Treinamento concorrente: efeito de uma sessão de treino de força em parâmetros biomecânicos da corrida
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-13052021-120353/ |
Resumo: | O treinamento concorrente tem por finalidade gerar concomitantemente adaptações neuromusculares e cardiovasculares. Entretanto, no melhor do nosso conhecimento, são poucos estudos que investigaram a influência de uma sessão de treino de força sobre parâmetros biomecânicos da corrida. A hipótese do presente estudo é que o treino de força influencia parâmetros biomecânicos da corrida. Desta forma, o objetivo deste estudo foi investigar as alterações nos parâmetros biomecânicos da corrida realizada após uma sessão de treino de força para membros inferiores. Foram avaliados 24 voluntários, praticantes de musculação, do sexo masculino (Idade: 29,2 ± 5,0 anos; Altura: 1,76 ± 0,04 m; Massa corporal: 86,7 ± 11,1 Kg), que utilizavam a corrida em esteira como parte de seu programa de treinamento. Os participantes foram submetidos a duas sessões experimentais: Sessão Corrida (corrida de 20 minutos) e Sessão Treinamento Concorrente (corrida de 20 minutos após uma sessão de treino de força para membros inferiores). Com uma carga entre 8 a 12 RM, os participantes realizaram os seguintes exercícios: agachamento livre, levantamento terra, Leg Press 45o e flexão plantar no Leg Press 45o. Foram realizadas 3 séries de cada exercício, com 3 minutos de intervalo entre as séries e 5 minutos entre os exercícios. A corrida foi realizada em velocidade autosselecionada (8,9 ± 1,4 km/h), previamente medida. Os parâmetros biomecânicos foram coletados, nas duas sessões experimentais, no quinto e no vigésimo minuto. Foram analisadas variáveis da força de reação do solo (FRS); variáveis espaço-temporais; cinemática angular de quadril, joelho e tornozelo; atividade eletromiográfica do reto femoral (RF), vasto lateral (VL), tibial anterior (TA), cabeça longa do bíceps femoral (BF), gastrocnêmio lateral (GL) e glúteo médio (GME); e a percepção subjetiva de esforço (PSE). O vigésimo minuto de corrida, comparado com o quinto, apresentou diminuição da frequência de passada (p=0,010; η2=0,69%), aumento do tempo de balanço (p=0,011; η 2=1,32%), aumento da máxima flexão do joelho no apoio (p=0,026; η20,41%), aumento da variação angular do joelho no apoio (p=0,020; η2=0,47%) e redução da atividade eletromiográfica de VL (p=0,004; η2=0,66%), TA (p=0,009; η2=1,61%), GL (p=0,013; η2=0,40%) e GM (p=0,012; η2=2,48%) na fase de balanço da corrida. Na corrida após a sessão do treino de força verificou-se um aumento da frequência de passada (p=0,007; η2=1,18%), redução do tempo de balanço (p=0,010; η 2=1,52%), redução da máxima flexão do joelho no apoio (p=0,009; η2=2,06%), redução da variação angular do joelho no apoio (p=0,001; η2=2,77%), redução do 1o pico (p=0,027; η2=1,05%) da FRS e do tempo para o atingir (p=0,005; η2=3,58), aumento do impulso nos 50 ms (p=0,003; η2=0,92%), aumento da taxa de desenvolvimento de força (p=0,002; η2=0,82%) e aumento da atividade eletromiográfica de VL e RF durante o apoio (p=0,043; η2=0,72%; p=0,003; η2=4,94%). Os resultados indicam que uma sessão de treino de força influencia as características biomecânicas da corrida subsequente, no entanto, parece não afetar de forma expressiva a eficiência e segurança desse movimento |
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Treinamento concorrente: efeito de uma sessão de treino de força em parâmetros biomecânicos da corridaConcurrent training: effects of a strength training session on running biomechanicsBiomecânicaBiomechanicsCombined trainingFenômeno da InterferênciaForça muscularInterference phenomenonLocomoçãoLocomotionMuscle strengthTreinamento combinadoO treinamento concorrente tem por finalidade gerar concomitantemente adaptações neuromusculares e cardiovasculares. Entretanto, no melhor do nosso conhecimento, são poucos estudos que investigaram a influência de uma sessão de treino de força sobre parâmetros biomecânicos da corrida. A hipótese do presente estudo é que o treino de força influencia parâmetros biomecânicos da corrida. Desta forma, o objetivo deste estudo foi investigar as alterações nos parâmetros biomecânicos da corrida realizada após uma sessão de treino de força para membros inferiores. Foram avaliados 24 voluntários, praticantes de musculação, do sexo masculino (Idade: 29,2 ± 5,0 anos; Altura: 1,76 ± 0,04 m; Massa corporal: 86,7 ± 11,1 Kg), que utilizavam a corrida em esteira como parte de