Composição de mamíferos do Parque Estadual Lago Azul, Paraná

• Autor(a) principal: Gonzaga, Eunice Fernandes
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29518
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS; Áreas de conservação de recursos naturais; Paisagens fragmentadas; Mamíferos; Natural resources conservation areas; Fragmented landscapes; Mammals

A riqueza de mamíferos no Brasil é uma das maiores do planeta, no entanto a fragmentação florestal representa uma grande ameaça aos mamíferos terrestres. A partir das preocupações com o desenvolvimento florestal, utilização dos recursos naturais e riqueza da fauna e flora brasileiras, são estabelecidas unidades como parques, que visam de promover ações de conservação e proteção da biodiversidade no país. A conservação do ecossistema requer compreensão dos organismos que ocorrem em determinado local, logo o inventario da fauna pode indicar os níveis de requisitos ambientais e possibilitar a elaboração e implementação de qualquer projeto efetivo de preservação. Nesses termos, este trabalho tem como objetivo conhecer a composição de mamíferos na porção do Parque Estadual Lago Azul que abrange o município de Campo Mourão – PR. A amostragem dos mamíferos foi conduzida com uso de armadilhas fotográficas dispostas em quatro zonas do Parque a Zona Primitiva (ZP); Zona de Recuperação 1 (ZR1); Zona de Recuperação 2 (ZR2); e a área do Complexo Gerador de Energia (CGH). As câmeras ficaram dispostas durante seis meses: outubro, novembro e dezembro de 2021, janeiro, fevereiro e abril de 2022, totalizando aproximadamente 16000 horas de monitoramento. Após a tomada de dados, foi calculada a frequência absoluta e a constância de ocorrência de cada espécie. Em todo o PELA foram registradas 14 espécies de mamíferos classificadas em 12 famílias e 6 ordens diferentes, dentre elas, quatro espécies exóticas invasoras: Sus scrofa (Linnaeus, 1758), Canis lupus familiaris (Linnaeus, 1758), Felis catus (Linnaeus, 1758) e Lepus europaeus (Pallas, 1778); e três espécies classificadas como raras para este estudo: Eira barbara (Linnaeus, 1758), Galictis cuja (Molina, 1782) e Mazama gouazoubira (Fischer, 1814); além da espécie Sylvilagus brasiliensis (Linnaeus, 1758), classificada pela IUNC como vulnerável. Conclui-se, então, uma urgência de manejo para as espécies exóticas invasoras, e a possibilidade das zonas de recuperação do PELA, classificadas anteriormente como zonas provisórias, estarem próximas da classificação de zonas permanentes.