Efeitos das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados ou raloxifeno sobre a rigidez arterial em mulheres na menopausa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias Júnior, Altamiro Ribeiro
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-03102014-143049/
Resumo: INTRODUÇÃO: A rigidez arterial é fator de risco cardiovascular pouco estudado e importante determinante de sobrecarga cardiovascular, estando associada ao envelhecimento. Analisou-se a ação das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados (EEC) ou raloxifeno sobre os índices de rigidez, com o intuito de se observar a influência destas medicações na rigidez arterial, bem como se as mesmas são capazes de influenciar o envelhecimento vascular bem sucedido. MÉTODOS: Realizou-se estudo duplo cego, randomizado, placebo-controlado, que envolveu sessenta e sete mulheres saudáveis, normotensas e com 1 a 10 anos de menopausa, divididas em três grupos de 24, 25 e 18 mulheres. Estas receberam placebo, 0,625 mg EEC ou 60 mg de raloxifeno, respectivamente, 1 comprimido por dia, por 4 meses consecutivos. Analisou-se a rigidez arterial, através da avaliação das velocidades de onda de pulso carótida-femoral (VOP CF), fêmoro-pediosa (VOP FP), e do índice de amplificação (IA) da pressão sistólica na artéria carótida. RESULTADOS: Não se observou qualquer alteração dos índices de rigidez arterial associada às intervenções farmacológicas no grupo placebo (VOP CF pré x pós: 644 x 626 cm/s, p= 0,09; VOP FP pré x pós: 1006 x 1012 cm/s, p= 0,77; IA pré x pós = 30 x 29%, p= 0,55), no grupo EEC (VOP CF pré x pós: 642 x 600 cm/s, p= 0,11; VOP FP pré x pós: 952 x 971 cm/s, p= 0,66; IA pré x pós: 25 x 32%, p= 0,82) e no grupo raloxifeno (VOP CF pré x pós: 636 x 601 cm/s, p= 0,12; VOP FP pré x pós: 964 x 941 cm/s, p= 0,62; IA pré x pós:25 x 25%, p= 0,65). Apesar da ausência de ação das drogas sobre a rigidez arterial, houve uma correlação significativa entre o grau de rigidez arterial basal e a resposta à intervenção farmacológica, particularmente no grupo EEC, de tal maneira que a redução dos índices de rigidez neste grupo foi proporcional ao nível de rigidez basal, apresentando as seguintes relações: VOP CF (r= -0,602, p= 0,001); VOP FP (r= -0,455, p= 0,022); IA (r= -0,410, p= 0,042). CONCLUSÃO: EEC e raloxifeno não parecem afetar a rigidez arterial de mulheres sadias e normotensas com menos de 10 anos de menopausa
id USP_fddc43ae1fdadd7a2982d5e0160bae3a
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-03102014-143049
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Efeitos das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados ou raloxifeno sobre a rigidez arterial em mulheres na menopausaEffects of therapies with conjugated equine estrogens or raloxifene on arterial stiffiness in post menopausal womenCerebrovascular disease/pathologyComplacenceComplacênciaHormone replacement therapy /adverse effectsHormone replacement therapy/methodsPós-menopausa/efeitos de drogasPost-menopause/drugs effectsRaloxifene/therapeutic useRaloxifeno/uso terapêuticoTerapia de reposição hormonal/efeitos adversosTerapia de reposição hormonal/métodosTranstornos cerebrovasculares/patologiaINTRODUÇÃO: A rigidez arterial é fator de risco cardiovascular pouco estudado e importante determinante de sobrecarga cardiovascular, estando associada ao envelhecimento. Analisou-se a ação das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados (EEC) ou raloxifeno sobre os índices de rigidez, com o intuito de se observar a influência destas medicações na rigidez arterial, bem como se as mesmas são capazes de influenciar o envelhecimento vascular bem sucedido. MÉTODOS: Realizou-se estudo duplo cego, randomizado, placebo-controlado, que envolveu sessenta e sete mulheres saudáveis, normotensas e com 1 a 10 anos de menopausa, divididas em três grupos de 24, 25 e 18 mulheres. Estas receberam placebo, 0,625 mg EEC ou 60 mg de raloxifeno, respectivamente, 1 comprimido por dia, por 4 meses consecutivos. Analisou-se a rigidez arterial, através da avaliação das velocidades de onda de pulso carótida-femoral (VOP CF), fêmoro-pediosa (VOP FP), e do índice de amplificação (IA) da pressão sistólica na artéria carótida. RESULTADOS: Não se observou qualquer alteração dos índices