Avaliação da qualidade de azeites de oliva extra virgem monovarietais produzidos no Brasil

• Autor(a) principal: Dias, Renan Kiister
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30872
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA; Azeite; Ácidos graxos; Oxidação; Olive-oil; Fatty acids; Oxidation

Os azeites de oliva devem substituir ao longo prazo os óleos vegetais na cozinha popular, isto pois os azeites têm propriedades benéficas a saúde humana e conseguem manter suas propriedades quando submetidos ao processo de cozimento. A olivicultura cresce exponencialmente no país e a produção depende de muitos fatores como como índice de maturação, altitude, latitude, composição do solo, de condições climáticas favoráveis, cultivo e processo de produção. Visto o encarecimento na produção de azeites extra virgens (maior qualidade), houve um aumento significativo nas fraudes durante a produção de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Assim, é necessário intensificar as pesquisas a respeito dos azeites vendidos nas prateleiras de forma a verificar se há fraude e identificar como cada marca atua quanto a qualidade dos azeites quando comparados com os índices legais. Desse modo, o presente trabalho verificou a qualidade e composição de diferentes amostras monovarietais de azeites de oliva extra virgem comercializados no Brasil, de acordo com a INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 30 DE JANEIRO DE 2012, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA). As amostras foram recebidas da campanha gaúcha – RS e da empresa Epamig – MS das variedades Arbosana-MG, Arbequina-MG, Koroneiki-MG, GappoloMG, Frantoio-RS, Picual-RS, Coratina-RS, Manzanilla-RS, Koroneiki-RS e ArbequinaRS. As análises dos índices de peróxidos das variedades apontaram para uma oxidação inicial das amostras, logo que apenas a amostra Gappolo-MG ficou dentro das normas de qualidade pré-estabelecidas. Quanto ao índice de acidez, verificou-se que apenas três amostras não estão dentro do limite de qualidade estabelecido pelo MAPA. Já acerca da composição de ácidos graxos, as amostras no geral apresentaram boas porcentagens de ácido oleico (principal constituinte de óleos vegetais) e ácido palmítico. Quanto ao ácido linoleico, as amostras apresentaram baixas porcentagens, porém ainda dentro do padrão de qualidade. Com o presente trabalho, é possível notar que as amostras de azeite de oliva extra virgem (EVOO) apresentam boa qualidade e são propícios para o consumo, apenas apresentando indícios de uma oxidação inicial que pode ser ocasionada devido á mal armazenamento durante o estoque ou translado.