influência da idade. O índice da assimetria horizontal da escápula teve influência da altura e a lordose lombar esquerda sofreu efeito da intensidade da dominância. Quanto à mobilidade o grupo atleta apresentou maior amplitude com significância estatística para os movimentos do ombro (flexão E, extensão D, adução D/E), cotovelo hiperextensão D e E) e punho (supinação E). Sugere-se que a postura e a mobilidade articular sofrem influência do treinamento de basquete, deste modo devem ser consideradas durante o treinamento esportivo de basquete para acompanhar o desenvolvimento dos adolescentes atletas |
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