O uso de registros de emissões otoacústicas como instrumento de vigilância epidemiológica de alterações auditivas em trabalhadores expostos a ruído

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fiorini, Ana Claudia
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-03042020-124008/
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi comparar os registros de emissões otoacústicas de dois grupos de indivíduos com limiares audiométricos entre O e 20 dBNA, expostos e não expostos a ruído ocupacional, na busca de alternativas para detecção precoce de alterações auditivas causadas pelo ruído. Foram avaliados dois grupos de 80 sujeitos, pareados com relação ao sexo e idade, com resultados do teste de imitância acústica dentro dos padrões de normalidade, sendo um deles não exposto e o outro exposto a ruído ocupacional há pelo menos um ano. Além da anamnese clínica e ocupacional, foram obtidos registros de emissões otoacústicas por transiente evocado e por produto de distorção para investigar possíveis alterações não observadas na audiometria. A prevalência de respostas ausentes em pelo menos uma orelha, no teste de emissões otoacústicas por transiente evocado, foi maior no grupo exposto (68,7%) do que no grupo não exposto (55,7%). O mesmo ocorreu para o teste de emissões otoacústicas por produto de distorção, onde observamos 58,7% de respostas ausentes em pelo menos uma freqüência entre os expostos, contra 30,0% nos não expostos. A análise estatística indicou relação para um nível de significância de 0,5% entre ser exposto a ruído ocupacional e apresentar respostas alteradas nos testes de emissões otoacústicas. O teste das medianas das amplitudes de respostas das emissões otoacústicas por produto de distorção, indicaram diferenças estatisticamente significantes (p < 0,05) nas freqüências de 5k e 6kHz, entre os dois grupos. Os resultados indicaram que a exposição a ruído ocupacional pode implicar em alterações nos registros dos testes, sugerindo que as emissões otoacústicas podem ser um importante instrumento de vigilância epidemiológica de alterações auditivas, mesmo em indivíduos portadores de limiares audiométricos dentro dos padrões de normalidade.
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