Desempenho de ligações duplas parafusadas de Pinus sp. submetidas a efeito de temperatura

• Autor(a) principal: Geraldi, Andreza
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/15672
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA CIVIL::ESTRUTURAS::ESTRUTURAS DE MADEIRAS; Estruturas de madeira (Construção civil); Ligações parafusadas; Madeira - Pesquisa; Wooden-frame buildings; Bolted joints; Wood - Research

Este trabalho avalia, experimentalmente, o desempenho residual de ligações duplas de Pinus sp. após submetidas a temperaturas entre 200 ºC e 300 ºC com posterior resfriamento. A caracterização do material foi realizada com ensaios de teor de umidade e de resistência à compressão paralela às fibras, seguindo as condições da NBR 7190:1997. Para determinação da resistência de ligações, foram montados corpos-de-prova com dois parafusos e ligação em cisalhamento duplo. Foram definidos seis tratamentos para as ligações: madeira natural, madeira seca em estufa, e madeira exposta à alta temperatura durante quatro tempos de exposição: meia hora, uma hora, uma hora e meia ou três horas. As ligações foram submetidas à ensaio de compressão, sendo avaliada a carga para um deslocamento de 10 mm e para ruptura. A madeira de Pinus sp. apresentou resistência à compressão paralela às fibras no estado natural igual a 79,03 kN e no estado seco igual a 131,14 kN. A resistência média das ligações em estado natural foi de 37,84 kN e em estado seco igual a 47,05 kN. Quando submetidas a alta temperatura, as ligações apresentaram resistência média igual a 48,95 kN, 49,26 kN, 33,93 kN e 26,34 kN, para tempo de exposição de meia hora, uma hora, uma hora e meia e três horas, respectivamente. O pico de resistência foi obtido após uma hora de aquecimento, quando a resistência residual superou a resistência em umidade de compra em 30,18%. As resistências obtidas experimentalmente foram comparadas com as estimativas das normas de dimensionamento de estruturas de madeira brasileira (NBR 7190:1997) e europeia (Eurocode 5:2004, parte 1-1), que apresentaram valores conservadores, sendo suas estimativas inferiores a até mesmo a menor resistência obtida experimentalmente, para aquecimento de três horas. Os resultados demonstraram que, apesar da exposição à altas temperaturas exercerem influência no desempenho das ligações, as normas apresentam grande margem de segurança, mesmo em situações de incêndio.