Uso de resistência genética e fungicidas no controle da ferrugem asiática da soja

• Autor(a) principal: Veselovitz, Gean Augusto
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26127
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA; Soja - Qualidade; Ferrugem asiática; Pragas - Controle; Fungicidas; Soybean - Quality; Phakopsora pachyrhizi; Pests - Control; Fungicides

A soja é o principal produto agrícola do país. Contudo o potencial produtivo é constantemente ameaçado por complexos de doenças da cultura. Com maior destaque a ferrugem asiática da soja (FAS), causado pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. A principal forma de controle da doença é uso de fungicidas. A dependência desse método resultou em um aumento de custo de produção, devido ao aumento do número de aplicações decorrente da baixa eficiência dos fungicidas ao longo do tempo. Frente a isso, empresas do âmbito de melhoramento genético de soja, vem buscando desenvolver cultivares com níveis eficientes de tolerância/resistência. Diante disso, este trabalho foi conduzido com objetivo de realizar o controle da FAS por meio do uso de cultivares tolerantes, integrado ao controle químico da doença. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso com três repetições, em esquema bifatorial (cultivares X tratamentos). Foram utilizadas uma cultivar suscetível (BMX Delta 59I60 RSF IPRO) uma cultivar registrada como tolerante a FAS (TMG7063 IPRO INOX®) e duas linhagens tolerantes, pertencentes ao banco de germoplasma da empresa GDM Seeds. Foram utilizados seis tratamentos. Tratamento 1 (controle) não foi realizado aplicações de fungicidas na parte aérea; tratamento 2 (propiconazol+difeconazol) foi priorizado o controle de doenças de final de ciclo (DFC); tratamentos 3 e 5 [(Protioconazol+trifloxistrobina) e (Benzovindiflupyr+Picoxistrobina)] com quatro e três aplicações, respectivamente em cada tratamento; tratamentos 4 e 6 [(ciproconazol+trifloxistrobina) e (ciproconazol+Picoxistrobina)] com quatro e três aplicações, respectivamente em cada tratamento. Os genótipos TMG 7063, GDM1 e GDM2 retardam o progresso da FAS. No tratamento controle observou-se maior incidência em todos os genótipos. Não ocorreu evolução da doença nas linhagens GDM. Já nas cultivares BMX Delta e TMG 7063, verificou maior evolução nos tratamentos controle e manejo de DFCs. Observou-se maior nível de desfolha no genótipo suscetível. Os genótipos BMX Delta, TMG 7063 e GDM1 apresentaram incremento significativo de produtividade nos tratamentos com fungicidas em relação a testemunha. A produtividade da linhagem GDM2 não foi alterada com os tratamentos empregados, evidenciando a tolerância dessa linhagem de soja à FAS.