Estudo da biodegradação de glicerina em processos de cofermentação com melaço de cana-de-açúcar

• Autor(a) principal: Santos, Bruno Aparecido da Silva
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/6693
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::CIENCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS::ENGENHARIA DE ALIMENTOS; Biodegradação; Melaço; Glicerina; Biodegradation; Molasses; Glycerin

O presente trabalho teve como proposta realizar um estudo sobre a biodegradação do glicerol em processos de cofermentação com o melaço de cana de açúcar, visando produzir compostos de valor comercial utilizando microrganismos selvagens. No primeiro ensaio, cujo o propósito foi isolar microrganismos com capacidade degradativa de glicerol, utilizou-se como fontes destes, amostras de água de duas lagoas de tratamento de efluentes, sendo uma de um laticínio e a outra de uma fecularia. Tais amostras foram inoculadas em placas de Petri contendo o meio de cultivo sólido e, posteriormente, essas foram incubadas à 37ºC por 72 horas. Após o tempo de incubação houve o crescimento de diversos microrganismos, porém escolheu-se isolar somente duas leveduras, cada uma oriunda de uma lagoa de tratamento de efluentes diferente. Para afirmar que eram leveduras foi feita uma análise visual das características das colônias formadas. Também analisou-se a morfologia das células destas duas leveduras através da técnica de coloração de Gram, verificando que ambas eram cocos Gram negativas. No segundo ensaio essas leveduras foram inoculadas em dois caldos fermentativos diferentes (1:1 e 2:1 de glicerol: melaço), com a finalidade de verificar a influência das proporções de glicerol e melaço e, também, do tempo de fermentação na produção dos metabólitos. Por fim realizou-se a identificação de alguns metabólitos através da cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), sendo eles ácido acético, ácido lático e ácido cítrico, porém, somente foi possível quantificar a concentração de ácido acético. Segundo os dados obtidos, a formulação que produziu uma maior concentração de ácido acético foi a 2:1 (glicerol: melaço), com aproximadamente 0,2 g/L, e o tempo ideal para a produção máximo deste metabólito foi de 48 horas.