Análise da frente de carbonatação natural em concretos à base de cimentos Portland CP IV-32 RS e CP V-ARI RS

• Autor(a) principal: Pereira, Henrique Leonardo Batista
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/14544
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA CIVIL; Concreto; Materiais de construção - Vida útil; Concreto - Deterioração; Cimento Portland; Concrete; Building materials - Service life; Concrete - Deterioration; Portland cement

A carbonatação é considerada uma das principais patologias no concreto que pode ocasionar problemas como o consumo do CSH e principalmente a corrosão das armaduras. Trata-se de um fenômeno que ocorre naturalmente nas estruturas de concreto a partir de um processo físico-químico entre o gás carbônico (CO2) da atmosfera e os compostos da pasta de cimento, acarretando na redução da alcalinidade da camada superficial e formação de carbonato de cálcio (CaCO3) no interior dos poros. A carbonatação ocorre de fora para dentro, esta camada que vai sendo formada com pH reduzido, denomina-se frente de carbonatação, que ao atingir a profundidade das armaduras provoca desestabilização da película passivadora em torno do aço, ocasionando o início da corrosão. São escassos na literatura as pesquisas relacionadas ao comportamento desse fenômeno natural e que considerem também as variáveis reais a que as estruturas estão submetidas. Dentro deste contexto, o presente trabalho apresenta uma análise dos fatores que influenciam diretamente na frente de carbonatação em ambientes natural, como tipo de cimento, relação água/cimento, porosidade e retração no concreto. Os tipos de cimento utilizados foram o cimento Portland CPIV-32 RS e CPV-ARI RS, e as relações água/cimento foram de 0,5 e 0,65. Foram moldados corpos de prova de concretos para realização dos ensaios de resistência à compressão axial, absorção de água, carbonatação, retração hidráulica e pastas de cimento para análise morfológica e microestrutural. As análises foram realizadas aos 28 dias, 3, 6 e 9 meses com concretos e pastas condicionadas em ambiente natural parcialmente abrigado da chuva no estacionamento da UTFPR Campus Pato Branco. Ao final das análises, os resultados apontaram que a relação água/cimento foi a principal variável que influencia no processo de carbonatação, já que é o responsável pelo aumento da rede de poros na matriz cimentícia, visto que os resultados não foram tão significativos quando se alterou o tipo de cimento. Concretos com maiores relações água/cimento apresentaram maiores variações de massa e retração e concretos à base de cimentos com maiores teores de adições incorporadas (CPIV-0,5) apresentaram menores valores de variação de massa e retração. Ao se comparar os resultados de profundidade carbonatada natural com as do ensaio acelerado, encontrou-se que levaria 364 dias para o ensaio natural atingir a profundidade encontrada em 30 dias do ensaio acelerado, que foi de 6,01 mm.