Épocas e formas de estabelecimento de plantas de cobertura para a entressafra milho safrinha/soja

• Autor(a) principal: Giaretta, Roniel
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24241
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA; Milho; Plantas - Efeito do nitrogênio; Biomassa vegetal; Corn; Plants - Effect of nitrogen on; Plant biomass

O cultivo do milho no Brasil é dividido em duas safras, safra de verão e safra de inverno “safrinha”. Na região Sudoeste do estado do Paraná, o cultivo de milho safrinha começou a ser realizado em escala comercial nos últimos anos e associado ao seu cultivo está o problema de as lavoras permanecerem em pousio, sem cobertura de solo, até o cultivo da próxima safra de verão. Neste contexto o estudo tem o objetivo de avaliar diferentes plantas de cobertura, verificando épocas e formas de estabelecimento destas plantas no sistema de cultivo de milho safrinha, avaliando a produtividade do milho e o potencial de acúmulo de biomassa destas plantas no período de entressafra. O experimento foi conduzido no Sítio Giaretta, interior do município de Dois Vizinhos - PR, durante o ano de 2017. Primeiramente, foi realizado a implantação de milho associado ou não com diferentes formas de estabelecimento com braquiária, com uso e sem uso de nitrogênio, em duas épocas distintas (pós feijão e soja), sendo avaliado o potencial de acúmulo de massa seca da braquiária e os componentes de rendimento e produtividade da cultura do milho. Após a colheita do milho, foi implantado um segundo estudo, no qual foi avaliado o potencial de acúmulo de biomassa seca de diferentes espécies durante o período de entressafra. Os dados foram submetidos a análise de variância e quando apresentaram significância, aplicou-se teste de Skott-Knott à 5% de probabilidade. Em relação ao estudo que avaliou o cultivo de milho safrinha consorciado com braquiária, observou-se que o nitrogênio não interferiu na produtividade final do milho. Também se percebe que o atraso na semeadura do milho safrinha, resulta em menor massa de grãos e produtividade da lavoura e que o rendimento produtivo é reduzido no consorcio com braquiária. Ainda, concluiu-se que o acúmulo de biomassa é maior nos tratamentos em consorcio em relação ao monocultivo de milho, quando este é realizado em pré semeadura do milho safrinha. Para o segundo estudo em que verificou-se a acumulo de biomassa de diferentes espécie e da braquiária remanescente, percebe-se que independente da espécie ou da época de semeadura, a utilização de plantas de cobertura proporciona maior acúmulo de massa seca em relação a áreas de pousio. Também, a utilização de braquiária em monocultura resulta em maior acúmulo de massa seca dentre as espécies de cobertura, em ambas as épocas, porém com menor acúmulo de massa seca ao somar a massa do milho nos demais tratamentos. Dentre os tratamentos analisados, a utilização de milho e aveia branca resultou em maior acúmulo de massa seca total (19.260 kg ha-1). Independente da espécie de cobertura a ser utilizada, seja em consórcio com o milho safrinha ou, pós seu cultivo, as plantas proporcionam acúmulo de massa seca satisfatório destacando-se a braquiária a qual acumulou 5.810 kg ha-1 de massa seca pós cultivo de feijão e 4.275 kg ha-1 pós cultivo de soja, protegendo o solo e gerando benefícios para o sistema.