Análise da qualidade microbiológica do ar de uma cooperativa de reciclagem no Oeste do Paraná

• Autor(a) principal: Lopes, Karina Fernanda
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Santos, Kauana Machado dos
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30007
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA::SANEAMENTO AMBIENTAL; Gestão integrada de resíduos sólidos; Ar - Controle de qualidade; Fungos; Bactérias; Integrated solid waste mangement; Ar quality management; Fungi; Bacteria

Este trabalho objetivou avaliar a qualidade microbiológica do ar de uma cooperativa de reciclagem situada no município de Santa Helena/PR. Foram realizadas cinco coletas de dados nos meses de Abril e Junho de 2021, seguindo­se a metodologia da sedimentação espontânea e utilizando placas de Petri para cultivo de fungos (Dicloran Rosa Bengala Cloranfenicol Base Agar) e bacterias gram negativas (Eosin Methylene Blue Agar). As placas foram dispostas abertas em dez diferentes pontos de coleta no inteiror e exterior da cooperativa por 30 minutos. Após incubação, quantificou­se as unidades formadores de colônia em cada placa e procedeu­se o isolamento dos fungos e bactérias para posterior identificação. Para os bolores, preparou­se lâminas para visualização em microscópio óptico (400x) e comparação das estruturas com chaves taxonômicas. Para a identificação das bactérias, utilizou­se os kits Bactray com colônias isoladas com 24h de crescimento, diluidas em água salina estéril. A fim de conscientizar a população sobre a separação correta dos resíduos sólidos, elaborou­se uma cartilha educacional em formato digital a ser disponilizada aos estudantes do município, bem como, buscou­se identificar os principais resíduos contaminados que chegavam à cooperativa. Na quantificação de bactérias gram negativas no ambiente interno, as coletas 1, 2 e 3 excederam o limite de 500 UFC m­ ³ de ar, enquanto que no ambiente externo, apenas a coleta 5 (627,76 UFC m­³) apresentou média que não atendeu à legislação. Para bactérias, o ambiente da cooperativa apresentou relação I/E superior a 1,5, indicando fontes internas de contaminação. Foram identificados nove espécies de bactérias, pertencentes à cinco gêneros (Acinetobacter sp., Klebsiella sp., Serratia sp., Shigella sp. e Stenotrophomonas sp.) no ambiente interno e, cinco espécies no ambiente externo, com predominância do gênero Klebsiella sp. A contagem de fungos excedeu os limites da legislação (750 UFC m­³) na primeira, quarta e quinta coletas com médias de 858,86 UFC m­³, 948,93 UFC m­³ e 956,21 UFC m­³ de ar, respectivamente e o ambiente esta de acordo com a relação I/E, indicando maior quantidade de fungos no ambiente externo da cooperativa. Foram identificados 13 gêneros de bolores no ambiente interno, com predominância de Aspergillus sp., Rhizopus sp., e Eupenicillium sp. e no ambiente externo, contabilizou­se 19 gêneros com prevalência de Aspergillus sp., Rhizopus sp., Eupenicillium sp., Trychophyton sp. e Mucor sp.Os principais resíduos contaminados que chegam a cooperativa são embalagens de alimentos mal higienizadas e resíduos sanitários. Os resultados indicam uma qualidade microbiológica do ar interno significativamente ruim na cooperativa analisada, com três amostragens com valores superior ao recomendado pelas legislações aplicáveis.