de rigidez arterial associada às intervenções farmacológicas no grupo placebo (VOP CF pré x pós: 644 x 626 cm/s, p= 0,09; VOP FP pré x pós: 1006 x 1012 cm/s, p= 0,77; IA pré x pós = 30 x 29%, p= 0,55), no grupo EEC (VOP CF pré x pós: 642 x 600 cm/s, p= 0,11; VOP FP pré x pós: 952 x 971 cm/s, p= 0,66; IA pré x pós: 25 x 32%, p= 0,82) e no grupo raloxifeno (VOP CF pré x pós: 636 x 601 cm/s, p= 0,12; VOP FP pré x pós: 964 x 941 cm/s, p= 0,62; IA pré x pós:25 x 25%, p= 0,65). Apesar da ausência de ação das drogas sobre a rigidez arterial, houve uma correlação significativa entre o grau de rigidez arterial basal e a resposta à intervenção farmacológica, particularmente no grupo EEC, de tal maneira que a redução dos índices de rigidez neste grupo foi proporcional ao nível de rigidez basal, apresentando as seguintes relações: VOP CF (r= -0,602, p= 0,001); VOP FP (r= -0,455, p= 0,022); IA (r= -0,410, p= 0,042). CONCLUSÃO: EEC e raloxifeno não parecem afetar a rigidez arterial de mulheres sadias e normotensas com menos de 10 anos de menopausaINTRODUCTION: Arterial stiffness has been recognized as a cardiovascular risk factor, an important determinant of the left ventricular overload and a marker of cardiovascular aging. However, the clinical impact of arterial stiffness and how it is affected by hormone therapy has not been fully investigated. This study analyzed the influence of conjugated equine estrogens (CEE) or raloxifene on arterial stiffness and how the may influence successful cardiovascular aging. METHODS: Sixty-seven healthy and normotensive women with 1 to 10 years of menopause were randomly assigned to one of three groups, with 24, 25, and 18 participants. They were given oral placebo, 0,625 mg of conjugated equine estrogen, or 60 mg of raloxifene, respectively, for 4 consecutive months. Arterial stiffness was evaluated by measurement of the carotid-femoral pulse wave velocity (PWV CF) and femoral-dorsalis pedis pulse wave velocity (PWV FP), and the systolic pressure augmentation index (AI) at the carotid artery obtained by applanation tonometry. RESULTS: None of the treatment regimens affected arterial stiffness: placebo (PWV CF before x after: 644 x 626 cm/s, p= 0.09; PWV FP before x after : 1006 x 1012 cm/s, p= 0.77; AI before x after = 30 x 29%, p= 0.55), CEE (PWV CF before x after: 642 x 600 cm/s, p= 0.11; PWV FP before x after: 952 x 971 cm/s, p= 0.66; AI before x after: 25 x 32%, p= 0.82) and raloxifene (PWV CF before x after: 636 x 601 cm/s, p= 0.12; PWV FP before x after: 964 x 941 cm/s, p= 0.62; AI before x afer:25 x 25%, p= 0.65). Despite the absence of statistically significant reduction in arterial stiffness with treatment, there was a significant correlation between basal stiffness and the degree of reduction in the indexes measured, indicating that the higher the basal stiffness, the greater the degree of reduction, particularly in the CEE group: PWV CF (r= -0.602, p= 0.001); PWV FP (r= -0.455, p= 0.022); AI (r= -0.410, p= 0.042). CONCLUSIONS: Conjugated equine estrogen and raloxifene do not seem to affect arterial stiffness of healthy normotensive women with less than 10 years of menopauseBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMelo, Nilson Roberto deDias Júnior, Altamiro Ribeiro2005-04-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-03102014-143049/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-03102014-143049Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Efeitos das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados ou raloxifeno sobre a rigidez arterial em mulheres na menopausa
Effects of therapies with conjugated equine estrogens or raloxifene on arterial stiffiness in post menopausal women
title Efeitos das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados ou raloxifeno sobre a rigidez arterial em mulheres na menopausa
spellingShingle Efeitos das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados ou raloxifeno sobre a rigidez arterial em mulheres na menopausa
Dias Júnior, Altamiro Ribeiro
Cerebrovascular disease/pathology
Complacence
Complacência
Hormone replacement therapy /adverse effects
Hormone replacement therapy/methods
Pós-menopausa/efeitos de drogas
Post-menopause/drugs effects
Raloxifene/therapeutic use
Raloxifeno/uso terapêutico
