A alimentação e a anemia carencial em adolescentes
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1994 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-16012018-145544/ |
Resumo: | A anemia ferropriva é o problema nutricional de maior prevalência atualmente no mundo. Sua ocorrência é considerada maior nos países em desenvolvimento, onde 36 por cento da população apresenta essa patologia. No Brasil uma parcela considerável da população está afetada. Em São Paulo o quadro não é diferente: 35 por cento das crianças de seis a sessenta meses do município de São Paulo apresentavam anemia por carência de ferro na década de oitenta. Em Osasco, município da área metropolitana de São Paulo, 51 por cento dos escolares de sete a oito anos são anêmicos. Com o objetivo de verificar o papel da alimentação como um dos determinantes da anemia prevalente entre adolescentes do município de Osasco - São Paulo (Brasil), foram estudados 509 escolares das quintas e oitavas séries de escolas da Rede Pública de Ensino de Osasco. A prevalência de anemia, identificada através da determinação da concentração de hemoglobina do sangue em amostras colhidas por punção digital, pelo método da cianometahemoglobina, foi baixa (5,3 por cento ), não havendo diferença entre os sexos. O perfil nutricional, identificado através de medidas antropométricas, revelou que 17,3 por cento dos adolescentes se localizaram abaixo do percentil 10 para peso/idade e 4,7 por cento abaixo do percentil 3. A proporção de desnutridos foi maior entre os alunos das quintas séries. Os homens apresentaram-se em piores condições nutricionais do que as mulheres. A prática alimentar, conhecida através do registro dos alimentos consumidos pelos alunos em três dia alternados, mostrou-se semelhante àquela encontrada em São Paulo em 1974/75. Foi observado pequeno consumo de alimentos fonte de vitamina C (elemento importante na absorção de ferro) e a tendência da substituição do jantar tradicional por um lanche. A maior parte dos adolescentes tem consumo energético adequado e de ferro, inadequado. A dieta consumida pelos adolescentes pode ser considerada de boa qualidade, justificando a baixa prevalência de anemia encontrada, embora a pequena densidade do ferro e do ferro biodisponível da dieta seja um indicador da provável existência de indivíduos deficientes em ferro em proporção apreciável na população. |
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Com o objetivo de verificar o papel da alimentação como um dos determinantes da anemia prevalente entre adolescentes do município de Osasco - São Paulo (Brasil), foram estudados 509 escolares das quintas e oitavas séries de escolas da Rede Pública de Ensino de Osasco. A prevalência de anemia, identificada através da determinação da concentração de hemoglobina do sangue em amostras colhidas por punção digital, pelo método da cianometahemoglobina, foi baixa (5,3 por cento ), não havendo diferença entre os sexos. O perfil nutricional, identificado através de medidas antropométricas, revelou que 17,3 por cento dos adolescentes se localizaram abaixo do percentil 10 para peso/idade e 4,7 por cento abaixo do percentil 3. A proporção de desnutridos foi maior entre os alunos das quintas séries. Os homens apresentaram-se em piores condições nutricionais do que as mulheres. A prática alimentar, conhecida através do registro dos alimentos consumidos pelos alunos em três dia alternados, mostrou-se semelhante àquela encontrada em São Paulo em 1974/75. Foi observado pequeno consumo de alimentos fonte de vitamina C (elemento importante na absorção de ferro) e a tendência da substituição do jantar tradicional por um lanche. A maior parte dos adolescentes tem consumo energético adequado e de ferro, inadequado. A dieta consumida pelos adolescentes pode ser considerada de boa qualidade, justificando a baixa prevalência de anemia encontrada, embora a pequena densidade do ferro e do ferro biodisponível da dieta seja um indicador da provável existência de indivíduos deficientes em ferro em proporção apreciável na população.Iron deficiency anemia is currently the most prevalent nutritional problem in the world. Its incidence is more significant in developing countries, where 36 per cent of the population develops this pathology. A substancial part of Brazilian population is affected by it. Even in the State of São Paulo the