Influência do nível de atividade física no perfil somatossensorial mecânico orofacial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Laila Aguiar
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-01102018-174257/
Resumo: Não está esclarecido sobre o real papel da prática regular de atividade física em diferentes níveis de intensidade sobre o perfil somatossensorial mecânico doloroso na região orofacial em indivíduos saudáveis. Adicionalmente, aspectos psicossociais e comportamentais também têm sido descritos como capazes de interferir na percepção da dor. Este estudo buscou avaliar a influência do nível autorrelatado de atividade física no perfil somatossensorial mecânico doloroso e na qualidade de vida. 90 participantes adultos, com idade entre 18-40 anos, de ambos os sexos foram classificados em três grupos que se diferenciaram quanto à frequência, duração e intensidade de atividade física que realizaram nos últimos três meses. A classificação foi feita de acordo com alguns critérios modificados da versão resumida do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Para avaliar a presença de alterações no perfil somatossensorial mecânico doloroso, foram realizados testes sensoriais quantitativos de limiar de dor mecânica (LDM), limiar de dor de pressão (LDP) e teste de somação temporal (WUR) na região do músculo temporal anterior e no músculo tenar da mão não dominante. Uma análise de variância (ANOVA) com os fatores intra-sujeito sítio (2 níveis) e os fatores inter-sujeitos sexo (2 níveis), nível de atividade física (3 níveis) e estilo de vida (2 níveis categorizados de acordo com a mediana da amostra total) foi aplicada para comparação das variáveis somatossensoriais. Para comparação das variáveis psicossociais entre os grupos, foi aplicado uma ANOVA com os fatores inter-sujeito nível de atividade física para avaliação da catastrofização e o teste de H de Kruskal-Wallis para comparar os níveis de ansiedade, estilo de vida e qualidade de vida. Os aspectos psicossociais diferiram de forma significativa entre os grupos, sendo que o grupo com baixo nível de atividade física apresentou os escores mais baixos no questionário sobre estilo de vida (p<0,009), e nos seguintes domínios da avaliação da qualidade de vida foram menores na capacidade funcional (p<0,002) e estado de saúde geral (p<0,014). Os escores relacionados à saúde mental do grupo com baixo nível de atividade física foram menores apenas em comparação ao grupo com moderado nível de atividade física (p=0,034). Embora o domínio vitalidade tenha apresentado um efeito principal do grupo significativo, as comparações múltiplas entre pares não revelaram diferenças entre os grupos (p<0,050). Não houve efeito principal significante do grupo para nenhuma das variáveis somatossensoriais (F<0,34 e p>0,416). Entretanto, houve um efeito principal do sítio para o PPT, em que os limiares da região tenar foram maiores que os do temporal anterior (Tukey: p <0.001). Por fim, embora a interação entre sítio, sexo e qualidade de vida tenha sido significativa para os valores de WUR (F=6,08 e p=0,015), as análises de comparações múltiplas não foram significantes nos principais pontos de comparação (p<0.050). O estudo concluiu que o autorrelato do nível de prática de atividades físicas não influencia de maneira significativa os limiares somatossensoriais mecânicos e a somação temporal na região orofacial, embora piores índices de qualidade de vida estejam presentes em participantes que reportam autorrelato de baixo nível de atividade física.
