Avaliação da viabilidade da implementação industrial do ozônio para o branqueamento de papel e celulose

• Autor(a) principal: Pivatto, Eduardo Filipe Zimmermann
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/11568
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA QUIMICA; Papel - Confecção - Química; Ozônio; Compostos organocloro; Papermaking - Chemistry; Ozone; Organochlorine compounds

O ozônio é um composto químico conhecido por seu alto poder oxidante. Ele é uma alternativa ambientalmente amigável para a substituição de compostos clorados utilizados no branqueamento de papel e celulose, os quais geram subprodutos altamente tóxicos e recalcitrantes, podendo ser até cancerígenos. Este estudo tem o intuito de verificar a viabilidade da sua implementação como agente branqueador, avaliando aspectos técnicos, socioambientais e econômicos. Foram elaborados questionários online para serem enviados a indústrias de papel e celulose, para coleta desses dados. Respostas de três empresas foram obtidas, sendo que uma delas utiliza o ozônio na sua sequência de branqueamento e todas possuem característica de grande porte e destaque no mercado produtivo de papel e celulose, em nível nacional e undial. Desse modo, os parâmetros coletados foram analisados comparativamente e, assim, discutidos fundamentados pela literatura. O uso do ozônio, apesar de resultar numa qualidade mecânica inferior, obtém melhores resultados de qualidade óptica da polpa. Além disso, como seu contato com a polpa celulósica deve ser mínimo, o tempo total de processamento é reduzido, o que permite à indústria uma maior capacidade produtiva. Em relação aos aspectos ambientais, a utilização do ozônio reduz drasticamente o volume de efluentes gerados, além de apresentarem a mínima toxicidade possível e, consequentemente, um menor dano à sociedade, ainda mais se nenhum composto clorado for utilizado na sequência de branqueamento. Já para o caso dos âmbitos econômicos, o uso do ozônio demanda menor consumo de energia elétrica, ponderado pela capacidade produtiva, contrariando o senso comum de que consome mais energia devido ao seu sistema de geração, o qual está constantemente se adaptando e melhorando. Além disso, reduziu muito o consumo de água e apresenta boa economia de reagentes químicos, com destaque à redução da dose aplicada de dióxido de cloro (se presente na sequência de branqueamento) e do consumo de oxigênio, único subproduto da sua geração, o qual pode ser reaproveitado, devido a sua grande utilização na indústria de papel e celulose. Dessa maneira, conclui-se que a utilização do ozônio como agente branqueador é viável e de grande interesse para a sociedade, sendo, de qualquer forma, necessária uma avaliação prévia pela indústria para realizar sua implementação.