Extração, caracterização e aplicação do colágeno proveniente dos resíduos industrial de frango de corte

• Autor(a) principal: Lopes, Roslen Mara
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/6124
• topic: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA; Colágeno; Frango de corte; Resíduos industriais; Collagen; Broilers (Chickens); Factory and trade waste

Para que um projeto de abatedouro seja aprovado é necessário planejar a destinação dos resíduos gerados nas etapas de abate, bem como obter licenciamento nos órgãos ambientais, que são bem rigorosos com a liberação devido a grandes problemas que os resíduos causam quando descartados de maneira indevida. Durante as etapas de abate de aves de corte os volumes de resíduos sólidos aumentam a carga poluidora tendo em vista que os abatedouros incineram ou destinam esses rejeitos a outras empresas para que se produzam subprodutos de baixo valor. Uma vez que a busca de novos meios de minimizar os impactos ambientais de maneira sustentável é um desafio para os dias atuais, esta proposta visa desenvolver um subproduto de qualidade a partir da extração do colágeno presente nas peles de frango provenientes das etapas de evisceração. As indústrias em geral descartam anualmente toneladas de produtos na forma de rejeitos a exemplo da pele de frango a qual é um subproduto pouco utilizado, constituindo um enorme custo para a eliminação de resíduos e perigo para o meio ambiente, que, entretanto apresenta potencial como fonte alternativa para produção de colágeno e gelatina de alta qualidade. O uso eficiente desses subprodutos pode produzir produtos de maior valor agregado, evitar problemas ambientais e até criar novas oportunidades de trabalho/negócios. Para que isto seja possível esta pesquisa buscou definir a extração do colágeno de forma sustentável e em condições controladas permitindo apenas a hidrolise parcial. Desta forma pode-se evitar que alterações na configuração original da tripla hélice do colágeno, um fator importante visto que está diretamente relacionado com o percentual de rompimento das ligações covalentes e de hidrogênio, as quais quando rompidas modificam a estrutura, fazendo com que haja perda de proteínas, podendo também se transformar em gelatina. Através da metodologia proposta foi possível a partir do colágeno extraído produzir micropartículas incorporadas com vitaminas A e D, obtendo-se assim um produto funcionalizado com elevado potencial nutricional. Foi verificado ainda através de análise sensorial que a incorporação destas micropartículas em um produto alimentício, o iogurte, não interfere na qualidade do produto final e mais, não houve diferença significativa de aceitação quando comparado ao iogurte convencional. Neste caso foi possível desenvolver um produto final como opção saudável aos consumidores sendo uma alternativa para aumentar o valor agregado para o colágeno derivado de pele de frango.