Análise da função de RASSF9 em melanoma em modelos 2D e 3D.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-05022024-141052/ |
Resumo: | O melanoma é o câncer de pele mais letal. Ele pode ser dividido em quatro grupos, dependendo do tipo de mutação. Ras, uma proteína associada a diferentes processos bioquímicos, como proliferação, diferenciação, morfologia e apoptose, está mutada em 28% dos pacientes com câncer. Além disso, já foi demonstrado que Ras atua na via NF-B e modula a produção de citocinas. Os principais efetores de Ras em relação à morte celular são membros da família RASSF (Ras-Association Domain Family), que é composta por dez membros (RASSF1-10) que compartilham um domínio RA (Ralgds/AF6). Dependendo da posição do domínio RA, os membros são divididos em dois grupos, o grupo C-terminal (RASSF1-6) e o N-terminal (RASSF7-10). RASSF9 foi inicialmente descrito como P-CIP1 e mais tarde foi transferido para a família RASSF devido à sua semelhança com RASSF7 e RASSF8. A proteína RASSF9 atua como um supressor de tumor em cânceres de mama e gástrico, promovendo a transição G1/S e induzindo a apoptose. Em contraste, RASSF9 induz o crescimento de tumores esofágicos escamosos. Nosso projeto possui dois focos principais, o primeiro foi investigar o papel de RASSF9 em contexto de melanoma. Então, desenvolvemos duas linhagens celulares de melanoma murino (Tm1.Luc e Tm5) deficientes para RASSF9 usando o sistema CRISPR/Cas9. Observamos uma dualidade entre as duas linhagens celulares no contexto de resistência à morte celular induzida e capacidades de migração e invasão. Por um lado, após o tratamento com cisplatina, as células Tm1.Luc.R9KO parecem ser mais sensíveis à morte celular. Por outro lado, as células Tm5.R9KO exibiram ou nenhuma diferença ou uma ligeira redução na porcentagem de células mortas frente ao tratamento com diferentes drogas. O segundo objetivo foi investigar a produção de citocinas induzida por oncogenes. Induzimos a expressão de oncogenes, HRasV12 e BRafV600, e observamos que isso claramente induziu a produção de IL-6 e IL-8. Nrf2 também parece induzir a produção de citocinas, mas esse efeito provavelmente não está relacionado à via Ras, uma vez que a superexpressão de Keap1 foi insuficientepara inibir ou diminuir a produção de proteínas. Em conclusão, RASSF9 parece participar do processo de migração, invasão e resistência à morte celular. Além disso, Ras oncogênico e Nrf2 induzem a produção de citocinas, mas esse processo provavelmente não é dependente um do outro. Serão necessários mais experimentos para confirmar nossas descobertas. |
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Análise da função de RASSF9 em melanoma em modelos 2D e 3D.Analysis of RASSF9 function in melanoma in 2D models and 3DCancerCâncerCell DeathInflamaçãoinflammationMelanomaMelanomaMorte CelularO melanoma é o câncer de pele mais letal. Ele pode ser dividido em quatro grupos, dependendo do tipo de mutação. Ras, uma proteína associada a diferentes processos bioquímicos, como proliferação, diferenciação, morfologia e apoptose, está mutada em 28% dos pacientes com câncer. Além disso, já foi demonstrado que Ras atua na via NF-B e modula a produção de citocinas. Os principais efetores de Ras em relação à morte celular são membros da família RASSF (Ras-Association Domain Family), que é composta por dez membros (RASSF1-10) que compartilham um domínio RA (Ralgds/AF6). Dependendo da posição do domínio RA, os membros são divididos em dois grupos, o grupo C-terminal (RASSF1-6) e o N-terminal (RASSF7-10). RASSF9 foi inicialmente descrito como P-CIP1 e mais tarde foi transferido para a família RASSF devido à sua semelhança com RASSF7 e RASSF8. A proteína RASSF9 atua como um supressor de tumor em cânceres de mama e gástrico, promovendo a transição G1/S e induzindo a apoptose. Em contraste, RASSF9 induz o crescimento de tumores esofágicos escamosos. Nosso projeto possui dois focos principais, o primeiro foi investigar o papel de RASSF9 em contexto de melanoma. Então, desenvolvemos duas linhagens celulares de melanoma murino (Tm1.Luc e Tm5) deficientes para RASSF9 usando o sistema CRISPR/Cas9. Observamos uma dualidade entre as duas linhagens celulares no contexto de resistência à morte celular induzida e capacidades de migração e invasão. Por um lado, após o tratamento com cisplatina, as células Tm1.Luc.R9KO parecem ser mais sensíveis à morte celular. Por outro lado, as células Tm5.R9KO exibiram ou nenhuma diferença ou uma ligeira redução na porcentagem de células mortas frente ao tratamento com diferentes drogas. O segundo objetivo foi investigar a produção de citocinas induzida por oncogenes. Induzimos a expressão de oncogenes, HRasV12 e BRafV600, e observamos que isso claramente induziu a produção de IL-6 e IL-8. Nrf2 também parece induzir a produção de citocinas, mas esse efeito provavelmente não está relacionado à via Ras, uma vez que a superexpressão de Keap1 foi insuficientepara inibir ou diminuir a produção de proteínas. Em conclusão, RASSF9 parece participar do processo de migração, invasão e resistência à morte celular. Além disso, Ras oncogênico e Nrf2 induzem a produção de citocinas, mas esse processo provavelmente não é dependente um do outro. Serão necessários mais experimentos para confirmar nossas descobertas.Melanoma is the most lethal skin cancer. It