Avaliação do desempenho térmico de paredes verdes na atenuação da temperatura em ambientes internos, no outono

• Autor(a) principal: Assis, Lutiano Prato de
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/25660
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA; Controle de temperatura; Conforto humano; Jardinagem vertical; Paredes; Sustentabilidade; Temperature control; Human comfort; Vertical gardening; Walls; Sustainability

O uso de paredes verdes vem se apresentando como uma tecnologia sustentável, tornando-se uma opção viável para o controle de temperatura interna de edificações. O objetivo desse trabalho consistiu em avaliar, durante o outono, a contribuição dos diferentes componentes de um sistema de parede verde (substrato, irrigação e vegetação), na atenuação térmica de um modelo construído (escala 1:12), utilizando 3 espécies de plantas herbáceas: Aspargo-pendente, Singônio e Clorofito. Foi utilizado o sistema de parede verde modular da empresa WallGreen. Na primeira etapa do experimento foi utilizado o módulo de parede verde contendo apenas o substrato, sem irrigação e sem vegetação. Na segunda etapa, o sistema recebeu irrigação por gotejamento, com vazão média de 37ml/min, por 30 minutos, 3 vezes ao dia. Na terceira etapa, as plantas foram implementadas sendo 9 de cada espécie. Os valores de temperatura foram registrados a cada 5 minutos, com uso do Arduino-Mega, a partir de 9 sensores (modelo DS18B2), que monitoraram: temperatura externa (TEXT); temperatura interna do bloco com parede verde (TINT BPV) e do bloco sem parede verde (TINT BSPV); temperatura do substrato e junto à folhagem em 3 pontos (A, B e C) dispostos na parede da face norte do BPV. Na primeira etapa, com ausência de irrigação, a média de temperatura máxima do substrato foi de 46,5ºC, muito acima da TEXT (média máxima de 31,1ºC), porém não interferiu na média de temperatura máxima interna do BPV. Já, com a irrigação, a média de temperatura máxima do substrato foi de 31,3ºC, semelhante à temperatura externa (30,8 ºC), isso fez com que a média da TINT máxima do BPV ficasse 1,1 ºC mais amena que a do BSPV. Durante o outono, o comportamento da TINT BPV (modelo completo, com as plantas) se mostrou muito semelhante à TINT BSPV. Os principais resultados observados pela presença da parede verde foram: i) atenuação da temperatura interna em até 2°C, no horário de pico de temperatura máxima, quando comparada com o BSPV e de até 7ºC com relação à TEXT, entre 9h e 14h; ii) amortecimento médio para TMAX de 3,6°C no BPV, e de 2,2°C no BSPV; iii) atraso térmico médio de cerca de 1h, tanto em situações de máximas quanto de mínimas temperaturas, quando comparado com a temperatura externa; iv) amplitude térmica média de 7,8 ºC, em comparação ao modelo sem parede verde, que foi de 9°C e à da temperatura externa, próximo de 15°C. Não se observou diferenças na temperatura junto à folhagem das três espécies utilizadas. Concluiu-se que, mesmo no outono, a parede verde se mostrou eficiente em promover uma atenuação térmica que garanta o conforto no interior da edificação, contribuindo para uma possível economia de energia, ao reduzir o uso de aparelhos de ar-condicionado.