Fatores preditores do uso de insulina em pacientes com diabetes melito gestacional diagnosticado pelo teste de tolerância à glicose oral de 100 gramas
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-29042009-132253/ |
Resumo: | Objetivo: O objetivo desse estudo foi identificar a associação entre fatores clínicos e laboratoriais com o uso de insulina em gestantes com DMG no momento do diagnóstico e analisar os possíveis fatores preditores do uso de insulina. Método: Foram estudadas, de forma retrospectiva, 294 pacientes com diabetes melito gestacional (DMG) diagnosticado por meio do teste de tolerância à glicose oral de 100 gramas (TTGO-100g) entre 24 e 33 semanas completas de gestação, cujo seguimento pré-natal foi realizado ambulatorialmente pelo setor de Endocrinopatias e Gestação da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 1 de julho de 2002 a 30 de junho de 2008. Os seguintes fatores clínicos e laboratoriais, que pudessem estar associados ao uso de insulina para controle glicêmico, foram analisados: idade materna, obesidade pré-gestacional - índice de massa corpórea (IMC) > 30 Kg/m2, antecedente familiar de diabetes melito (DM), tabagismo, hipertensão arterial, uso de corticosteróides sistêmicos, antecedente obstétrico de DMG e de macrossomia fetal, nuliparidade, multiparidade, antecedente obstétricos de natimortos e neomortos, idade gestacional no momento do diagnóstico, gemelidade, índice de líquido amniótico (ILA) aumentado ILA > 18 cm, polidrâmnio (ILA > 25 cm), número de valores anormais do TTGO-100g, glicemia de jejum anormal no TTGO- 100g glicemia de jejum > 95 mg/dL; média das quatro glicemias aferidas no TTGO-100g; valor da glicemia de jejum, de 1ª, 2ª e 3ª horas do TTGO-100g e hemoglobina glicada (HbA1c). A associação entre cada fator e a necessidade de insulinoterapia foi analisada individualmente (2 de Pearson / teste exato de Fisher e teste t de Student). O modelo de regressão logística para a análise multivariada foi usado para predizer a probabilidade desses fatores em relação ao uso de insulina. Resultados: Das 294 pacientes avaliadas, 39,8% (117/294) necessitaram de insulinoterapia para controle glicêmico. Observou-se correlação positiva entre o uso de insulina e obesidade pré-gestacional, antecedente familiar de DM, hipertensão arterial, antecedente obstétrico de DMG e de macrossomia fetal, número de valores anormais no TTGO-100g, glicemia de jejum > 95 mg/dL no TTGO-100g; média das quatro glicemias aferidas no TTGO-100g; valor da glicemia de jejum, de 1ª, 2ª e 3ª horas do TTGO-100g e HbA1c pela análise univariada (P<0,05). Na análise do modelo de regressão logística foram desenvolvidos dois modelos que incluíam os seguintes fatores preditores do uso de insulina: obesidade pré-gestacional, antecedente familiar de DM, número de valores anormais no TTGO-100g (só modelo 1) e valor da glicemia de jejum do TTGO-100g (só modelo 2). Os dois primeiros modelos foram novamente analisados, incluindo-se a variável HbA1c para verificação de sua contribuição na predição do uso de insulina. Curvas de probabilidade e escores foram construídos com base nas quatro combinações de fatores preditores. Conclusões: É possível estimar a probabilidade do uso de insulinoterapia para controle glicêmico em gestantes com DMG por meio de IMC pré-gestacional, antecedente familiar de DM, número de valores anormais do TTGO-100g, valor da glicemia de jejum no TTGO-100g e da HbA1c. |
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Fatores preditores do uso de insulina em pacientes com diabetes melito gestacional diagnosticado pelo teste de tolerância à glicose oral de 100 gramasFactors predicting the need for insulin therapy in patients with gestational diabetes mellitus diagnosed by the 100-g/3-h oral glucose tolerance testDiabetes gestacionalGestational diabetesGlucose intoleranceGlucose tolerance testGravidez de alto riscoHigh risk pregnancyInsulinInsulinaIntolerância à glucoseLogistic modelModelos logísticosTeste de tolerância a glucoseObjetivo: O objetivo desse estudo foi identificar a associação entre fatores clínicos e laboratoriais com o uso de insulina em gestantes com DMG no momento do diagnóstico e analisar os possíveis fatores preditores do uso de insulina. Método: Foram estudadas, de forma retrospectiva, 294 pacientes com diabetes melito gestacional (DMG) diagnosticado por meio do teste de tolerância à glicose oral de 100 gramas (TTGO-100g) entre 24 e 33 semanas completas de gestação, cujo seguimento pré-natal foi realizado ambulatorialmente pelo setor de