Eva Perón, Copi e a poética transterrada

• Autor(a) principal: Rodrigues, Marcelo
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29667
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO; Teatro (Literatura) – Técnica; Vanguarda (Estética); Teatro argentino; Drama – Technique; Avant-garde (Aesthetics); Argentine drama

Esta pesquisa contempla um estudo analítico sobre o autor argentino Copi e sua peculiar e singular forma de escrita de textos dramáticos. No referente ao corpus do trabalho, fez-se um recorte na produção dramática do autor e optou-se pela escolha da peça Eva Perón (2000) e pela adaptação cênica homônima Eva Perón (2017) de Marcial Di Fonzo Bo. Para compreender a funcionalidade do pensamento do autor, este trabalho de caráter exploratório, guia-se pelos estudos de DINIZ (2016, 2017, 2018), envolvendo e contemplando as poéticas transterradas. Ainda sobre o autor, Copi não era singular apenas pela maneira como criava sua dramaturgia, mas o era também na forma com que atuava e dirigia seus espetáculos. Suas personagens continham traços de sua personalidade, desejos e/ou trajetórias. Por conta disso, sua criação mais marcante, Eva Perón, sujeito histórico, aparece em sua obra como uma mulher fragmentada e, assim como o autor, pertencente ao entre­lugar cultural. Buscando entender essa reconstrução que o autor faz da personagem mítica, este estudo inicia a reflexão sobre a incessante busca do sujeito pelo poder, que é apresentada por FOUCAULT (1992) como movimento intrínseco em busca pela identidade. O trabalho também apresenta uma breve trajetória vital do autor, Copi, como forma de divulgar sua história, para servir de objeto para novos estudos literários, partindo de um autor de vanguarda, latino americano e não canônico. Na cena final, destaca­se a reflexão sobre o corpo transterrado (DINIZ, 2016, 2017, 2018) como instrumento de decolonização cultural e performance, tendo, como base, os anteriormente mencionados: o espetáculo Eva Perón (2017) de Marcial Di Fonzo Bo e o texto dramático de Copi.