Participação social e propósito de vida na velhice: associações com variáveis sociodemográficas, de saúde e mobilidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Jéssica Dellalibera dos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-03062019-234252/
Resumo: Introdução: Paradoxalmente, a literatura gerontológica utiliza indicadores de participação social como parâmetros de avaliação de uma boa velhice ao mesmo tempo em que apresenta tendências de afastamento social como normativos. Compreender os fatores que se associam à manutenção da participação pode lançar luz sobre esse aparente paradoxo. A manifestação de propósito de vida na velhice tem sido sugerida como uma das variáveis explicativas da manutenção em participação social, porém pouco testada empiricamente. Objetivo: Descrever indicadores de participação social entre idosos comunitários. Testar se há associações diretas e indiretas com as variáveis sexo, idade, escolaridade, número de doenças e mobilidade mediadas por propósito de vida. Método: Estudo realizado a partir de dados de 109 idosos (média= 78,48 [+4,30] anos; 63,3 % feminino) participantes do estudo de seguimento FIBRA (Fragilidade em Idosos Brasileiros) em Ermelino Matarazzo. Características sociodemográficas e econômicas, preservação de mobilidade, saúde, respostas à Escala de Propósito de Vida e ao Inventário de participação em atividades sociais foram selecionados do banco de dados. Foi utilizada a estratégia de Análise de Equações Estruturais (Path Analysis) para testar o modelo explicativo da participação social, com destaque para a variável, propósito de vida como mediadora dessas relações. Resultados: Houve maior manutenção em atividades sociais com interação face-a-face e associações diretas entre escolaridade, mobilidade e propósito de vida e participação social e indireta entre idade e participação social, mediada por propósito de vida. Conclusão: Os dados sugerem uma realocação da frequência em atividades sociais na velhice, sem que isso represente desengajamento social. Embora alterações de mobilidade e baixa escolaridade relacionem-se com menor participação, propósito de vida potencialmente amplia as possibilidades de manutenção das atividades sociais mesmo com o avanço da idade
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spelling Participação social e propósito de vida na velhice: associações com variáveis sociodemográficas, de saúde e mobilidadeSocial participation and life purpose in old age: associations with sociodemographic variables, health and mobilityGoalsIdososMetasParticipação socialQualidade de vidaQuality of lifeSeniorsSocial participationIntrodução: Paradoxalmente, a literatura gerontológica utiliza indicadores de participação social como parâmetros de avaliação de uma boa velhice ao mesmo tempo em que apresenta tendências de afastamento social como normativos. Compreender os fatores que se associam à manutenção da participação pode lançar luz sobre esse aparente paradoxo. A manifestação de propósito de vida na velhice tem sido sugerida como uma das variáveis explicativas da manutenção em participação social, porém pouco testada empiricamente. Objetivo: Descrever indicadores de participação social entre idosos comunitários. Testar se há associações diretas e indiretas com as variáveis sexo, idade, escolaridade, número de doenças e mobilidade mediadas por propósito de vida. Método: Estudo realizado a partir de dados de 109 idosos (média= 78,48 [+4,30] anos; 63,3 % feminino) participantes do estudo de seguimento FIBRA (Fragilidade em Idosos Brasileiros) em Ermelino Matarazzo. Características sociodemográficas e econômicas, preservação de mobilidade, saúde, respostas à Escala de Propósito de Vida e ao Inventário de participação em atividades sociais foram selecionados do banco de dados. Foi utilizada a estratégia de Análise de Equações Estruturais (Path Analysis) para testar o modelo explicativo da participação social, com destaque para a variável, propósito de vida como mediadora dessas relações. Resultados: Houve maior manutenção em atividades sociais com interação face-a-face e associações diretas entre escolaridade, mobilidade e propósito de vida e participação social e indireta entre idade e participação social, mediada por propósito de vida. Conclusão: Os dados sugerem uma realocação da frequência em atividades sociais na velhice, sem que isso represente desengajamento social. Embora alterações de mobilidade e baixa escolaridade relacionem-se com menor participação, propósito de vida potencialmente amplia as possibilidades de manutenção das atividades sociais mesmo com o avanço da idadeIntroduction:. Paradoxically, the gerontological literature uses indicators of social participation as parameters of evaluation of a good old age while it presents tendencies of social withdrawal as normative. Understanding the factors associated with maintaining participation can shed light on this apparent paradox. The manifestation of life purpose in old age has been suggested as one of the explanatory variables of maintenance in social participation, but little empirically tested. Objective: To describe indicators of social participation among community elders. To test whether there are direct and indirect associations with the variables sex, age, schooling, number of diseases and mobility mediated by purpose of life. Method: Data from 109 elderly (mean = 78.48 [+4.30] years, 63.3% female) were enrolled in the follow-up FIBRA (Fragility in Brazilian Elderly) study in Ermelino Matarazzo. Socio-demographic and economic characteristics, mobility preservation, health, Life Purpose Scale responses and Social participation participation were selected from the database. The analysis of Path Analysis was used to test the explanatory model of social participation, with emphasis on the variable life purpose as a mediator of these relationships. Results: There was greater maintenance in social activities with face-to-face interaction and direct associations between schooling, mobility and life purpose, and social and indirect participation between age and social participation, mediated by life purpose. Conclusion: The data suggest a reallocation of the frequency in social activities in old age, without this representing social disengagement. Although mobility changes and low schooling are associated with less participation, life purpose potentially broadens the possibilities of maintaining social activities even with advancing ageBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBatistoni, Samila Sathler TavaresSantos, Jéssica Dellalibera dos2019-04-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-03062019-234252/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-07-04T17:52:58Zoai:teses.usp.br:tde-03062019-234252Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-07-04T17:52:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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