seu programa de treinamento. Os participantes foram submetidos a duas sessões experimentais: Sessão Corrida (corrida de 20 minutos) e Sessão Treinamento Concorrente (corrida de 20 minutos após uma sessão de treino de força para membros inferiores). Com uma carga entre 8 a 12 RM, os participantes realizaram os seguintes exercícios: agachamento livre, levantamento terra, Leg Press 45o e flexão plantar no Leg Press 45o. Foram realizadas 3 séries de cada exercício, com 3 minutos de intervalo entre as séries e 5 minutos entre os exercícios. A corrida foi realizada em velocidade autosselecionada (8,9 ± 1,4 km/h), previamente medida. Os parâmetros biomecânicos foram coletados, nas duas sessões experimentais, no quinto e no vigésimo minuto. Foram analisadas variáveis da força de reação do solo (FRS); variáveis espaço-temporais; cinemática angular de quadril, joelho e tornozelo; atividade eletromiográfica do reto femoral (RF), vasto lateral (VL), tibial anterior (TA), cabeça longa do bíceps femoral (BF), gastrocnêmio lateral (GL) e glúteo médio (GME); e a percepção subjetiva de esforço (PSE). O vigésimo minuto de corrida, comparado com o quinto, apresentou diminuição da frequência de passada (p=0,010; η2=0,69%), aumento do tempo de balanço (p=0,011; η 2=1,32%), aumento da máxima flexão do joelho no apoio (p=0,026; η20,41%), aumento da variação angular do joelho no apoio (p=0,020; η2=0,47%) e redução da atividade eletromiográfica de VL (p=0,004; η2=0,66%), TA (p=0,009; η2=1,61%), GL (p=0,013; η2=0,40%) e GM (p=0,012; η2=2,48%) na fase de balanço da corrida. Na corrida após a sessão do treino de força verificou-se um aumento da frequência de passada (p=0,007; η2=1,18%), redução do tempo de balanço (p=0,010; η 2=1,52%), redução da máxima flexão do joelho no apoio (p=0,009; η2=2,06%), redução da variação angular do joelho no apoio (p=0,001; η2=2,77%), redução do 1o pico (p=0,027; η2=1,05%) da FRS e do tempo para o atingir (p=0,005; η2=3,58), aumento do impulso nos 50 ms (p=0,003; η2=0,92%), aumento da taxa de desenvolvimento de força (p=0,002; η2=0,82%) e aumento da atividade eletromiográfica de VL e RF durante o apoio (p=0,043; η2=0,72%; p=0,003; η2=4,94%). Os resultados indicam que uma sessão de treino de força influencia as características biomecânicas da corrida subsequente, no entanto, parece não afetar de forma expressiva a eficiência e segurança desse movimentoConcurrent training aims to simultaneously generate neuromuscular and cardiovascular adaptations. However, to the best of our knowledge, there are a few studies that investigated the acute effects of a strength training session on running biomechanics. We hypothesized that a single strength training session would induce changes on selected biomechanical parameters of running. This study aimed to investigate running biomechanics changes after a lower limbs\' strength training session. Twenty-four recreational strength training male practitioners took part of the study (Age: 29.2 ± 5.0 years; Height: 1.76 ± 0.04 m; Body mass: 86.7 ± 11.1 Kg). All volunteers used to use treadmill running as part of their training program. They underwent two experimental sessions in a random fashion: one running session and one running session after a strength training for lower limbs. Strength training consisted of the following exercises: free squat, deadlift, 45o leg press, and plantar flexion (performed in the Leg Press machine). Three sets of each exercise were executed with a load between 8 and 12RM. A 3-minute rest interval between sets were given as well as 5 minutes between exercises. Running assessment was carried out at a self-selected pace (8.9 ± 1.4 km/h), which was previously measured. Biomechanical parameters of running were analyzed at 5 and 20 minutes: ground reaction force (GRF); space-time variables; angular kinematics of the hip, knee and ankle; electromyographic activity of the rectus femoris (RF), vastus lateralis (VL), anterior tibialis (TA), long head of the femoral biceps (BF), lateral gastrocnemius (GL) and gluteus medius (GME). The Rating of Perceived Exertion (RPE) was also measured. The twentieth minute of running, compared to the fifth, decreased stride frequency (p = 0.010; η2 = 0.69%), increased swing time (p = 0.011; η2 = 1.32%), increased knee flexion during support (p = 0.026; η2 = 0.41%), increased knee angular variation during support phase (p = 0.020; η2 = 0.47%) and reduced VL (p = 0.004; η2 = 0.66%), TA (p = 0.009; η2 = 1.61%), GL (p = 0.013; η2 = 0.40%) and GM (p = 0.012; η 2 = 2.48%) activity in the balance phase of running. After the strength training session, the participants increased stride frequency (p = 0.007; η2 = 1.18%), reduced swing time (p = 0.010; η2 = 1.52%), reduced knee flexion (p = 0.009; η2 = 2.06%) during support phase, reduced knee angular variation during support phase (p = 0.001; η2 = 2.77%), reduced GRF 1st peak (p = 0.027; η2 = 1.05%), reduced the time to the 1st peak (p = 0.005; η2 = 3.58), increased impulse until the 50 ms (p = 0.003; η2 = 0.92%), increased the rate of force development (p = 0.002; η2 = 0.82%) and increased VL and RF activity during support phase (p = 0.043; η2 = 0.72%; p = 0.003; η2 = 4.94%). The results suggest that a strength training session performed before running influences its biomechanical characteristics, however, without significantly affecting the efficiency and safety of this movement.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSerrão, Julio CercaLima, Wilson Pereira2020-06-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39135/tde-13052021-120353/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-05-14T18:21:02Zoai:teses.usp.br:tde-13052021-120353Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-05-14T18:21:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O treinamento concorrente tem por finalidade gerar concomitantemente adaptações neuromusculares e cardiovasculares. Entretanto, no melhor do nosso conhecimento, são poucos estudos que investigaram a influência de uma sessão de treino de força sobre parâmetros biomecânicos da corrida. A hipótese do presente estudo é que o treino de força influencia parâmetros biomecânicos da corrida. Desta forma, o objetivo deste estudo foi investigar as alterações nos parâmetros biomecânicos da corrida realizada após uma sessão de treino de força para membros inferiores. Foram avaliados 24 voluntários, praticantes de musculação, do sexo masculino (Idade: 29,2 ± 5,0 anos; Altura: 1,76 ± 0,04 m; Massa corporal: 86,7 ± 11,1 Kg), que utilizavam a corrida em esteira como parte de seu programa de treinamento. Os participantes foram submetidos a duas sessões experimentais: Sessão Corrida (corrida de 20 minutos) e Sessão Treinamento Concorrente (corrida de 20 minutos após uma sessão de treino de força para membros inferiores). Com uma carga entre 8 a 12 RM, os participantes realizaram os seguintes exercícios: agachamento livre, levantamento terra, Leg Press 45o e flexão plantar no Leg Press 45o. Foram realizadas 3 séries de cada exercício, com 3 minutos de intervalo entre as séries e 5 minutos entre os exercícios. A corrida foi realizada em velocidade autosselecionada (8,9 ± 1,4 km/h), previamente medida. Os parâmetros biomecânicos foram coletados, nas duas sessões experimentais, no quinto e no vigésimo minuto. Foram analisadas variáveis da força de reação do solo (FRS); variáveis espaço-temporais; cinemática angular de quadril, joelho e tornozelo; atividade eletromiográfica do reto femoral (RF), vasto lateral (VL), tibial anterior (TA), cabeça longa do bíceps femoral (BF), gastrocnêmio lateral (GL) e glúteo médio (GME); e a percepção subjetiva de esforço (PSE). O vigésimo minuto de corrida, comparado com o quinto, apresentou diminuição da frequência de passada (p=0,010; η2=0,69%), aumento do tempo de balanço (p=0,011; η 2=1,32%), aumento da máxima flexão do joelho no apoio (p=0,026; η20,41%), aumento da variação angular do joelho no apoio (p=0,020; η2=0,47%) e redução da atividade eletromiográfica de VL (p=0,004; η2=0,66%), TA (p=0,009; η2=1,61%), GL (p=0,013; η2=0,40%) e GM (p=0,012; η2=2,48%) na fase de balanço da corrida. Na corrida após a sessão do treino de força verificou-se um aumento da frequência de passada (p=0,007; η2=1,18%), redução do tempo de balanço (p=0,010; η 2=1,52%), redução da máxima flexão do joelho no apoio (p=0,009; η2=2,06%), redução da variação angular do joelho no apoio (p=0,001; η2=2,77%), redução do 1o pico (p=0,027; η2=1,05%) da FRS e do tempo para o atingir (p=0,005; η2=3,58), aumento do impulso nos 50 ms (p=0,003; η2=0,92%), aumento da taxa de desenvolvimento de força (p=0,002; η2=0,82%) e aumento da atividade eletromiográfica de VL e RF durante o apoio (p=0,043; η2=0,72%; p=0,003; η2=4,94%). Os resultados indicam que uma sessão de treino de força influencia as características biomecânicas da corrida subsequente, no entanto, parece não afetar de forma expressiva a eficiência e segurança desse movimento |
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