Propagação da maré em um estuário amazônico dominado por fricção: experimentos numéricos

• Autor(a) principal: Carmo, Mattheus Correa do
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21136/tde-18102022-121615/
• topic: Análise Harmônica; Assimetria; Assimetry; Delft 3D; Delft-3D; Harmonic Analysis; Modelagem Numérica; Numerical Modeling

O estudo de estuários rasos de macromaré são escassos ao redor do planeta, por se tratarem de ambientes geologicamente efêmeros é de suma importância compreender sua morfologia e hidrodinâmica. Diante disso o Taperaçu é um estuário amazônico de macromaré dominado por fricção que apresenta características peculiares para a região, pois apresenta um aporte fluvial desprezível, baixas profundidades e está em processo de preenchimento da cabeceira. Devido ao limite orçamentário e muitas vezes a dificuldade de acesso ao local de estudo a aplicação de modelagem numérica permite analisar um ambiente de forma mais completa e preencher lacunas. Diante disto, este trabalho teve como objetivo avaliar a propagação da maré em cenários distintos sendo estes cenários, ciclos de sizígia e quadratura e períodos sazonais distintos (chuvoso e seco). Posteriormente as constituintes foram estudadas através de analises harmônicas de séries temporais de maré extraídas do modelo global WXTide, sendo estas séries provenientes pontos extraídos do domínio do modelo Delft 3D, módulo FLOW. Os resultados do modelo foram comparados com séries temporais medidas in situ, e demonstraram que o modelo representa bem as amplitudes das constituintes, porém, provavelmente em função da representação da batimetria no domínio numérico, o resultado da análise de fases foi menos confiável. Foi constatado que apesar de consistir em um estuário dominado por fricção, as constantes mudanças na morfologia têm uma importância parelha na propagação da onda de maré e na sua distorção. Enquanto que nas marés de quadratura e no período sazonal seco a fricção possui maior influência nas constituintes, nos ciclos de sizígia e no período chuvoso as mudanças de morfologia, a interação com o estuário adjacente e a pluviosidade governam a propagação e a assimetria.