Variação fenotípica de Eucalyptus saligna Smith, de Itatinga (SP): árvores superiores, sementes e progênies de polinização livre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mirta Noemí Báez
Data de Publicação: 1994
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.11.2019.tde-20190821-121930
Resumo: Com o objetivo de estudar a variação fenotípica de uma população base de Eucalyptus saligna, foram avaliados 11 carateres morfológicos em 48 árvores matrizes classificadas visualmente a campo em 3 tipos, tipo saligna (16 árvores), tipo híbrido (17 árvores) e tipo botryoides (15 árvores). Além disso, foram avaliadas suas progênies de polinização livre por 7 carateres morfológicos, na fase de muda. Também, foi estudada a variação na produção de sementes. A produção de sementes foi avaliada mediante o número de sementes por quilograma e número de sementes por fruto e relacionada com a porcentagem de aproveitamento de mudas e a porcentagem de falhas na germinação. A relação entre estas características foi estudada pela análise da regressão. Os resultados obtidos na produção de sementes indicam que matrizes: com uma alta produção de sementes por quilograma apresentam uma porcentagem maior de aproveitamento das mudas e uma menor porcentagem de falhas na germinação das sementes. As metodologias empregadas para a classificação das árvores matrizes e suas progênies foram: a técnica de componentes principais e quatro métodos de agrupamento hierárquicos aglomerativos. A análise de componentes principais utilizou-se para gerar a matriz de correlações que permitiu estudar a associação de carateres e o descarte de variáveis redundantes. Foram utilizadas quatro técnicas de agrupamento: ligação mínima, ligação completa, ligação média de grupo (UPGMA) e método de Ward; sendo as características morfológicas analisadas: o número de botões por umbela, número de frutos por infrutescência, diâmetro e comprimento dos frutos, número de valvas por fruto, porcentagem de frutos pedicelados, largura e comprimento dos pedicelos da inflorescência, largura, comprimento e forma das folhas. Como medida de dissimilaridade foi empregada a distância euclidiana média. Os dendrogramas construídos permitiram constatar o agrupamento fenotípico visual a campo baseado no aspecto das matrizes. Os resultados semelhantes nos quatro métodos de agrupamento comprovaram a existência de uma estrutura interna nos dados. Os dendrogramas agruparam os tipos saligna e híbrido num grupo, sugerindo que este último grupo mostra apenas uma pequena diferença quando é comparado com o tipo saligna pelas características de folhas e frutos. Entretanto, o tipo botryoides mostrou uma grande dispersão com características morfológicas distintas do tipo botryoides. As análises de agrupamento repetidas nas progênies de polinização livre destas matrizes mostraram uma estrutura de agrupamento mais débil que no caso anterior. Além disso, estes agrupamentos não concordaram estritamente com o agrupamento fenótipo das matrizes, indicando a possibilidade de cruzamentos das matrizes tipo saligna com árvores tipo botryoides.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Variação fenotípica de Eucalyptus saligna Smith, de Itatinga (SP): árvores superiores, sementes e progênies de polinização livre Phenotypic variation of Eucalyptus saligna Smith from Itatinga (SP): superior trees, seeds and open pollinated progenies 1994-08-16Mario FerreiraMirta Noemí BáezUniversidade de São PauloRecursos FlorestaisUSPBR EUCALIPTO GENÉTICA DE POPULAÇÕES VEGETAIS MORFOLOGIA VARIAÇÃO FENOTÍPICA Com o objetivo de estudar a variação fenotípica de uma população base de Eucalyptus saligna, foram avaliados 11 carateres morfológicos em 48 árvores matrizes classificadas visualmente a campo em 3 tipos, tipo saligna (16 árvores), tipo híbrido (17 árvores) e tipo botryoides (15 árvores). Além disso, foram avaliadas suas progênies de polinização livre por 7 carateres morfológicos, na fase de muda. Também, foi estudada a variação na produção de sementes. A produção de sementes foi avaliada mediante o número de sementes por quilograma e número de sementes por fruto e relacionada com a porcentagem de aproveitamento de mudas e a porcentagem de falhas na germinação. A relação entre estas características foi estudada pela análise da regressão. Os resultados obtidos na produção de sementes indicam que matrizes: com uma alta produção de sementes por quilograma apresentam uma porcentagem maior de aproveitamento das mudas e uma menor porcentagem de falhas na germinação das sementes. As metodologias empregadas para a classificação das árvores matrizes e suas progênies foram: a técnica de componentes principais e quatro métodos de agrupamento