Avaliação da relação entre as raízes dos dentes posteriores e o assoalho do seio maxilar em pessoas sem e com fissura labiopalatina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pagin, Otávio
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-26022016-160953/
Resumo: O seio maxilar apresenta formato distinto e volume variável entre as pessoas e seu assoalho pode ser encontrado em íntimo contato com as raízes dos dentes posteriores, podendo haver protrusão dessas raízes em seu interior. Tal proximidade é de grande relevância frente aos casos de comunicação bucossinusal em potencial ou pela possibilidade de desenvolvimento de um quadro infeccioso de origem odontogênica, em que esse pode vir a se estender para o interior do seio maxilar. Existe uma ausência de trabalhos na literatura acerca da relação estabelecida entre dentes posteriores e o seio maxilar em pessoas com fissura labiopalatina. O objetivo do presente estudo foi identificar e comparar a relação entre o assoalho do seio maxilar e os ápices radiculares dos dentes posteriores em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico em pessoas sem fissura labiopalatina e com fissura transforame incisivo unilateral e bilateral. Foram avaliados 100 indivíduos sem anomalias craniofaciais e 112 com fissura transforame incisivo unilateral ou bilateral, não sindrômicos, utilizando o programa i-CAT® Vision, onde a relação estabelecida pelas estruturas foi convencionada sendo, tipo 0 ou ausência de contato entre as estruturas, tipo 1 ou relação de íntimo contato entre as estruturas sem protrusão radicular no interior do seio maxilar e tipo 2 ou relação de íntimo contato entre as estruturas com protrusão radicular no interior do seio maxilar. Foi utilizado o teste do qui-quadrado para comparar os achados entre os grupos estudados, considerando valor estatisticamente significante quando p≤ 0,05. Foi avaliada a relação do assoalho do seio maxilar com 1679 dentes, totalizando 3664 raízes onde 1883 (51,3%) foram classificadas como tipo 0, 1456 (39,7%) tipo 1 e 325 (8,8%) do tipo 2. Houve diferença estatisticamente significante para a raiz palatina do dente 18 entre os grupos com fissura unilateral e bilateral (p = 0,011), para a raiz mesiovestibular do dente 18 entre os grupos sem fissura e fissura bilateral (p = 0,046), bem como entre os grupos com fissura unilateral e bilateral (p = 0,016) e para a raiz vestibular do dente 24 entre os grupos sem fissura e com fissura bilateral (p = 0,001). Pessoas com fissura transforame incisivo unilateral e bilateral tendem a apresentar maior ocorrência da raiz vestibular do dente 24 (p = 0,027) e mesiovestibular do dente 16 (p = 0,047) em proximidade com o seio maxilar quando comparadas às pessoas sem fissura. Pessoas com fissura transforame incisivo bilateral tendem a apresentar uma maior ocorrência de proximidade com o seio maxilar das raízes vestibular do dente 24 (p = 0,001) e mesiovestibular do dente 18 (p = 0,046) quando comparados às pessoas sem fissura. A avaliação das raízes dos dentes posteriores por meio de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico e sua relação com o seio maxilar oferecem detalhamento e precisão, contribuindo assim para a elaboração de um diagnóstico e plano de tratamento que visam minimizar os riscos de acidentes e complicações.
