Avaliação dos efeitos da aplicação de fertilizante organomineral bioativado na cultura da soja

• Autor(a) principal: Santos, Tatiane Barbosa dos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/30070
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS; Produtividade agrícola; Adubos e fertilizantes; Resíduos orgânicos como fertilizantes; Agricultural productivity; Fertilizers; Organic wastes as fertilizer; Biotecnologia

A cultura da soja tem grande representatividade no cenário agrícola mundial, sendo que o foco das pesquisas é o desenvolvimento de novas tecnologias que permitam tornar a produção mais eficiente e sustentável. A fertilização tem papel fundamental no desenvolvimento vegetal, pois fornece os nutrientes em quantidades adequadas para que a planta cresça e atinja o estágio reprodutivo para formação de grãos com a qualidade e quantidade esperadas. Nesse contexto, obter o máximo desempenho de uma cultivar através da utilização recursos renováveis na fertilização, por meio do aproveitamento de resíduos, e consequente redução da importação de matéria prima para produção de fertilizantes químicos, tem sido considerado uma alternativa viável e sustentável a longo prazo. Dentre as opções, os fertilizantes organominerais oriundos da associação entre fertilizantes minerais e compostos orgânicos, podem ser utilizados de maneira mais eficiente pela planta, minimizando os efeitos do déficit hídrico devido a matéria orgânica e microorganismos presentes no mesmo. Podem ainda ser otimizados pela adição de microrganismos conhecidos pelas suas funções de promotores do crescimento vegetal, dando origem a um produto bioativado. Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos do fertilizante organomineral bioativado no desenvolvimento vegetal e produtividade da cultura da soja em comparação com o fertilizante mineral tradicional. Foram avaliados: a altura de plantas (cm), o diâmetro do caule (mm), o número de galhos, o número de vagens, o peso de 1000 grãos (g) e produtividade (kg ha-1) por área. Também foram realizadas análises químicas do solo, buscando avaliar o efeito das adubações no final do ciclo de cultivo da cultura. Ainda, imagens de NDVI foram obtidas para comparativo da cultura da soja nos diferentes estádios fenológicos de desenvolvimento. Foram verificadas diferenças significativas entre os tratamentos nas avaliações de altura de planta (cm), diâmetro de caule (mm), massa de 1000 grãos (g) e produtividade (kg ha-1), sendo que o tratamento com fertilizante organomineral gerou incrementos de 8,38%, 9,40%, 7,74% e 10,80% para cada um dos atributos, respectivamente. Houve elevação do pH do solo, que auxiliado pela ação dos microrganismos aumentou os teores de fósforo, estimulando o desenvolvimento vegetal. O déficit hídrico provocou queda de 85,95% da produtividade da cultura, comprovados com a utilização das imagens de NDVI, onde é possível observar aos 55 DAS o fechamento dos estômatos e aos 85 DAS o início da senescência antecipada. Desta forma, apesar de todo o déficit hídrico sofrido pela cultura, o fertilizante organomineral conseguiu atingir melhor desempenho, produzindo a média de 0,54 sacos a mais que o fertilizante mineral no primeiro ciclo de aplicação.