Potencial oncogênico de variantes naturais de papilomavírus humano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46131/tde-14052018-153050/ |
Resumo: | O principal fator etiológico da neoplasia do colo do útero é a infecção por HPVs (papilomavírus humano) de alto risco oncogênico, principalmente HPVs 16 e 18. A variabilidade intra-típica de ambos tipos virais tem sido extensivamente estudada. A análise da diversidade genética de isolados oriundos de diferentes regiões dos cinco continentes permitiu traçar a origem e filogenia destes vírus, e sugeriu-se que a evolução destes reflete a relação dos mesmos com seu hospedeiro. Considera-se uma variante molecular de um tipo de HPV um genoma que possui 98% ou mais de identidade nos genes Ll , E6 e E7 com um genoma já descrito. Entretanto, variantes moleculares apresentam aproximadamente 5% de diferença na seqüência da LCR (long contral region). Alguns grupos de pesquisa de diferentes partes do mundo relataram a associação epidemiológica entre variantes específicas de HPVs 16 e 18 e o risco aumentado de infecção persistente e de desenvolvimento de lesão do colo uterino de alto grau. No Brasil foi observada a associação positiva entre variantes não-européias de HPVs 16 e 18 e o risco de lesão do colo uterino em um estudo epidemiológico prospectivo que vem sendo conduzido em São Paulo. Neste estudo foi analisada a atividade transcricional dos promotores P97 e P105 de variantes moleculares de HPVs 16 e 18, respectivamente. A variante asiático-americana de HPV-18, B18-3, apresentou a maior atividade transcricional entre todos os isolados testados. Entre as variantes moleculares de HPV-18, o isolado europeu B18-2 foi o menos ativo transcricionalmente. Entre as amostras de HPV-16, a variante européia B-12 foi a que apresentou a maior atividade transcricional. Foi observado, também, que o promotor P105 de HPV-18 é mais ativo transcricionalmente que o promotor P97. Adicionalmente, foi analisada a capacidade de imortalização de queratinócitos humanos primários por E6/E7 de variantes moleculares de HPV-16. Essas variantes não diferiram muito quanto a eficiência de formação de colônias de queratinócitos crescidos em baixa densidade. Entretanto, a variante asiático-americana gerou um maior número de colônias potencialmente imortalizadas. Esses resultados têm implicações importantes na determinação do risco de desenvolvimento de lesões de colo uterino associadas ao HPV. |
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Potencial oncogênico de variantes naturais de papilomavírus humanoOncogenic potential of natural variants of human papillomavirusAtividade biológicaAtividade transcricionalCâncer cervicalCervical neoplasms (Study)Neoplasias do colo uterino (Estudo)Oncogenic virusesPapillomaPapilomaPapilomavírusPotencial oncogênicoTransformaçãoVírus oncogênicosO principal fator etiológico da neoplasia do colo do útero é a infecção por HPVs (papilomavírus humano) de alto risco oncogênico, principalmente HPVs 16 e 18. A variabilidade intra-típica de ambos tipos virais tem sido extensivamente estudada. A análise da diversidade genética de isolados oriundos de diferentes regiões dos cinco continentes permitiu traçar a origem e filogenia destes vírus, e sugeriu-se que a evolução destes reflete a relação dos mesmos com seu hospedeiro. Considera-se uma variante molecular de um tipo de HPV um genoma que possui 98% ou mais de identidade nos genes Ll , E6 e E7 com um genoma já descrito. Entretanto, variantes moleculares apresentam aproximadamente 5% de diferença na seqüência da LCR (long contral region). Alguns grupos de pesquisa de diferentes partes do mundo relataram a associação epidemiológica entre variantes específicas de HPVs 16 e 18 e o risco aumentado de infecção persistente e de desenvolvimento de lesão do colo uterino de alto grau. No Brasil foi observada a associação positiva entre variantes não-européias de HPVs 16 e 18 e o risco de lesão do colo uterino em um estudo epidemiológico prospectivo que vem sendo conduzido em São Paulo. Neste estudo foi analisada a atividade transcricional dos promotores P97 e P105 de variantes moleculares de HPVs 16 e 18, respectivamente. A variante asiático-americana de HPV-18, B18-3, apresentou a maior atividade transcricional entre todos os isolados testados. Entre as variantes moleculares de HPV-18, o isolado europeu B18-2 foi o menos ativo transcricionalmente. 