situation is the same: 35 per cent o f the children aged six to sixty months had iron deficiency anemia in the 80\'s in the city of São Paulo; and in Osasco, a town in the metropolitan area of São Paulo, 51 per cent of the school children aged 7-8 are anemic. Aiming at assessing the role of the diet as one of the determining causes for the anemia which is prevalent among teenagers in the town of Osasco, State of São Paulo, Brazil, a study was carried out with 509 students from 5th and 8th grade in the public school network in Osasco. The prevelence of anemia was checked through blood hemoglobin sampling, using digital puncture and the cyanomethahemoglobin method. The results have shown a discrete 5,3 per cent , regardless the sex o f the students. The nutritional profile, identified through anthropometric measurement, indicated that 17,3 per cent of the teenagers were under percentil 10 for weight/age and 4,7 per cent under percentile 3. The proportion of undernourished youngsters was higher among students in 5th grade. Boys showed worse nourishment conditions than girls. The nutritional practice, known through the records of the teenagers\' food intake during three alternating days, proved similar to that of 1974/75, in São Paulo. It was noted that the intake of foods containing Vitamin C is low - Viatmin C being an important element for the absortion of iron - and there is a trend of replacing the traditional dinner by a light meal. Most teenagers\' energy intake is adequa te whereas iron\'s is inadequate. The teenagers\' diet may be considered good, thus explaining the discrete prevalence of anemia among this group. Nevertheless, the low density of iron and bioavaiable iron in the diet are indications of the probable substantial proportion of iron deficient teenagers among the population.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSzarfarc, Sophia CornbluthLerner, Barbara Regina1994-06-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-16012018-145544/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-16012018-145544Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A anemia ferropriva é o problema nutricional de maior prevalência atualmente no mundo. Sua ocorrência é considerada maior nos países em desenvolvimento, onde 36 por cento da população apresenta essa patologia. No Brasil uma parcela considerável da população está afetada. Em São Paulo o quadro não é diferente: 35 por cento das crianças de seis a sessenta meses do município de São Paulo apresentavam anemia por carência de ferro na década de oitenta. Em Osasco, município da área metropolitana de São Paulo, 51 por cento dos escolares de sete a oito anos são anêmicos. Com o objetivo de verificar o papel da alimentação como um dos determinantes da anemia prevalente entre adolescentes do município de Osasco - São Paulo (Brasil), foram estudados 509 escolares das quintas e oitavas séries de escolas da Rede Pública de Ensino de Osasco. A prevalência de anemia, identificada através da determinação da concentração de hemoglobina do sangue em amostras colhidas por punção digital, pelo método da cianometahemoglobina, foi baixa (5,3 por cento ), não havendo diferença entre os sexos. O perfil nutricional, identificado através de medidas antropométricas, revelou que 17,3 por cento dos adolescentes se localizaram abaixo do percentil 10 para peso/idade e 4,7 por cento abaixo do percentil 3. A proporção de desnutridos foi maior entre os alunos das quintas séries. Os homens apresentaram-se em piores condições nutricionais do que as mulheres. A prática alimentar, conhecida através do registro dos alimentos consumidos pelos alunos em três dia alternados, mostrou-se semelhante àquela encontrada em São Paulo em 1974/75. Foi observado pequeno consumo de alimentos fonte de vitamina C (elemento importante na absorção de ferro) e a tendência da substituição do jantar tradicional por um lanche. A maior parte dos adolescentes tem consumo energético adequado e de ferro, inadequado. A dieta consumida pelos adolescentes pode ser considerada de boa qualidade, justificando a baixa prevalência de anemia encontrada, embora a pequena densidade do ferro e do ferro biodisponível da dieta seja um indicador da provável existência de indivíduos deficientes em ferro em proporção apreciável na população. |
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