Decomposição da matéria seca de plantas de cobertura de ciclo de verão cultivadas na safrinha

• Autor(a) principal: Veit, Fabrício Elias
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/24629
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA; Palha - Utilização na agricultura; Nitrogênio; Canola; Straw - Utilization; Nitrogen

Plantas de cobertura do solo podem ser excelentes alternativas para melhoria da qualidade do solo. Nesse contexto, espécies da família das leguminosas possuem a característica de fixarem N atmosférico e, com isso, contribuir para a redução do uso desse nutriente na cultura subseqüente. Espécies de ciclo de verão (estivais) possuem maior capacidade de desenvolvimento e fixação de N atmosférico que espécies hibernais, mas concorrem com as culturas comerciais de verão. Nesse sentido, o cultivo delas no período de safrinha pode ser uma excelente estratégia na melhoria do sistema. Objetivou-se avaliar o potencial de produção de massa seca e fornecimento de Nitrogênio para a cultura subseqüente de 7 sistemas de plantas leguminosas estivais Crotalária juncea (Crotalaria juncea L.), Crotalária spectabilis (Crotalaria spectabilis), Feijão de porco (Canavalia ensiformes), Guandu anão (Cajanus cajans L.), Lab lab (Dolichos lablab), Mucuna anã (Mucuna deeringiana), Mucuna preta (Mucuna aterrima) e um sistema mantido sem as plantas de cobertura (Pousio), semeadas em fevereiro e manejadas em maio para semeadura da cultura da canola. O experimento foi conduzido na área experimental da UTFPR, Campus Dois Vizinhos-PR, num Latossolo. Para a determinação do potencial de fornecimento de N foram dispostos a campo 5 sacos de decomposição por parcela, os quais foram retirados aos 15, 30, 45, 60 e 90 dias. Os resultados obtidos demonstraram produção de matéria seca variando de 725 a 3345 kg ha-1 para a Crotalária espectabilis e juncea, respectivamente. Quanto ao acúmulo de N no tecido vegetal os valores variaram de 29 a 112 kg ha-1 para a Crotalária espectabilis e Feijão de porco, respectivamente, sendo muito superiores ao obtido na área sob pousio, que possuía 8,7 kg ha-1 de N acumulado. O Feijão de porco foi à cultura que disponibilizou a maior quantidade de N a cultura da canola ao longo do ciclo (71 kg ha-1), mas também foi a que manteve a maior quantidade não liberada (41 kg ha-1) similar ao ocorrido com a Crotalária juncea. Essas duas culturas representam excelentes estratégias para uso no período de safrinha na região, como fonte de N para a cultura de inverno subseqüente.