Terapia de reposição hormonal/efeitos adversos
Terapia de reposição hormonal/métodos
Transtornos cerebrovasculares/patologia
title_short Efeitos das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados ou raloxifeno sobre a rigidez arterial em mulheres na menopausa
title_full Efeitos das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados ou raloxifeno sobre a rigidez arterial em mulheres na menopausa
title_fullStr Efeitos das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados ou raloxifeno sobre a rigidez arterial em mulheres na menopausa
title_full_unstemmed Efeitos das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados ou raloxifeno sobre a rigidez arterial em mulheres na menopausa
title_sort Efeitos das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados ou raloxifeno sobre a rigidez arterial em mulheres na menopausa
author Dias Júnior, Altamiro Ribeiro
author_facet Dias Júnior, Altamiro Ribeiro
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Melo, Nilson Roberto de
dc.contributor.author.fl_str_mv Dias Júnior, Altamiro Ribeiro
dc.subject.por.fl_str_mv Cerebrovascular disease/pathology
Complacence
Complacência
Hormone replacement therapy /adverse effects
Hormone replacement therapy/methods
Pós-menopausa/efeitos de drogas
Post-menopause/drugs effects
Raloxifene/therapeutic use
Raloxifeno/uso terapêutico
Terapia de reposição hormonal/efeitos adversos
Terapia de reposição hormonal/métodos
Transtornos cerebrovasculares/patologia
topic Cerebrovascular disease/pathology
Complacence
Complacência
Hormone replacement therapy /adverse effects
Hormone replacement therapy/methods
Pós-menopausa/efeitos de drogas
Post-menopause/drugs effects
Raloxifene/therapeutic use
Raloxifeno/uso terapêutico
Terapia de reposição hormonal/efeitos adversos
Terapia de reposição hormonal/métodos
Transtornos cerebrovasculares/patologia
description INTRODUÇÃO: A rigidez arterial é fator de risco cardiovascular pouco estudado e importante determinante de sobrecarga cardiovascular, estando associada ao envelhecimento. Analisou-se a ação das terapêuticas com estrogênios eqüinos conjugados (EEC) ou raloxifeno sobre os índices de rigidez, com o intuito de se observar a influência destas medicações na rigidez arterial, bem como se as mesmas são capazes de influenciar o envelhecimento vascular bem sucedido. MÉTODOS: Realizou-se estudo duplo cego, randomizado, placebo-controlado, que envolveu sessenta e sete mulheres saudáveis, normotensas e com 1 a 10 anos de menopausa, divididas em três grupos de 24, 25 e 18 mulheres. Estas receberam placebo, 0,625 mg EEC ou 60 mg de raloxifeno, respectivamente, 1 comprimido por dia, por 4 meses consecutivos. Analisou-se a rigidez arterial, através da avaliação das velocidades de onda de pulso carótida-femoral (VOP CF), fêmoro-pediosa (VOP FP), e do índice de amplificação (IA) da pressão sistólica na artéria carótida. RESULTADOS: Não se observou qualquer alteração dos índices de rigidez arterial associada às intervenções farmacológicas no grupo placebo (VOP CF pré x pós: 644 x 626 cm/s, p= 0,09; VOP FP pré x pós: 1006 x 1012 cm/s, p= 0,77; IA pré x pós = 30 x 29%, p= 0,55), no grupo EEC (VOP CF pré x pós: 642 x 600 cm/s, p= 0,11; VOP FP pré x pós: 952 x 971 cm/s, p= 0,66; IA pré x pós: 25 x 32%, p= 0,82) e no grupo raloxifeno (VOP CF pré x pós: 636 x 601 cm/s, p= 0,12; VOP FP pré x pós: 964 x 941 cm/s, p= 0,62; IA pré x pós:25 x 25%, p= 0,65). Apesar da ausência de ação das drogas sobre a rigidez arterial, houve uma correlação significativa entre o grau de rigidez arterial basal e a resposta à intervenção farmacológica, particularmente no grupo EEC, de tal maneira que a redução dos índices de rigidez neste grupo foi proporcional ao nível de rigidez basal, apresentando as seguintes relações: VOP CF (r= -0,602, p= 0,001); VOP FP (r= -0,455, p= 0,022); IA (r= -0,410, p= 0,042). CONCLUSÃO: EEC e raloxifeno não parecem afetar a rigidez arterial de mulheres sadias e normotensas com menos de 10 anos de menopausa
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005-04-26
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-03102014-143049/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-03102014-143049/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1815256618288283648