Dosimetria em tomografia computadorizada para controle de dose em órgãos radiossensíveis utilizando um phantom antropomórfico

• Autor(a) principal: Souza, Isabela Oliveira
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4160
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::RADIOLOGIA MEDICA; Tomografia; Diagnóstico por imagem; Radiação - Dosimetria; Termoluminescência - Dosimetria; Imagens e fantasmas (Radiologia); Radiação ionizante - Medidas de segurança; Dosímetros - Calibração; Métodos de simulação; Física médica; Engenharia biomédica; Tomography; Diagnostic imaging; Radiation dosimetry; Thermoluminescence - Dosimetry; Phantoms (Radiology); Ionizing radiation - Security measures; Dosimeters - Calibration; Simulation method; Medical physics; Biomedical engineering; Engenharia Biomédica

A tomografia computadorizada (TC) é um dos métodos de diagnóstico por imagem mais utilizados atualmente. Mesmo com os avanços tecnológicos, deve-se continuar realizando dosimetria, buscando manter a dose mais baixa possível e preservando o padrão de qualidade diagnóstica do exame. O objetivo deste trabalho é avaliar as doses em órgãos radiossensíveis (cristalino, tireoide, mama, gônadas masculina e feminina e pele) utilizando um simulador antropomórfico Alderson Rando, modelo masculino, com um acessório simulando a mama. Para realizar as medições, utilizou-se dosímetros termoluminescentes (TLD) do tipo LiF:Ti,Mg calibrados com energia de 120 kV. Os testes foram realizados em dois equipamentos: um tomógrafo Siemens Somaton Definition AS+ de 128 cortes e um GE Revolution CT de 512 cortes. Os protocolos utilizados nas exposições foram crânio, tórax, abdômen e coronárias, os mesmos rotineiramente aplicados na clínica. Para cada protocolo, dois pares de dosímetros foram posicionados nas regiões radiossensíveis e um par na região do isocentro do protocolo para se determinar a dose de entrada na pele. Após as exposições, os dosímetros foram colocados em uma leitora do modelo RA'94 para obtenção da dose absorvida. Foram calculadas as doses equivalentes recebidas por cada órgão e anotados os valores de índice de dose volumétrico em tomografia computadorizada (CTDIvol) e produto dose pelo comprimento (DLP) fornecidos pelo equipamento em cada protocolo. Os resultados para a dose absorvida mostram que o cristalino é o órgão que recebe a dose mais elevada nos dois equipamentos, ambos no protocolo para crânio. A dose no tomógrafo GE é de aproximadamente 30,8 mSv e no tomógrafo Siemens de 26,5 mSv. Comparado resultados do CTDIvol e do DLP deste trabalho com outros estudos em equipamentos diversos, o Siemens e GE obtiveram resultados melhores para o protocolo de abdômen com todos os valores abaixo dos da literatura. No protocolo de tórax, o GE tem o melhor resultado em relação ao Siemens, que ultrapassa o melhor valor encontrado nos estudos em 22% para o CTDIvol e em 4,1% para o DLP. Já para o protocolo de crânio o equipamento que apresenta o melhor resultado foi o da Siemens com os valores de CTDIvol 250,1% menores que o da literatura e DLP 44,0% abaixo. Quando comparados aos estudos apresentados, os dois equipamentos obtiveram doses abaixo de limites de referência do American College of Radiology (ACR) para os protocolos de crânio e abdômen. Os resultados obtidos neste estudo mostram o bom desempenho dos protocolos aplicados, resultando em doses que contribuem para cumprir limites de risco esperados ou menores, para os órgãos radio sensíveis.