Avaliação "in vivo" da cinética do flúor na saliva, incorporação ao esmalte e biodisponibilidade após o uso de goma de mascar fluoretada
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25133/tde-21122004-103341/ |
Resumo: | Há um relacionamento direto entre o uso do flúor e a prevenção da dental dentária. Devido ao aumento da fluorose dentária, deve-se dar ênfase ao controle da ingestão diária de flúor, e, mais que isto, à biodisponibilidade do mesmo. Sendo assim, o objetivo deste trabalho, cruzado e duplo-cego, foi analisar a cinética do flúor liberado na saliva total pela goma de mascar Happydent (0,3 mg F como MFP), sua capacidade de incorporação ao esmalte dentário e sua biodisponibilidade através da saliva do ducto da glândula parótida e urina. Na 1ª fase do experimento a saliva de 10 voluntários foi coletada durante 15 min (tempos 0,3,6,9,12 e 15 min) e duas biópsias, uma antes da mastigação (biópsia baseline") e outra após, foram realizadas através da aplicação de 5 µL de HCl a 0,5 M, sobre área delimitada na superfície do incisivo, por 15 seg, seguidas da neutralização da área por aplicação de 5 µL de NaOH a 0,25 N, por 2 vezes. A quantidade de flúor tanto na saliva quanto nas biópsias foi medida com o auxílio de eletrodo íon-específico. As concentrações médias de flúor liberada na saliva total após o uso do Happydent® e Trident® foram de 0,187 e 0,002 mg F, respectivamente. A goma de mascar Happydent® foi capaz de produzir uma incorporação média de flúor ao esmalte dentário correspondente a 1474 ppm. Na 2ª fase, após jejum de 12h, cinco voluntários receberam 3 gomas de Happydent (≈ 1 mg MFP) e foram coletadas amostras de saliva do ducto da glândula parótida: antes do início do experimento (baseline"), a cada 3 min durante os 20 min iniciais, a cada 20 min nas primeiras 2 h, a cada 40 min até 4 h e, por fim, em intervalos de 1 h até completarem-se 8 h do início do experimento. Amostras de urina foram coletadas um dia antes e durante o estudo, por 9 h. O F presente na saliva do ducto foi analisado após difusão facilitada por HMDS e o da urina pelo método direto. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente através da análise da variância, teste Tukey para comparações múltiplas e teste t, com nível de significância de 5%. Apesar dos altos teores de flúor originados na saliva total, após o uso do Happydent®, terem capacidade de incorporação ao esmalte dentário e serem capazes de produzir um aumento nas concentrações de flúor da saliva do ducto da parótida, tais valores não foram suficientes para serem detectados na urina. Concluiu-se que a alta liberação de flúor proveniente da goma de mascar Happydent representa um fator predisponente para a fluorose dentária, o que inviabiliza a sua utilização por crianças na faixa etária de risco. No entanto, esta goma pode ser útil para auxiliar na prevenção de cáries dentárias em crianças acima da faixa etária de risco para fluorose dentária, o que deveria ser avaliado clinicamente. |
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Avaliação "in vivo" da cinética do flúor na saliva, incorporação ao esmalte e biodisponibilidade após o uso de goma de mascar fluoretadaFLUORIDE KINETICS IN SALIVA, UPTAKE IN ENAMEL AND BIOAVAILABILITY AFTER USING A FLUORIDE CHEWING GUMflúorfluorose dentáriaHá um relacionamento direto entre o uso do flúor e a prevenção da dental dentária. Devido ao aumento da fluorose dentária, deve-se dar ênfase ao controle da ingestão diária de flúor, e, mais que isto, à biodisponibilidade do mesmo. Sendo assim, o objetivo deste trabalho, cruzado e duplo-cego, foi analisar a cinética do flúor liberado na saliva total pela goma de mascar Happydent (0,3 mg F como MFP), sua capacidade de incorporação ao esmalte dentário e sua biodisponibilidade através da saliva do ducto da glândula parótida e urina. Na 1ª fase do experimento a saliva de 10 voluntários foi coletada durante 15 min (tempos 0,3,6,9,12 e 15 min) e duas biópsias, uma antes da mastigação (biópsia baseline") e outra após, foram realizadas através da aplicação de 5 µL de HCl a 0,5 M, sobre área delimitada na superfície do incisivo, por 15 seg, seguidas da neutralização da área por aplicação de 5 µL de NaOH a 0,25 N, por 2 vezes. A quantidade de flúor tanto na saliva quanto nas biópsias foi