Forças de língua e de mordida isométricas máximas em pacientes submetidos à cirurgia ortognática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Afonso, Janaina Bueno da Silva
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-16052024-142253/
Resumo: Existe uma variedade de deformidades dentofaciais, as quais ocasionam alterações musculares. O objetivo deste trabalho foi verificar as mudanças ocorridas na força de língua isométrica máxima (FLIM) e na força de mordida isométrica máxima (FMIM) em indivíduos com deformidades dentofaciais, seis meses e um ano após a cirurgia ortognática. A amostra foi composta por 138 voluntários, sendo 50 sujeitos sem alterações oclusais e na morfologia da face que formaram o Grupo Controle (GC) e 88 sujeitos, com deformidades dentofaciais e indicação para cirurgia ortognática. Na primeira análise, os grupos foram divididos por deformidades, sendo 30 sujeitos do grupo Classe II (GII) e 58 do grupo Classe III (GIII). Na segunda análise, os grupos foram divididos pelos procedimentos cirúrgicos realizados: grupo combinado, composto por 29 sujeitos; grupo Le Fort I, com 24 sujeitos; grupo sagital avanço, com dez sujeitos; grupo sagital recuo, com cinco sujeitos e grupo vertical, com 20 sujeitos. As medidas de FLIM foram feitas por meio de um dinamômetro eletrônico, posicionado na região retroincisiva para avaliar a força da porção anterior e posicionado na região do palato duro, para mensuração da força de dorso da língua, sendo o valor registrado em N. O mesmo equipamento foi utilizado para investigação da FMIM, posicionado na região dos dentes molares, nos dois lados da arcada dentária, alternadamente. A avaliação dos grupos com deformidades foi realizada em três momentos, no pré-cirúrgico, 6 meses e 1 ano após a cirurgia, e em um único momento no GC. Na análise estatística foi utilizado modelo de regressão linear com efeitos mistos e o erro técnico do método também foi calculado. Na análise da evolução da FLIM após a cirurgia, foi encontrado um aumento da força em seis meses de cirurgia, para ambas regiões, anterior e dorso de língua, no GII (P<0,05). O GIII apresentou um aumento em 6 meses de cirurgia para a região anterior de língua; para a região de dorso de língua foi observado um aumento em um ano de cirurgia (P<0,05). Quando comparados ao GC, não foram observadas diferenças entre este grupo e o GII; no entanto, o GIII apresentou valores maiores que o controle, um ano após a cirurgia (P<0,05). Em relação à FMIM, observou-se diminuição dos valores em seis meses quando comparados aos valores do pré-operatório no GII (P<0,05). No GIII o aumento da força foi observado em um ano de cirurgia (P<0,05). Nos dois grupos estudados, GII e GIII, os valores de FMIM não alcançaram os valores do GC. Na segunda análise, o grupo que realizou a cirurgia combinada apresentou uma piora nos valores dessa força após seis meses (P<0,05). Os grupos que realizaram as técnicas cirúrgicas, Le Fort I e sagital recuo apresentaram um aumento nos valores de FMIM, ultrapassando os valores do pré-operatório um ano após a cirurgia (P<0,05). Para o grupo que realizou a cirurgia sagital avanço não foi observado aumento nos valores dessa força. No grupo vertical os valores de força do lado direito ultrapassaram os valores de força do pré-operatório em seis meses de cirurgia, enquanto que para o lado esquerdo isso ocorreu em um ano (P<0,05). Em todos os grupos cirúrgicos a FMIM não alcançou os níveis do GC (P<0,01). O tratamento da deformidade proporcionou maiores valores nas forças de língua nos grupos estudados e em relação à força de mordida houve uma piora 6 meses após a cirurgia no GII e evidência de melhora no GIII 1 ano após. Houve influência dos procedimentos cirúrgicos na FMIM com melhores resultados para os casos operados pela técnica vertical e piores resultados para as cirurgias combinadas.