can be divided into four groups depending on the mutation type. Ras, a protein associated with different biochemical processes, such as proliferation, differentiation, morphology, and apoptosis, is mutated in 28% of patients. Ras has already been shown to act in the NF-B pathway and modulate production of cytokines. The main effectors of Ras regarding cell death are members of the RASSF (Ras-Association Domain Family), which is composed of ten members (RASSF1-10) that share a RA domain (Ralgds/AF6). Depending on the location of the RA domain, the members are divided into two groups, the C-terminal group (RASSF1-6) and the N-terminal (RASSF7-10). RASSF9 was initially described as P-CIP1 and was later considered to be a member of the RASSF family due to its similarity to RASSF7 and RASSF8. RASSF9 protein acts as a tumor suppressor in breast and gastric cancers, by promoting the G1/S transition and inducing apoptosis. In contrast, RASSF9 induces growth of esophageal squamous tumors. Our current project has two main focuses, the first was to investigate the role of RASSF9 in the context of melanoma. We developed two murine melanoma cell lines (Tm1.Luc and Tm5) deficient for RASSF9 using the CRISPR/Cas9 system. We observed a duality between the two cell lines in the context of resistance to induced cell death and migration and invasion capacities. On the one hand, upon cisplatin treatment Tm1.Luc.R9KO cells seem to be sensitize to cell death. On the other, Tm5.R9KO cells displayed either no difference or a slight reduction in the percentage of dead cells in different treatments. The second aim was to investigate the oncogenic stress-induced production of cytokines. We induced the expression of oncogenic HRasV12 and BRaf and observed that this clearly induced the production of IL-6 and IL-8. Nrf2 also seems to induce cytokine production, but this effect is probably not related to the Ras pathway once Keap1 overexpression was insufficient to inhibit cytokine production. In conclusion, RASSF9 appears to participate in the process of migration, invasion, and resistance to cell death. Moreover, oncogenic Ras and Nrf2 induce cytokine production, but this process is probably not dependent on each other. Additional experiments are necessary to confirm our findings.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMendes, Joao Gustavo Pessini AmaranteRibeiro, Ronaldo Rodrigues2023-12-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42134/tde-05022024-141052/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPReter o conteúdo por motivos de patente, publicação e/ou direitos autoriais.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-01T19:56:03Zoai:teses.usp.br:tde-05022024-141052Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-01T19:56:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O melanoma é o câncer de pele mais letal. Ele pode ser dividido em quatro grupos, dependendo do tipo de mutação. Ras, uma proteína associada a diferentes processos bioquímicos, como proliferação, diferenciação, morfologia e apoptose, está mutada em 28% dos pacientes com câncer. Além disso, já foi demonstrado que Ras atua na via NF-B e modula a produção de citocinas. Os principais efetores de Ras em relação à morte celular são membros da família RASSF (Ras-Association Domain Family), que é composta por dez membros (RASSF1-10) que compartilham um domínio RA (Ralgds/AF6). Dependendo da posição do domínio RA, os membros são divididos em dois grupos, o grupo C-terminal (RASSF1-6) e o N-terminal (RASSF7-10). RASSF9 foi inicialmente descrito como P-CIP1 e mais tarde foi transferido para a família RASSF devido à sua semelhança com RASSF7 e RASSF8. A proteína RASSF9 atua como um supressor de tumor em cânceres de mama e gástrico, promovendo a transição G1/S e induzindo a apoptose. Em contraste, RASSF9 induz o crescimento de tumores esofágicos escamosos. Nosso projeto possui dois focos principais, o primeiro foi investigar o papel de RASSF9 em contexto de melanoma. Então, desenvolvemos duas linhagens celulares de melanoma murino (Tm1.Luc e Tm5) deficientes para RASSF9 usando o sistema CRISPR/Cas9. Observamos uma dualidade entre as duas linhagens celulares no contexto de resistência à morte celular induzida e capacidades de migração e invasão. Por um lado, após o tratamento com cisplatina, as células Tm1.Luc.R9KO parecem ser mais sensíveis à morte celular. Por outro lado, as células Tm5.R9KO exibiram ou nenhuma diferença ou uma ligeira redução na porcentagem de células mortas frente ao tratamento com diferentes drogas. O segundo objetivo foi investigar a produção de citocinas induzida por oncogenes. Induzimos a expressão de oncogenes, HRasV12 e BRafV600, e observamos que isso claramente induziu a produção de IL-6 e IL-8. Nrf2 também parece induzir a produção de citocinas, mas esse efeito provavelmente não está relacionado à via Ras, uma vez que a superexpressão de Keap1 foi insuficientepara inibir ou diminuir a produção de proteínas. Em conclusão, RASSF9 parece participar do processo de migração, invasão e resistência à morte celular. Além disso, Ras oncogênico e Nrf2 induzem a produção de citocinas, mas esse processo provavelmente não é dependente um do outro. Serão necessários mais experimentos para confirmar nossas descobertas. |
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