medida com o auxílio de eletrodo íon-específico. As concentrações médias de flúor liberada na saliva total após o uso do Happydent® e Trident® foram de 0,187 e 0,002 mg F, respectivamente. A goma de mascar Happydent® foi capaz de produzir uma incorporação média de flúor ao esmalte dentário correspondente a 1474 ppm. Na 2ª fase, após jejum de 12h, cinco voluntários receberam 3 gomas de Happydent (≈ 1 mg MFP) e foram coletadas amostras de saliva do ducto da glândula parótida: antes do início do experimento (baseline"), a cada 3 min durante os 20 min iniciais, a cada 20 min nas primeiras 2 h, a cada 40 min até 4 h e, por fim, em intervalos de 1 h até completarem-se 8 h do início do experimento. Amostras de urina foram coletadas um dia antes e durante o estudo, por 9 h. O F presente na saliva do ducto foi analisado após difusão facilitada por HMDS e o da urina pelo método direto. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente através da análise da variância, teste Tukey para comparações múltiplas e teste t, com nível de significância de 5%. Apesar dos altos teores de flúor originados na saliva total, após o uso do Happydent®, terem capacidade de incorporação ao esmalte dentário e serem capazes de produzir um aumento nas concentrações de flúor da saliva do ducto da parótida, tais valores não foram suficientes para serem detectados na urina. Concluiu-se que a alta liberação de flúor proveniente da goma de mascar Happydent representa um fator predisponente para a fluorose dentária, o que inviabiliza a sua utilização por crianças na faixa etária de risco. No entanto, esta goma pode ser útil para auxiliar na prevenção de cáries dentárias em crianças acima da faixa etária de risco para fluorose dentária, o que deveria ser avaliado clinicamente.There is a direct relationship between the use of fluoride and the prevention of dental decay. The purpose of this study was to evaluate the fluoride kinetics in saliva, uptake in enamel and bioavailability after using the chewing gum Happydent® (0.3 mg F as MFP). Methods: In first phase, ten 8-9 year-old children participated in this double-blind crossover study. They received professional prophylaxis and total saliva (baseline) was collected for 3 min. A circular area (0.9 mm diameter) was demarcated on the buccal surface of the maxillary central incisor and an enamel biopsy (baseline) was obtained using 5 µL of 0.5 M HCl. After 15 sec, the acid was removed and added to 50 µL TISAB. Two separate rinses of the biopsy site, each using 5 µL of 0.25 M NaOH was done. The total saliva was colleted for 3 min after 3, 6, 9, 12 and 15 min, while chewing. After the last saliva sample was collected, another acid-etch biopsy was performed on the same tooth. F was analyzed with the ion-specific electrode. Phosphorus in the biopsies was analyzed spectrophotometrically. The mean result of F released in saliva was 0.187 mg/ml and the mean fluoride uptake in enamel after chewing was 1.475 mg/Kg. In second phase, after to fast for 12h, the volunteers chewing 3 gums Happydent® (≅ 1 mg MFP) and samples of duct saliva was collected for 8 hours, in different times. The urine was collected one day before and during the experiment. Fluoride concentrations were analyzed after the electrode following HMDS-facilitated diffusion and the urine by direct method. Conclusions: Data suggest the capacity of fluoride uptake in enamel. However, the high concentration of fluoride in duct saliva after the use of Happydent® have capacity to elevate plasma fluoride levels, but not enough to detect in urine. The conclusion was that children at the age of risk to dental fluorosis should not use the chewing gum Happydent® In addition, the regular use of this gum may be significant in the prevention of dental caries and this should be clinically evaluated.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBijella, Maria Francisca Thereza BorroBijella, Maria Fernanda Borro2004-07-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25133/tde-21122004-103341/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-16T20:48:23Zoai:teses.usp.br:tde-21122004-103341Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-16T20:48:23Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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