O trabalho da mulher no meio rural

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paulilo, Maria Ignez Silveira
Data de Publicação: 1976
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-154704/
Resumo: A autora, estudando o trabalho da mulher no meio rural, procurou mostrar qual o grau de integração da mão-de-obra feminina na produção agrícola e quais os principais fatores determinantes desta integração. Para isso, entrevistou cinco categorias, a saber: pequenos, médios e grandes proprietários, parceiros e assalariados residentes. Conclui que nas pequenas explorações a mulher tem participação efetiva e não remunerada, como membro da família do proprietário, no trabalho agrícola. Nas médias e grandes ela aparece, principalmente, como mão-de-obra volante e como membro não remunerado das famílias de parceiros que exploram parte dessas propriedades. As mulheres dos assalariados residentes dificilmente trabalham. Nos casos das pequenas explorações, onde está em jogo a sobrevivência, nem a idade da mulher, nem o ciclo da família, nem a presença de gravidez ou de crianças pequenas e tampouco o trabalho doméstico impedem a mulher de trabalhar nos campos. Conclui, também que a noção de trabalho produtivo no meio rural difere da idéia urbana, onde se associa trabalho feminino a libertação financeira, e mesmo a uma atitude de liberação do sexo feminino. No meio rural, o trabalho nos campos, não sendo geralmente remunerado, não se identifica como libertação financeira, não constitui uma atitude inovadora, mas sim é concebido como uma tradição, e é encarado como uma sobrecarga aos muitos trabalhos que são reservados às mulheres.
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