O DOM DO CRIME: IRONIA E FICÇÃO NO TRATO COM O REAL
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Letras |
Texto Completo: | https://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2348 |
Resumo: | Neste ensaio examinamos o romance O Dom do Crime publicado por Marco Lucchesi em 2010, considerando as relações intertextuais e o jogo irônico que estabelece com o romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Com base em um referencial teórico recente relativo à ficção histórica e na obra de pensadores franceses como Paul Ricoeur e Jean Baudrillard, procuramos identificar e investigar o jogo estabelecido pelo narrador-autor entre o universo ficcional machadiano e o relato histórico do caso José Mariano, um crime de “honra ferida” comum no século XIX. A narrativa de Lucchesi entrelaça registros jornalísticos e o universo ficcional bem conhecido de Dom Casmurro para subverter a tradicional relação hierárquica entre realidade e ficção. Adotamos o referencial baudrillardiano, juntamente com a reflexão de Ricoeur sobre a discursividade e a falibilidade da memória e com a noção romântica de ironia, para sublinhar a difícil tarefa de se traçar limites entre realidade e ficção, limites esses obscurecidos – se não apagados – ironicamente no romance de Lucchesi. |
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O DOM DO CRIME: IRONIA E FICÇÃO NO TRATO COM O REALNeste ensaio examinamos o romance O Dom do Crime publicado por Marco Lucchesi em 2010, considerando as relações intertextuais e o jogo irônico que estabelece com o romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Com base em um referencial teórico recente relativo à ficção histórica e na obra de pensadores franceses como Paul Ricoeur e Jean Baudrillard, procuramos identificar e investigar o jogo estabelecido pelo narrador-autor entre o universo ficcional machadiano e o relato histórico do caso José Mariano, um crime de “honra ferida” comum no século XIX. A narrativa de Lucchesi entrelaça registros jornalísticos e o universo ficcional bem conhecido de Dom Casmurro para subverter a tradicional relação hierárquica entre realidade e ficção. Adotamos o referencial baudrillardiano, juntamente com a reflexão de Ricoeur sobre a discursividade e a falibilidade da memória e com a noção romântica de ironia, para sublinhar a difícil tarefa de se traçar limites entre realidade e ficção, limites esses obscurecidos – se não apagados – ironicamente no romance de Lucchesi.Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)2013-07-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/234810.3895/rl.v15n16.2348Revista de Letras; v. 15, n. 16 (2013)2179-52820104-999210.3895/rl.v15n16reponame:Revista de Letrasinstname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRporhttps://periodicos.utfpr.edu.br/rl/article/view/2348/1484Direitos autorais 2014 Daniel Martineschenhttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMartineschen, Daniel2014-12-09T13:06:52Zoai:periodicos.utfpr:article/2348Revistahttps://periodicos.utfpr.edu.br/rlPUBhttps://periodicos.utfpr.edu.br/rl/oai||revistadeletras-ct@utfpr.edu.br2179-52820104-9992opendoar:2014-12-09T13:06:52Revista de Letras - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false |
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