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A classificação foi feita de acordo com alguns critérios modificados da versão resumida do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Para avaliar a presença de alterações no perfil somatossensorial mecânico doloroso, foram realizados testes sensoriais quantitativos de limiar de dor mecânica (LDM), limiar de dor de pressão (LDP) e teste de somação temporal (WUR) na região do músculo temporal anterior e no músculo tenar da mão não dominante. Uma análise de variância (ANOVA) com os fatores intra-sujeito sítio (2 níveis) e os fatores inter-sujeitos sexo (2 níveis), nível de atividade física (3 níveis) e estilo de vida (2 níveis categorizados de acordo com a mediana da amostra total) foi aplicada para comparação das variáveis somatossensoriais. Para comparação das variáveis psicossociais entre os grupos, foi aplicado uma ANOVA com os fatores inter-sujeito nível de atividade física para avaliação da catastrofização e o teste de H de Kruskal-Wallis para comparar os níveis de ansiedade, estilo de vida e qualidade de vida. Os aspectos psicossociais diferiram de forma significativa entre os grupos, sendo que o grupo com baixo nível de atividade física apresentou os escores mais baixos no questionário sobre estilo de vida (p<0,009), e nos seguintes domínios da avaliação da qualidade de vida foram menores na capacidade funcional (p<0,002) e estado de saúde geral (p<0,014). Os escores relacionados à saúde mental do grupo com baixo nível de atividade física foram menores apenas em comparação ao grupo com moderado nível de atividade física (p=0,034). Embora o domínio vitalidade tenha apresentado um efeito principal do grupo significativo, as comparações múltiplas entre pares não revelaram diferenças entre os grupos (p<0,050). Não houve efeito principal significante do grupo para nenhuma das variáveis somatossensoriais (F<0,34 e p>0,416). Entretanto, houve um efeito principal do sítio para o PPT, em que os limiares da região tenar foram maiores que os do temporal anterior (Tukey: p <0.001). Por fim, embora a interação entre sítio, sexo e qualidade de vida tenha sido significativa para os valores de WUR (F=6,08 e p=0,015), as análises de comparações múltiplas não foram significantes nos principais pontos de comparação (p<0.050). O estudo concluiu que o autorrelato do nível de prática de atividades físicas não influencia de maneira significativa os limiares somatossensoriais mecânicos e a somação temporal na região orofacial, embora piores índices de qualidade de vida estejam presentes em participantes que reportam autorrelato de baixo nível de atividade física.The actual role of regular practice of physical activity at different levels of intensity on the somatosensory mechanical pain profile in the orofacial region in healthy individuals is still unclear. Psychosocial and behavioral aspects have also been described as capable of interfering with pain perception. This study aimed to evaluate the influence of the self-reported level of physical activity on painful mechanical somatosensory profile and quality of life. 90 adult participants, aged 18-40 years, of both sexes were classified into three groups that differed in the frequency, duration and intensity of physical activity that they performed in the last three months. The classification was made according to a modified criteria of the summary version of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). In order to evaluate the presence of alterations in the somatosensory mechanical pain profile, quantitative sensory tests of mechanical pain threshold (MPT), pressure pain threshold (PPT) and temporal summation test (WUR) were performed in the anterior temporalis muscle region and the non-dominant hands thenar eminence. An analysis of variance (ANOVA) with intra-subject factors for site (2 levels) and inter-subject factor for sex (2 levels), level of physical activity (3 levels) and lifestyle (2 levels) was applied for comparison of somatosensory variables. To compare the psychosocial variables between the groups, an ANOVA was applied with the inter-subject factors level of physical activity for catastrophic evaluation and the Kruskal-Wallis H test to compare levels of anxiety, lifestyle and quality of life. Psychosocial aspects differed significantly among the groups, and the low level of physical activity had the lowest scores in the lifestyle questionnaire (p <0.009). The following domains of quality of life assessment were lower in functional capacity (p <0.002) and general health status (p <0.014). The scores related to the mental health of the group with low level of physical activity were smaller only in comparison to the group with moderate level of physical activity (p = 0.034). Although the vitality domain had a significant effect within each group, multiple paired comparisons did not reveal differences between groups (p <0.050). There was no significant effect of the group on any of the somatosensory variables (F <0.34 and p>0.416). However, there was a major effect of site for PPT, where the thresholds of the thenar region were higher than those of the anterior temporalis (Tukey: p <0.001). Finally, although the interaction between site, sex and quality of life was significant for WUR values (F = 6.08 and p = 0.015), the multiple comparison analysis were not significant in the main comparison points (p <0.050 ). The study concluded that self-reported level of physical activity does not significantly influence mechanical somatosensory thresholds and temporal summation in the orofacial region, although worse quality of life values are present in participants reporting low level of physical activity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPConti, Paulo Cesar RodriguesMachado, Laila Aguiar2018-06-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-01102018-174257/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-11-01T16:25:01Zoai:teses.usp.br:tde-01102018-174257Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-11-01T16:25:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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