Endocrinopatias e Gestação da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 1 de julho de 2002 a 30 de junho de 2008. Os seguintes fatores clínicos e laboratoriais, que pudessem estar associados ao uso de insulina para controle glicêmico, foram analisados: idade materna, obesidade pré-gestacional - índice de massa corpórea (IMC) > 30 Kg/m2, antecedente familiar de diabetes melito (DM), tabagismo, hipertensão arterial, uso de corticosteróides sistêmicos, antecedente obstétrico de DMG e de macrossomia fetal, nuliparidade, multiparidade, antecedente obstétricos de natimortos e neomortos, idade gestacional no momento do diagnóstico, gemelidade, índice de líquido amniótico (ILA) aumentado ILA > 18 cm, polidrâmnio (ILA > 25 cm), número de valores anormais do TTGO-100g, glicemia de jejum anormal no TTGO- 100g glicemia de jejum > 95 mg/dL; média das quatro glicemias aferidas no TTGO-100g; valor da glicemia de jejum, de 1ª, 2ª e 3ª horas do TTGO-100g e hemoglobina glicada (HbA1c). A associação entre cada fator e a necessidade de insulinoterapia foi analisada individualmente (2 de Pearson / teste exato de Fisher e teste t de Student). O modelo de regressão logística para a análise multivariada foi usado para predizer a probabilidade desses fatores em relação ao uso de insulina. Resultados: Das 294 pacientes avaliadas, 39,8% (117/294) necessitaram de insulinoterapia para controle glicêmico. Observou-se correlação positiva entre o uso de insulina e obesidade pré-gestacional, antecedente familiar de DM, hipertensão arterial, antecedente obstétrico de DMG e de macrossomia fetal, número de valores anormais no TTGO-100g, glicemia de jejum > 95 mg/dL no TTGO-100g; média das quatro glicemias aferidas no TTGO-100g; valor da glicemia de jejum, de 1ª, 2ª e 3ª horas do TTGO-100g e HbA1c pela análise univariada (P<0,05). Na análise do modelo de regressão logística foram desenvolvidos dois modelos que incluíam os seguintes fatores preditores do uso de insulina: obesidade pré-gestacional, antecedente familiar de DM, número de valores anormais no TTGO-100g (só modelo 1) e valor da glicemia de jejum do TTGO-100g (só modelo 2). Os dois primeiros modelos foram novamente analisados, incluindo-se a variável HbA1c para verificação de sua contribuição na predição do uso de insulina. Curvas de probabilidade e escores foram construídos com base nas quatro combinações de fatores preditores. Conclusões: É possível estimar a probabilidade do uso de insulinoterapia para controle glicêmico em gestantes com DMG por meio de IMC pré-gestacional, antecedente familiar de DM, número de valores anormais do TTGO-100g, valor da glicemia de jejum no TTGO-100g e da HbA1c.Objective: To determine the association between clinical and laboratory parameters and insulin requirement in pregnancies complicated by gestational diabetes mellitus (GDM), and to evaluate possible factors predicting the need for insulin therapy. Methods: A total of 294 patients with GDM diagnosed by the 100- g/3-h oral glucose tolerance test (OGTT) between 24 and 33 complete weeks of gestation were retrospectively studied. These patients were under prenatal follow-up at the Obstetric Clinic of the University of Sao Paulo School of Medicine (HCFMUSP) between July 1, 2002 and June 30, 2008. The clinical and laboratory factors which could be associated to the need for insulin therapy were analyzed: maternal age, prepregnancy obesity body mass index (BMI) > 30 Kg/m2, family history of diabetes mellitus (DM), smoking, hypertension, use of systemic corticosteroids, prior GDM, prior fetal macrosomia, nulliparity, multiparity, prior stillbirth, prior neonatal death, gestational age at diagnosis of GDM, multiple pregnancy, elevated amniotic fluid index (AFI) AFI > 18 cm, polyhydramnios (AFI > 25 cm), number of abnormal 100-g/3-h OGTT values, 100-g/3-h OGTT fasting plasma glucose > 95 mg/dL, mean of the four 100-g/3-h OGTT values, 100-g/3-h OGTT fasting/one/two/three plasma glucose values, and glycated hemoglobin (HbA1c). The association between each factor and the need for insulin therapy was then analyzed individually (Pearsons chi-square/Fishers exact or Student t test). The performance of these factors to predict the probability of insulin therapy was estimated using a logistic regression model. Results: Among the 294 patients studied, 39.8% (117/294) required insulin for glycemic control. Univariate analysis showed a positive correlation between insulin therapy and prepregnancy obesity, family history of diabetes, hypertension, prior GDM, prior fetal macrosomia, number