Comparativo da geração distribuída de unidades consumidoras de microgeração e minigeração eólica e fotovoltaica no Brasil

• Autor(a) principal: Siewerdt, Flávia Kristyna de Oliveira Vieira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/26900
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS; Licenças ambientais; Energia - Fontes alternativas; Geração distribuída de energia elétrica; Environmental permits; Renewable energy sources; Distributed generation of electric power

Com o constante crescimento populacional e aumento de demanda de energia elétrica no Brasil, se faz necessário a utilização de variadas fontes de energia, e mesmo que o país apresente disponibilidade de recursos hídricos, as águas são essenciais para manutenção da vida e também indispensável a outros setores. Atrelado a isso, está a necessidade de incentivos voltados a questões ambientais, fomentando o uso de outras fontes renováveis de energia que não utilizem água, com o propósito de amenizar os impactos ao meio ambiente, ao mesmo tempo que supre o constante crescimento de demanda de energia elétrica. E para contribuir com tal demanda, é importante destacar a necessidade de verificar a questão da microgeração e minigeração distribuída, assegurada pela Resolução Normativa nº 687/2015 da ANEEL que permite que geradores com potência até 5 MW possam usufruir dos recursos eólicos e solares inesgotáveis e abundantes no Brasil, para produção e utilização de energia elétrica na forma de compensação. Sendo assim, este trabalho de conclusão de curso buscou avaliar o total de unidades consumidoras com microgeração e minigeração distribuída eólica e fotovoltaica no período de 2016 a 2021. Para atingir o objetivo geral do trabalho utilizou-se o Sistema de Informação de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica, o Portal Nacional de Licenciamento Ambiental, órgãos estaduais do meio ambiente, o site do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis, e fórmula de Custo Nivelado de Energia. Nos resultados observou-se que a região líder de geração de energia distribuída por fonte eólica é o Nordeste e por fonte fotovoltaica é o Sudeste, observou-se também a predominância de geração de energia distribuída com potência menor que 1.000 kW com enfoque na geração fotovoltaica. Verificou-se que o custo nivelado de energia realizado a partir dos orçamentos para um sistema fotovoltaico por região é viável principalmente quando o preço do kW.h-1 é mais barato que o da companhia de distribuição de energia do local que se pretende implantar um sistema e que exigências de estudos comuns na maioria dos estados, para geração de energia eólica e fotovoltaica, em fases de licenciamento ou de conteúdo podem variar de acordo com legislações vigentes e procedimentos próprios. E conclui-se que ficou evidente o crescimento da energia fotovoltaica em relação a eólica no Brasil durante os cinco anos verificados, e que há uma predisposição para produção de energia eólica em grandes usinas pois as melhores condições de ventos estão em alturas acima de 50 metros, sendo mais promissoras para produção de energia elétrica, em contrapartida a produção de energia fotovoltaica é apta para microgeração e minigeração, devido as condições solares que atingem o país de norte a sul, fazendo disparar em termos de quantidade de geração distribuída, contribuindo para investimentos atrativos para esta fonte de energia em modalidade de compensação, principalmente porque a mesma não apresenta embargos e problemas ambientais, e em alguns casos dispensa licenciamento para sua operação.