Revisão taxonômica do gênero Stryphnodendron Mart. (Leguminosae-Mimosoideae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Scalon, Viviane Renata
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-29012008-113442/
Resumo: Leguminosae - Mimosoideae possui cerca de 3300 espécies subordinadas a cerca de 80 gêneros, distribuídas principalmente nas regiões tropicais e subtropicais, com alguns gêneros se estendendo até áreas de clima temperado. O presente trabalho refere-se ao estudo taxonômico das espécies do gênero Stryphnodendron, que apresenta distribuição neotropical com limite norte de ocorrência a Nicarágua e como limite sul o Estado do Paraná no Brasil. A realização desse estudo foi baseada em levantamento bibliográfico, consultas aos acervos dos principais herbários brasileiros e do exterior, e em expedições de coleta em áreas de ocorrência natural dos táxons do gênero. Stryphnodendron reúne 36 táxons, dos quais cerca de 89% ocorrem no Brasil e aproximadamente 50% são exclusivos do território brasileiro, ocorrendo em diversos tipos de vegetação, mas principalmente em Cerrados e na Floresta Amazônica. Apenas quatro espécies não têm registro de coleta no Brasil: S. excelsum Harms (Nicarágua, Costa Rica e Panamá), S. levelii R.S.Cowan (Venezuela), S. moricolor Barneby & Grimes (Guiana Francesa) e S. porcatum D.A.Neill & Occhioni f. (Equador). Com base na morfologia externa, Stryphnodendron pode ser caracterizado por ser inerme, apresentar ápice dos ramos dotados de indumento ferrugíneo, folhas bipinadas (dotadas de nectários extraflorais), flores pentâmeras, sépalas e pétalas unidas, corola de 2-6mm de comprimento, dez estames livres ou unidos muito próximo à base, ovário curto-estipitado, flores reunidas em espigas, além de frutos tipo legume nucóide ou folículo, septados e sementes com endosperma e pleurograma do tipo apical-basal. Como resultado da revisão, foram definidos quatro padrões de distribuição das espécies, dezoito lectotipificações são aqui designadas, seis novas sinonimizações, duas novas combinações, um restabelecimento de espécie, uma mudança de status nomenclatural, três espécies excluídas e dois nomes mantiveram-se como nomes duvidosos. Foram ainda detectadas nove espécies novas: Stryphnodendron conicum, Stryphnodendron dryaticum, Stryphnodendronfasciatum, Stryphnodendron holosericeum, Stryphnodendron orinocense, Stryphnodendron procerum, Stryphnodendron riparium, Stryphnodendron velutinum e Stryphnodendron venosum.
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Stryphnodendron reúne 36 táxons, dos quais cerca de 89% ocorrem no Brasil e aproximadamente 50% são exclusivos do território brasileiro, ocorrendo em diversos tipos de vegetação, mas principalmente em Cerrados e na Floresta Amazônica. Apenas quatro espécies não têm registro de coleta no Brasil: S. excelsum Harms (Nicarágua, Costa Rica e Panamá), S. levelii R.S.Cowan (Venezuela), S. moricolor Barneby & Grimes (Guiana Francesa) e S. porcatum D.A.Neill & Occhioni f. (Equador). Com base na morfologia externa, Stryphnodendron pode ser caracterizado por ser inerme, apresentar ápice dos ramos dotados de indumento ferrugíneo, folhas bipinadas (dotadas de nectários extraflorais), flores pentâmeras, sépalas e pétalas unidas, corola de 2-6mm de comprimento, dez estames livres ou unidos muito próximo à base, ovário curto-estipitado, flores reunidas em espigas, além de frutos tipo legume nucóide ou folículo, septados e sementes com endosperma e pleurograma do tipo apical-basal. Como resultado da revisão, foram definidos quatro padrões de distribuição das espécies, dezoito lectotipificações são aqui designadas, seis novas sinonimizações, duas novas combinações, um restabelecimento de espécie, uma mudança de status nomenclatural, três espécies excluídas e dois nomes mantiveram-se como nomes duvidosos. Foram ainda detectadas nove espécies novas: Stryphnodendron conicum, Stryphnodendron dryaticum, Stryphnodendronfasciatum, Stryphnodendron holosericeum, Stryphnodendron orinocense, Stryphnodendron procerum, Stryphnodendron riparium, Stryphnodendron velutinum e Stryphnodendron venosum. Leguminosae - Mimosoideae comprises 80 genera and about 3,300 species, mainly distributed in tropical and subtropical regions, although some genera can reach temperate areas. We reviewed species from Stryphnodendron, which presents Neotropical distribution with northern limit in Nicaragua and southern limit in Paraná state, Brazil. This study was based on bibliographical review, consults to the main Brazilian, North American and European herbaria, and field expeditions to the genus\' natural occurrence areas. Stryphnodendron includes 36 taxa; about 89% of which occur in Brazil, and ca. 50% of these are exclusive of this country. It can be found at several kinds of vegetations, mainly at Cerrado and Amazon Forest. Only four species have not been reported to Brazil: S. excelsum Harms (Nicaragua, Costa Rica and Panama), S. levelii R.S.Cowan (Venezuela), S. moricolor Barneby & Grimes (French Guiana) and S. porcatum D.A.Neill & Occhioni f. (Ecuador). Based on its external morphology, Stryphnodendron can be characterized by its spineless habit, ferruginous terminal portion of shoots, bipinnate leaves (with extrafloral nectaries), flowers with 5¬fused sepals, 5-fused petals, corolla 2 to 6 mm long, 10 stamens, the filaments free or sometimes united just near the base, short-stipitate ovary, spike-arranged flowers, nucoid legume or follicle fruits (sensu Barroso et al. 1999), septate, and endospermous seeds with apical-basal pleurograms. We defined four distribution patterns within Stryphnodendron, twelve lectotipifications, six new synonyms, two new combinations, one species reestablishment, one nomenclatural status change, three excluded species and two were kept as doubtful names. Nine new species were also detected: Stryphnodendron conicum, Stryphnodendron dryaticum, Stryphnodendronfasciatum, Stryphnodendron holosericeum, Stryphnodendron orinocense, Stryphnodendron procerum, Stryphnodendron riparium, Stryphnodendron velutinum e Stryphnodendron venosum. 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