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Genetic diversity analyses of isolates from different regions of the five continents permitted to reconstruct the origin and phylogeny of this virus, and suggested that viral evolution reflects the relation between the virus and their host. A molecular variant of HPV possess 98% or more identity in L1, E6 and E7 genes with another viral genome. However, molecular variants have approximately 5% differences within the LCR (long control region). Some research groups from different parts of the world have described the epidemiologic association between specific variants of HPVs 16 and 18 and increased risk of persistent infection and development of squamous intraepithelial lesions. In Brazil, we observed a positive association between non-European variants of HPVs 16 and 18 and risk of cervical lesion in a prospective epidemiologic study that is being conducted in São Paulo. In this study we analyzed P97 and P105 transcriptional activity of molecular variants of HPVs 16 and 18, respectively. The Asian-American variant of HPV-18, B18-3, exhibited the highest transcriptional activity among all isolates tested. Among HPV-18 molecular variants, the B 18-2 European isolate was the less transcriptionally active. Among HPV-16 samples, the B-12 European variant exhibited the highest transcriptional activity. We also observed that the HPV-18 P105 promoter was more active than the HPV-16 P97 promoter. Furthermore, we analyzed the capacity of immortalization of primary human keratinocytes by E6/E7 molecular variants of HPV-16. These variants did not differ much in the efficiency of colony formation by low density keratinocyte plating. However, the Asian-American variant yielded a higher number of colonies potentially immortalized. These results have important implications in the determination of risk for development of HPV -associated cervical lesions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPVilla, Luisa LinaSichero, Laura 2003-12-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46131/tde-14052018-153050/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-14052018-153050Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O principal fator etiológico da neoplasia do colo do útero é a infecção por HPVs (papilomavírus humano) de alto risco oncogênico, principalmente HPVs 16 e 18. A variabilidade intra-típica de ambos tipos virais tem sido extensivamente estudada. A análise da diversidade genética de isolados oriundos de diferentes regiões dos cinco continentes permitiu traçar a origem e filogenia destes vírus, e sugeriu-se que a evolução destes reflete a relação dos mesmos com seu hospedeiro. Considera-se uma variante molecular de um tipo de HPV um genoma que possui 98% ou mais de identidade nos genes Ll , E6 e E7 com um genoma já descrito. Entretanto, variantes moleculares apresentam aproximadamente 5% de diferença na seqüência da LCR (long contral region). Alguns grupos de pesquisa de diferentes partes do mundo relataram a associação epidemiológica entre variantes específicas de HPVs 16 e 18 e o risco aumentado de infecção persistente e de desenvolvimento de lesão do colo uterino de alto grau. No Brasil foi observada a associação positiva entre variantes não-européias de HPVs 16 e 18 e o risco de lesão do colo uterino em um estudo epidemiológico prospectivo que vem sendo conduzido em São Paulo. Neste estudo foi analisada a atividade transcricional dos promotores P97 e P105 de variantes moleculares de HPVs 16 e 18, respectivamente. A variante asiático-americana de HPV-18, B18-3, apresentou a maior atividade transcricional entre todos os isolados testados. Entre as variantes moleculares de HPV-18, o isolado europeu B18-2 foi o menos ativo transcricionalmente. Entre as amostras de HPV-16, a variante européia B-12 foi a que apresentou a maior atividade transcricional. Foi observado, também, que o promotor P105 de HPV-18 é mais ativo transcricionalmente que o promotor P97. Adicionalmente, foi analisada a capacidade de imortalização de queratinócitos humanos primários por E6/E7 de variantes moleculares de HPV-16. Essas variantes não diferiram muito quanto a eficiência de formação de colônias de queratinócitos crescidos em baixa densidade. Entretanto, a variante asiático-americana gerou um maior número de colônias potencialmente imortalizadas. Esses resultados têm implicações importantes na determinação do risco de desenvolvimento de lesões de colo uterino associadas ao HPV. |
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