Patologia de sementes de angico-vermelho (Parapiptadenia rígida (Bentham) Brenan), potencial de óleos essenciais no controle de Rhizoctonia sp. in vitro e no tratamento de sementes

• Autor(a) principal: Bressan, Darlan Fabiano
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/10937
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::FITOSSANIDADE; Sementes; Germinação; Fungos fitopatogênicos; Seeds; Germination; Phytopathogenic fungi

Os fungos fipopatogênicos prejudicam o poder germinativo das sementes e seu desenvolvimento. Diante disso, a utilização de métodos e produtos alternativos pode ser uma forma eficiente para o seu controle. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de óleos essenciais no tratamento de sementes de angico-vermelho (Parapiptadenia rígida) e controle in vitro de Rhizoctonia sp., através de experimentos realizados nos laboratórios de Fitopatologia e de Análise de Sementes da UTFPR – Campus Dois Vizinhos. Foram desenvolvidos dois experimentos: No primeiro experimento avaliou-se o potencial de óleos essenciais no controle de Rhizoctonia sp. em condições in vitro. Inicialmente para desenvolver esse experimento, realizou-se o teste de sanidade de sementes, adotando-se a metodologia com oito caixas tipo gerbox com 25 sementes e papel Germitest como substrato, umidecidos com 7 mL de água destilada, permanecendo as sementes incubadas por sete dias em temperatura de 23+2 °C. Após o processo de incubação foi identificado como Rhizoctonia sp., o fungo com maior incidência nas sementes de angico-vermelho. Em seguida, o fungo foi isolado, obtendo-se a colônia pura. Os óleos foram testados na forma volátil, para isso, foram utilizadas quatro placas de petri representando as repetições para cada tratamento (guaçatonga, melaleuca, pitanga, chia e testemunha), sendo que em cada placa adicionou-se á uma fita de papel pressa a tampa das placas, 10 μL de cada óleo essencial, permanecendo o fungo exposto a presença desses óleos. Foram realizadas medições de diâmetro em formato de cruz, obtendo um valor médio de duas medidas (A e B) do crescimento da colônia fúngica.O óleo de melaleuca mostrou-se o mais eficaz na inibição do crescimento micelial desse fungo, enquanto os demais óleos não diferiram estatisticamente da testemunha. No segundo experimento avaliou-se o potencial dos óleos essências sobre os parâmetros fisiológicos de germinação das sementes. Para isso, as sementes foram tratadas com 100 μL de cada óleo essencial, fixando ás tampas de cada cadinho uma fita de papel filtro, onde foram adicionados os óleos, sendo que as sementes permaneceram expostas aos óleos por 24 horas. Após o tratamento das sementes, foi instalado o teste de germinação das sementes. Utilizou-se para o teste o substrato papel Germitest, umidecido com duas vezes e meia o seu peso seco (BRASIL, 2009), realizando oito repetições de 20 sementes, com temperatura de 25 °C. Os óleos essenciais de guaçatonga e melaleuca proporcionaram maior germinação das sementes, enquanto que o óleo de chia inibiu a germinação das sementes de P. rígida em relação a testemunha. O tamanho de plântulas de angico-vermelho encontrado variou em tamanho de parte aérea (hipocótilo) de 1,5 a 6,1 cm e de radícula de 1,2 a 8,5 cm de comprimento. O peso médio de massa fresca de plântula foi de 0,0528 g. Este trabalho apresentou relevante importância para a obtenção de informações referentes aos principais fungos que atacam essa espécie, fornecendo subsídios para o controle de fitopatógenos, bem como maiores conhecimentos sobre a utilização de produtos alternativos menos tóxicos ao meio ambiente e ao ser humano.