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O objetivo do presente estudo foi identificar e comparar a relação entre o assoalho do seio maxilar e os ápices radiculares dos dentes posteriores em imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico em pessoas sem fissura labiopalatina e com fissura transforame incisivo unilateral e bilateral. Foram avaliados 100 indivíduos sem anomalias craniofaciais e 112 com fissura transforame incisivo unilateral ou bilateral, não sindrômicos, utilizando o programa i-CAT® Vision, onde a relação estabelecida pelas estruturas foi convencionada sendo, tipo 0 ou ausência de contato entre as estruturas, tipo 1 ou relação de íntimo contato entre as estruturas sem protrusão radicular no interior do seio maxilar e tipo 2 ou relação de íntimo contato entre as estruturas com protrusão radicular no interior do seio maxilar. Foi utilizado o teste do qui-quadrado para comparar os achados entre os grupos estudados, considerando valor estatisticamente significante quando p≤ 0,05. Foi avaliada a relação do assoalho do seio maxilar com 1679 dentes, totalizando 3664 raízes onde 1883 (51,3%) foram classificadas como tipo 0, 1456 (39,7%) tipo 1 e 325 (8,8%) do tipo 2. Houve diferença estatisticamente significante para a raiz palatina do dente 18 entre os grupos com fissura unilateral e bilateral (p = 0,011), para a raiz mesiovestibular do dente 18 entre os grupos sem fissura e fissura bilateral (p = 0,046), bem como entre os grupos com fissura unilateral e bilateral (p = 0,016) e para a raiz vestibular do dente 24 entre os grupos sem fissura e com fissura bilateral (p = 0,001). Pessoas com fissura transforame incisivo unilateral e bilateral tendem a apresentar maior ocorrência da raiz vestibular do dente 24 (p = 0,027) e mesiovestibular do dente 16 (p = 0,047) em proximidade com o seio maxilar quando comparadas às pessoas sem fissura. Pessoas com fissura transforame incisivo bilateral tendem a apresentar uma maior ocorrência de proximidade com o seio maxilar das raízes vestibular do dente 24 (p = 0,001) e mesiovestibular do dente 18 (p = 0,046) quando comparados às pessoas sem fissura. A avaliação das raízes dos dentes posteriores por meio de imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico e sua relação com o seio maxilar oferecem detalhamento e precisão, contribuindo assim para a elaboração de um diagnóstico e plano de tratamento que visam minimizar os riscos de acidentes e complicações.The maxillary sinus has a remarkable feature and a variable volume among people where the inferior wall may be found in an intimate relation with the posterior teeth roots protruding or not inside the antrum. This proximity is of great relevance considering a potential oroantral communication or the spreading of an odontogenic infection into the maxillary sinus. There is a lack of evidence into the literature regarding the relationship between posterior teeth roots and the maxillary sinus in non-syndromic complete cleft lip and palate patients. This study aimed to evaluate and compare cone beam computed tomography images regarding the relationship between the posterior teeth roots and the maxillary sinus floor in non-cleft lip and palate patients and non-syndromic complete unilateral and bilateral cleft lip and palate patients. Images were interpreted using the i-CAT® Vision software including 100 noncleft patients and 112 presenting non-syndromic complete unilateral and bilateral cleft lip and palate. The relationship between teeth roots and the maxillary sinus floor was established as type 0 or no contact between these structures, type 1 or close contact without root protrusion into the sinus and type 2 or close contact with root protrusion into the sinus. The chi-square test, considering a statistically significant value where p≤0,05, was used to compare data between different groups. The sample included 1679 teeth and 3664 roots where 1883 (51,3%) were classified as type 0, 1456 (39,7%) as type 1 and 325 (8,8%) as type 2. There were statistically significant differences for tooth 18 palatine root between both complete cleft lip and palate groups (p = 0,011), for tooth 18 mesiobuccal root between noncleft and the bilateral groups (p = 0,046) and between both complete cleft lip and palate groups (p = 0,016) and for tooth 24 buccal root between non-cleft and the bilateral group (p = 0,001). Complete unilateral and bilateral cleft lip and palate patients presented a higher occurrence when compared with the non-cleft group of the tooth 24 buccal root (p = 0,027) and the tooth 16 mesiobuccal root (p = 0,047) in proximity with the maxillary sinus. Complete bilateral cleft lip and palate patients had a higher occurrence when compared with the non-cleft group of the tooth 24 buccal root (p = 0,001) and the tooth 18 mesiobuccal root (p = 0,046) in proximity with the sinus floor. The posterior teeth roots relationship with the maxillary sinus floor is better depicted and accurate by cone beam computed tomography images that may collaborated for a diagnosis and treatment planning that reduces the risks.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCapelozza, Ana Lucia AlvaresPagin, Otávio2015-08-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-26022016-160953/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-16T22:13:02Zoai:teses.usp.br:tde-26022016-160953Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-16T22:13:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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