Interação no discurso de sala de aula: Projeto NURC
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://doi.org/10.11606/T.8.1997.tde-23062023-121320 |
Resumo: | Atualmente, tem havido grande interesse em pesquisar questões relativas ao ensino/aprendizagem. Ainda que não se trate de uma pesquisa que vise a aspectos, propriamente, pedagógicos, nosso trabalho tem por objetivo estudar a interação entre professor e aluno(s) no discurso de sala de aula. Foi nossa preocupação penetrar na intimidade do que acontece dentro das quatro paredes de uma sala de aula, enquanto o professor interage com seus alunos, objetivando levar adiante o processo ensino/aprendizagem. Dessa forma, delimitamos três aspectos dessa interação: conversação; preservação das faces; polifonia. Ao tratarmos o primeiro - conversação -, analisamos as bases interacionais da comunicação entre professor e aluno. Assim, foi nossa preocupação definir quem são os interlocutores da conversação de sala de aula: professor e aluno. Expusemos também as estratégias de gestão de turno, identificando quem é quem na sala de aula, quem controla a palavra, quem e como se distribuem os turnos, quais as conseqüências de um assalto ao turno. Verificamos que o sistema de perguntas e respostas é muito comum na conversação entre professor e alunos para possibilitar a interação. Estabelecemos uma tipologia a que denominamos perguntas didáticas. Quando estudamos o segundo aspecto - preservação da face - foi nossa preocupação ver até que ponto esse jogo de ameaça e preservação da face interfere na interação entre professor e alunos. Foi possível estudar o importante papel do professor. A ele cabe distribuir os turnos, estimular os alunos a falar ou fazê-los aquietar, verificar o canal de entendimento. Dessa forma, pela própria posição que ocupa no contexto de sala de aula, o professor tem sua face ameaçada e, constantemente, ameaça a face de seus alunos. Estudamos quais os mecanismos utilizados para preservar a face ou para atenuar as ameaças. O terceiro aspecto - polifonia - trata da heterogeneidade do discurso de sala de aula. ) Verificamos que o discurso do professor não é monológico, embora, por vezes, assim pareça. Para levar adiante nossos objetivos, utilizamos oito inquéritos do Projeto NURC, de São Paulo e do Rio de Janeiro, do tipo EF (Elocuções Formais). Esse corpus engloba aulas gravadas tanto no segundo quanto no terceiro grau, em diversas disciplinas |
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