hierárquicos aglomerativos. A análise de componentes principais utilizou-se para gerar a matriz de correlações que permitiu estudar a associação de carateres e o descarte de variáveis redundantes. Foram utilizadas quatro técnicas de agrupamento: ligação mínima, ligação completa, ligação média de grupo (UPGMA) e método de Ward; sendo as características morfológicas analisadas: o número de botões por umbela, número de frutos por infrutescência, diâmetro e comprimento dos frutos, número de valvas por fruto, porcentagem de frutos pedicelados, largura e comprimento dos pedicelos da inflorescência, largura, comprimento e forma das folhas. Como medida de dissimilaridade foi empregada a distância euclidiana média. Os dendrogramas construídos permitiram constatar o agrupamento fenotípico visual a campo baseado no aspecto das matrizes. Os resultados semelhantes nos quatro métodos de agrupamento comprovaram a existência de uma estrutura interna nos dados. Os dendrogramas agruparam os tipos saligna e híbrido num grupo, sugerindo que este último grupo mostra apenas uma pequena diferença quando é comparado com o tipo saligna pelas características de folhas e frutos. Entretanto, o tipo botryoides mostrou uma grande dispersão com características morfológicas distintas do tipo botryoides. As análises de agrupamento repetidas nas progênies de polinização livre destas matrizes mostraram uma estrutura de agrupamento mais débil que no caso anterior. Além disso, estes agrupamentos não concordaram estritamente com o agrupamento fenótipo das matrizes, indicando a possibilidade de cruzamentos das matrizes tipo saligna com árvores tipo botryoides. The aim of this work was to study the phenotypic variation of a Eucalyptus saligna Smith base population assessed by eleven morphological characteristics, in 48 adult trees visually classified in the field, in three types, type saligna (16 trees), type hybrid (17 trees) and type botryoides (15 trees). At the nursery stage, their open-pollinated progenies were assessed by seven morphological characteristics. The variation in seed production was also studied. The seed production was evaluated by the number of seeds per kilogram, the number of seeds per fruit and the percentage of seedlings yield and the percentage of germination failures. The relationship between these characteristics was studied by the analysis of regression. Results obtained in the production of seeds showed that trees with a high seed production per kilogram had a higher seedlings yield and a lower percentage of germination failures. The method used for ordinating the adult trees and their open-pollinated progenies were: the principal component analysis and four sequential agglomerative hierarquical nonoverlapping clustering methods. The correlation matrix generated by the principal component analysis allowed to study the relationship among the variables and to discharge the redundant ones. Four clustering methods were used: single linkage, complete linkage, average linkage (UPGMA), and Ward's method, and eleven morphological characteristics were evaluated: the number of buds per inflorescence, number of fruits per infrutescence, diameter and length of the fruits, number of valves per fruit, percentage of pedicellate fruits, width and length of the inflorescence pedicels, width, length and form of the leaves. As a measure of dissimilarity, the average euclidian distance was used. The dendrograms built through the four methods agreed with the field phenotypic visual clustering based upon the appearance of the adult trees. The existence of an internai data structure was proved through the similar results achieved in the four clustering methods. The dendrograms clustered the types saligna and hybrid in a single group, suggesting that this last type shows a small difference when compared with the saligna type through leaves and fruits characteristics. Meanwhile, the botryoides type showed a great dispersion, with several trees with morphological characteristics different from E. botryoides. The clustering analysis repeated in the open-pollinated progenies of these adult trees showed a weak clustering structure when compared with the former ones. Besides, these clusterings did not agree strictly with the phenotypic clustering of the adult trees, indicating the possibility of mating between the saligna type and the botryoides type. https://doi.org/10.11606/D.11.2019.tde-20190821-121930info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:36:18Zoai:teses.usp.br:tde-20190821-121930Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T13:00:23.778535Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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