of abnormal 100-g/3-h OGTT values, 100-g/3-h OGTT fasting plasma glucose > 95 mg/dL, mean of the four 100-g/3-h OGTT values, 100-g/3-h OGTT fasting/one/two/three plasma glucose values, and HbA1c (P < 0.05). Two logistic regression models were developed and included the following parameters: prepregnancy obesity, family history of diabetes, number of abnormal 100-g/3-h OGTT values (just model 1) and 100-g/3-h OGTT fasting plasma glucose (just model 2). The two first models were analysed another time including the variable HbA1c to verify its contribution on prediction of the need for insulin therapy. Probability curves and scores were constructed based on the four combinations of predictive factors. Conclusions: The probability of insulin therapy can be estimated in pregnant women with GDM based on prepregnancy obesity, family history of diabetes, number of abnormal 100-g/3-h OGTT values, 100-g/3-h OGTT fasting plasma glucose, and HbA1c concentration.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFrancisco, Rossana Pulcineli VieiraSapienza, Andréia David2009-03-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-29042009-132253/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-29042009-132253Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Objetivo: O objetivo desse estudo foi identificar a associação entre fatores clínicos e laboratoriais com o uso de insulina em gestantes com DMG no momento do diagnóstico e analisar os possíveis fatores preditores do uso de insulina. Método: Foram estudadas, de forma retrospectiva, 294 pacientes com diabetes melito gestacional (DMG) diagnosticado por meio do teste de tolerância à glicose oral de 100 gramas (TTGO-100g) entre 24 e 33 semanas completas de gestação, cujo seguimento pré-natal foi realizado ambulatorialmente pelo setor de Endocrinopatias e Gestação da Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, no período de 1 de julho de 2002 a 30 de junho de 2008. Os seguintes fatores clínicos e laboratoriais, que pudessem estar associados ao uso de insulina para controle glicêmico, foram analisados: idade materna, obesidade pré-gestacional - índice de massa corpórea (IMC) > 30 Kg/m2, antecedente familiar de diabetes melito (DM), tabagismo, hipertensão arterial, uso de corticosteróides sistêmicos, antecedente obstétrico de DMG e de macrossomia fetal, nuliparidade, multiparidade, antecedente obstétricos de natimortos e neomortos, idade gestacional no momento do diagnóstico, gemelidade, índice de líquido amniótico (ILA) aumentado ILA > 18 cm, polidrâmnio (ILA > 25 cm), número de valores anormais do TTGO-100g, glicemia de jejum anormal no TTGO- 100g glicemia de jejum > 95 mg/dL; média das quatro glicemias aferidas no TTGO-100g; valor da glicemia de jejum, de 1ª, 2ª e 3ª horas do TTGO-100g e hemoglobina glicada (HbA1c). A associação entre cada fator e a necessidade de insulinoterapia foi analisada individualmente (2 de Pearson / teste exato de Fisher e teste t de Student). O modelo de regressão logística para a análise multivariada foi usado para predizer a probabilidade desses fatores em relação ao uso de insulina. Resultados: Das 294 pacientes avaliadas, 39,8% (117/294) necessitaram de insulinoterapia para controle glicêmico. Observou-se correlação positiva entre o uso de insulina e obesidade pré-gestacional, antecedente familiar de DM, hipertensão arterial, antecedente obstétrico de DMG e de macrossomia fetal, número de valores anormais no TTGO-100g, glicemia de jejum > 95 mg/dL no TTGO-100g; média das quatro glicemias aferidas no TTGO-100g; valor da glicemia de jejum, de 1ª, 2ª e 3ª horas do TTGO-100g e HbA1c pela análise univariada (P<0,05). Na análise do modelo de regressão logística foram desenvolvidos dois modelos que incluíam os seguintes fatores preditores do uso de insulina: obesidade pré-gestacional, antecedente familiar de DM, número de valores anormais no TTGO-100g (só modelo 1) e valor da glicemia de jejum do TTGO-100g (só modelo 2). Os dois primeiros modelos foram novamente analisados, incluindo-se a variável HbA1c para verificação de sua contribuição na predição do uso de insulina. Curvas de probabilidade e escores foram construídos com base nas quatro combinações de fatores preditores. Conclusões: É possível estimar a probabilidade do uso de insulinoterapia para controle glicêmico em gestantes com DMG por meio de IMC pré-gestacional, antecedente familiar de DM, número de valores anormais do TTGO-100g, valor da glicemia de jejum no TTGO-100g e da HbA1c. |
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