Leucoplasia verrucosa proliferativa, análise de biomarcadores presentes na progressão da lesão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gimenez, Lara Cristina Oliver
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23154/tde-26032019-095316/
Resumo: Múltiplas lesões orais que progridem em um curso irreversível lento mediante expansão de áreas afetadas, no sentido de um pior prognóstico, caracterizam a leucoplasia verrucosa proliferativa. A referida lesão apresenta perfil agressivo circunstanciando indeterminado número de recidivas e alto potencial de transformação neoplásica. A tal fato, se atribui a frequente incidência em carcinoma verrucoso bem como em carcinoma espinocelular de boca invasivo e potencialmente metastático, inserindo-se este em índices de maior prevalência quando comparado ao carcinoma verrucoso em pacientes com leucoplasia verrucosa proliferativa. Vincula-se ao contexto supracitado, o envolvimento de vias de sinalização celular ocasionando o desarranjo de um complexo sistema o qual abarca atividade de oncogenes, inibição de genes supressores de tumor e alteração de reguladores do sistema de reparo do DNA, encerrando-se, por sua vez, em diversos fatores favoráveis à carcinogênese, dentro os quais a regulação negativa de cascatas pró-apoptóticas e estímulo à proliferação celular desordenada. A este processo se pode relacionar o desconcerto da via PI3K/Akt/mTOR e de um membro do complexo de pré-replicação, o MCM3. Para tanto, a análise pormenorizada do perfil evolutivo da lesão por meio do rol de diagnósticos pregressos, bem como por meio do cruzamento de dados epidemiológicos, além da caracterização de neoplasias malignas provenientes da leucoplasia verrucosa proliferativa por meio da expressão dos biomarcadores pAkt, pmTOR e MCM3, vêm a explanar aspectos ainda pouco estudados desta intrigante entidade clinicopatológica. Neste sentido, o presente trabalho analisou o histórico diagnóstico de 28 pacientes com leucoplasia verrucosa proliferativa submetendo à análise imuno-histoquímica para as supracitadas proteínas, o montante de 34 amostras dos mesmos pacientes, integrando estas, 28 de leucoplasia verrucosa proliferativa, 4 de carcinoma verrucoso e 2 de carcinoma espinocelular. Dos resultados obtidos, foi possível depreender a prevalência de lesões em mucosa jugal, rebordo alveolar e língua confirmando ainda seu perfil evolutivo em face às múltiplas lesões com alto potencial recidivante e latente insurgir do carcinoma espinocelular, este podendo ainda ser embasado por expressiva marcação de pmTOR, pAkt e MCM3.
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Vincula-se ao contexto supracitado, o envolvimento de vias de sinalização celular ocasionando o desarranjo de um complexo sistema o qual abarca atividade de oncogenes, inibição de genes supressores de tumor e alteração de reguladores do sistema de reparo do DNA, encerrando-se, por sua vez, em diversos fatores favoráveis à carcinogênese, dentro os quais a regulação negativa de cascatas pró-apoptóticas e estímulo à proliferação celular desordenada. A este processo se pode relacionar o desconcerto da via PI3K/Akt/mTOR e de um membro do complexo de pré-replicação, o MCM3. Para tanto, a análise pormenorizada do perfil evolutivo da lesão por meio do rol de diagnósticos pregressos, bem como por meio do cruzamento de dados epidemiológicos, além da caracterização de neoplasias malignas provenientes da leucoplasia verrucosa proliferativa por meio da expressão dos biomarcadores pAkt, pmTOR e MCM3, vêm a explanar aspectos ainda pouco estudados desta intrigante entidade clinicopatológica. Neste sentido, o presente trabalho analisou o histórico diagnóstico de 28 pacientes com leucoplasia verrucosa proliferativa submetendo à análise imuno-histoquímica para as supracitadas proteínas, o montante de 34 amostras dos mesmos pacientes, integrando estas, 28 de leucoplasia verrucosa proliferativa, 4 de carcinoma verrucoso e 2 de carcinoma espinocelular. Dos resultados obtidos, foi possível depreender a prevalência de lesões em mucosa jugal, rebordo alveolar e língua confirmando ainda seu perfil evolutivo em face às múltiplas lesões com alto potencial recidivante e latente insurgir do carcinoma espinocelular, este podendo ainda ser embasado por expressiva marcação de pmTOR, pAkt e MCM3.Multiple oral lesions that progress in a slow irreversible course by expansion of affected areas, in the sense of a worse prognosis, characterize proliferative verrucous leukoplakia. The said lesion presents an aggressive profile, with an indeterminate number of recurrences and a high potential for neoplastic transformation. To this fact, it is attributed to frequent incidence in verrucous carcinoma as well as invasive and potentially metastatic invasive mouth squamous cell carcinoma, inserting itself in indices of higher prevalence when compared to verrucous carcinoma in patients with proliferative verrucous leukoplakia. It is linked to the aforementioned context, the involvement of cell signaling pathways, causing the disruption of a complex system which encompasses oncogenes activity, inhibition of tumor suppressor genes and alteration of DNA repair system regulators, ending in several factors favorable to carcinogenesis, in which negative regulation of pro-apoptotic cascades and stimulation to disordered cell proliferation. To this process one may relate the dissatisfaction of the PI3K / Akt / mTOR pathway and a member of the pre-replication complex, MCM3. Thus, the detailed analysis of the evolutionary lesion profile through the role of previous diagnoses and the cross-referencing of epidemiological data, as well as the characterization of malignant neoplasms from proliferative verrucous leukoplakia by the expression of the biomarkers pAkt, pmTOR and MCM3, come to clarify aspects that have not yet been studied in this intriguing clinicopathological entity. Thus, the present study analyzed the historical diagnosis of 28 patients with proliferative verrucous leukoplakia submitting to immunohistochemical analysis for the aforementioned proteins, the amount of 34 samples from the same patients, comprising 28 of proliferative verrucous leukoplakia, 4 of verrucous carcinoma and 2 of squamous cell carcinoma. From the results obtained, it was possible to detect the prevalence of lesions in the buccal mucosa, alveolar ridge and tongue, and the confirmation of its evolutionary profile in the face of the multiple lesions with high recurrent and latent insurgent potential of squamous cell carcinoma, which may be supported by a significant mark of pmTOR, pAkt and MCM3.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSousa, Suzana Cantanhede Orsini Machado deGimenez, Lara Cristina Oliver2018-11-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23154/tde-26032019-095316/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-06-07T17:52:11Zoai:teses.usp.br:tde-26032019-095316Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-06-07T17:52:11Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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