Avaliação do potencial fotoprotetor do extrato de Myrciaria dubia em cultura de células expostas a radiação UVB

• Autor(a) principal: Biffi, Mariana Tonello
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30806
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA; Protetores contra radiação; Radiação ultravioleta; Camu-camu; Radiation-protective agents; Ultraviolet radiation; Camu camu

O Camu-Camu (Myrciaria Dubia) é um fruto de origem amazônica que apresenta elevados níveis de ácido ascórbico e compostos fenólicos em sua composição, que possuem a capacidade de diminuir o estresse oxidativo e auxiliar o sistema imunológico contra os danos causados pela exposição à radiação ultravioleta. Com isso, o objetivo do presente estudo foi produzir e caracterizar um extrato hidroalcóolico de Camu-Camu e avaliar seu potencial fotoprotetor, em tratamentos simultâneo, pré-tratamento e pós-tratamento, para as células renais de Macaca mulatta (LLC-MK2) expostas a radiação ultravioleta do tipo B (UVB). O planejamento experimental para a produção do extrato, um DCCR (delineamento composto central rotacional) 2² com duas variáveis independentes (tempo de extração e concentração do solvente), mostrou que o tempo de 20 minutos e 50% etanol e 50% água foram as melhores condições de extração sólido-líquido, em termos de compostos fenólicos. A determinação da capacidade antioxidante do extrato final resultou em EC50 de 100±3,2 μg mL-1 e a análise físico-química mostrou que o extrato possui caráter ácido, com valor de pH 2,94, 10,68% de acidez total e ácido ascórbico de 3504,788±63,5 mg 100 mL-1 de extrato. O teste de citotoxicidade do MTT (3- [4,5-dimetiltiazol-2-il] -2,5 brometo de difenil tetrazólio) com as células LLC-MK2 mostrou que o extrato do fruto não foi citotóxico para essa linhagem celular, mas os níveis de radiação (30, 60, 90, 120 e 150 mJ cm-2) promoveram mortalidade destas células. Para os testes de citoproteção foi necessária a projeção e construção de uma câmara de radiação. Os resultados dos testes mostraram que as concentrações de 10, 25, 50 e 75 μL mL-1 do extrato de Camu-Camu foram capazes de promover a fotoproteção para a linhagem celular LLC-MK2 exposta a 30 mJ cm-2 da radiação UVB. Além disso, o pós-tratamento (Camu-Camu) tratado 2 horas após a exposição das células a radiação) foi o que apresentou os melhores resultados em termos de citoproteção. Assim, os dados do presente estudo demonstraram que esse fruto merece destaque na pesquisa de tratamentos para prevenir os danos gerados pela exposição à radiação ultravioleta.