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Na primeira análise, os grupos foram divididos por deformidades, sendo 30 sujeitos do grupo Classe II (GII) e 58 do grupo Classe III (GIII). Na segunda análise, os grupos foram divididos pelos procedimentos cirúrgicos realizados: grupo combinado, composto por 29 sujeitos; grupo Le Fort I, com 24 sujeitos; grupo sagital avanço, com dez sujeitos; grupo sagital recuo, com cinco sujeitos e grupo vertical, com 20 sujeitos. As medidas de FLIM foram feitas por meio de um dinamômetro eletrônico, posicionado na região retroincisiva para avaliar a força da porção anterior e posicionado na região do palato duro, para mensuração da força de dorso da língua, sendo o valor registrado em N. O mesmo equipamento foi utilizado para investigação da FMIM, posicionado na região dos dentes molares, nos dois lados da arcada dentária, alternadamente. A avaliação dos grupos com deformidades foi realizada em três momentos, no pré-cirúrgico, 6 meses e 1 ano após a cirurgia, e em um único momento no GC. Na análise estatística foi utilizado modelo de regressão linear com efeitos mistos e o erro técnico do método também foi calculado. Na análise da evolução da FLIM após a cirurgia, foi encontrado um aumento da força em seis meses de cirurgia, para ambas regiões, anterior e dorso de língua, no GII (P<0,05). O GIII apresentou um aumento em 6 meses de cirurgia para a região anterior de língua; para a região de dorso de língua foi observado um aumento em um ano de cirurgia (P<0,05). Quando comparados ao GC, não foram observadas diferenças entre este grupo e o GII; no entanto, o GIII apresentou valores maiores que o controle, um ano após a cirurgia (P<0,05). Em relação à FMIM, observou-se diminuição dos valores em seis meses quando comparados aos valores do pré-operatório no GII (P<0,05). No GIII o aumento da força foi observado em um ano de cirurgia (P<0,05). Nos dois grupos estudados, GII e GIII, os valores de FMIM não alcançaram os valores do GC. Na segunda análise, o grupo que realizou a cirurgia combinada apresentou uma piora nos valores dessa força após seis meses (P<0,05). Os grupos que realizaram as técnicas cirúrgicas, Le Fort I e sagital recuo apresentaram um aumento nos valores de FMIM, ultrapassando os valores do pré-operatório um ano após a cirurgia (P<0,05). Para o grupo que realizou a cirurgia sagital avanço não foi observado aumento nos valores dessa força. No grupo vertical os valores de força do lado direito ultrapassaram os valores de força do pré-operatório em seis meses de cirurgia, enquanto que para o lado esquerdo isso ocorreu em um ano (P<0,05). Em todos os grupos cirúrgicos a FMIM não alcançou os níveis do GC (P<0,01). O tratamento da deformidade proporcionou maiores valores nas forças de língua nos grupos estudados e em relação à força de mordida houve uma piora 6 meses após a cirurgia no GII e evidência de melhora no GIII 1 ano após. Houve influência dos procedimentos cirúrgicos na FMIM com melhores resultados para os casos operados pela técnica vertical e piores resultados para as cirurgias combinadas.There is a variety of dentofacial deformities, which cause muscle disorders. The aim of this study was to determine the changes in maximal isometric tongue strength (MITS) and maximal isometric bite force (MIBF) in individuals with dentofacial deformities, six month and one year after orthognathic surgery. The sample consisted of 138 volunteers, 50 subjects without occlusal changes and morphology of the face that formed the control group (CG) and 88 subjects with dentofacial deformities and indication for orthognathic surgery. In the first analysis, the groups were divided by deformities, 30 subjects of the Class II (GII) and 58 Class III (GIII) group. In the second analysis, the groups were divided by surgical procedures: combined group, composed of 29 subjects, group Le Fort I, with 24 subjects; sagittal forward group, with 10 subjects; sagittal group retreat, with five subjects and vertical group with 20 subjects. The measures MITS were made by using an electronic dynamometer positioned in the region retroincisive to evaluate the strength of the anterior portion and positioned in the region of the hard palate, for measuring the strength of the tongue dorsum, being the amount recorded in N. The same equipment was used to investigate the MIBF positioned in the region of the molar teeth in the dental arch both sides alternately. Evaluation of groups with deformities was performed in three phases, preoperatively, 6 months and 1 year after surgery, and at a single time in GC. The statistical analysis used a linear regression model with mixed effects and technical error of the method was also calculated. In the analysis of the evolution of MITS after surgery, it was found an increase in the force six months after surgery, for both anterior and dorsum of the tongue, in the group II class (P<0,05). The GIII group showed an increase in six months of surgery to the anterior tongue, to the dorsal portion of the tongue was observed an increase in one year of surgery (P<0,05). When compared to the GC group, no differences were observed between this group and the group with GII deformity; however, the GIII group had higher values than the control one year after surgery (P<0,05). Regarding MIBF, we observed decreased values at six months compared to preoperative values in GII (P<0,05). In GIII deformities increased strength was observed at one year after surgery (P<0,05). In both groups, GII and GIII, the values of MIBF did not reach the GC Group. In the second analysis, the group that underwent combined surgery showed a decrease in the values of this force after six months (P<0,05). The groups who underwent the surgical techniques, Le Fort I and sagittal showed an increase in the values of MIBF, exceeding the values of the pre-operative one year after surgery (P<0,05). For the group that performed the surgery sagittal advancement no observed increase in the values of this force. The group vertical force values on the right side exceeded the strength values of the pre-operative six months after surgery, while the left side was in a year (P<0,05). In all groups surgery MIBF not reached the levels of the GC group (P<0,01). The treatment of deformity provided higher values in the tongue forces in groups and in relation to bite force has worsened 6 months after surgery in GII and GIII evidence of improvement in 1 year later. Was no influence of surgical procedures on FMIM with better outcomes for patients operated on by vertical technique and worse results for the combined surgeries.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTrawitzki, Luciana Vitaliano VoiAfonso, Janaina Bueno da Silva2014-03-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-16052024-142253/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-05-16T17:32:02Zoai:teses.usp.br:tde-16052024-142253Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-05-16T17:32:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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