Fatores associados ao aconselhamento para a atividade física realizado por profissionais da atenção primária à saúde

• Autor(a) principal: Oliveira, Bruno Giglio de
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/23660
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICA; Exercícios físicos; Aptidão física; Conselhos de saúde; Agentes comunitários de saúde - São José dos Pinhais (PR); Educação física - Programas de atividades; Exercise; Physical fitness; Health boards; Community health aides - São José dos Pinhais (PR); Physical education and training - Activity programs; Educação Física

O objetivo deste estudo foi analisar de que maneira as características sociodemográficas, as condições de saúde, o conhecimento sobre atividade física e as características laborais associam-se com o aconselhamento para a atividade física realizado por profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde de São José dos Pinhais, Paraná. Estudo quantitativo, observacional, transversal, realizado em 2019- 2020, em que participaram 148 profissionais (30% médicos, 30% enfermeiros, 40% agentes comunitários em saúde) que atuam nas 15 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da área urbana da cidade. O aconselhamento para a atividade física foi operacionalizado com a resposta dicotômica para a questão: ‘’Durante as suas consultas e/ou visitas domiciliares, você realiza regularmente aconselhamento para a prática de atividades físicas para os seus pacientes e ou para os usuários da UBS?’’ (“não”, “sim”). Foram analisadas variáveis sociodemográficas (sexo, faixa etária, estado civil, escolaridade, nível socioeconómico), condições de saúde (índice de massa corporal e atividade física no lazer), de conhecimento sobre as recomendações de atividade física e laborais (possuir especialização em saúde pública ou da família, tempo de atuação na UBS, número de pacientes atendidos, duração das consultas). Os dados foram analisados com a regressão de Poisson multivariável no SPSS 26.0 e o nível de significância foi mantido em 5%. A prevalência de aconselhamento foi de 60,8%, sem diferença significante entre as categorias profissionais (72,7% médicos, 48,9% enfermeiros, 61,0% agente comunitários em saúde, p=0,299). As variáveis sociodemográficas estado civil ‘’divorciado/viúvo’’ (RP: 1,63; IC95%: 1,00-2,66) e nível socioeconômico (RP: 0,64; IC95%: 0,45-0,92) apresentaram associação com o aconselhamento. Em relação as condições de saúde, atividade física no lazer (‘’≥ 10 min/sem’’ RP: 1,61; IC95%: 1,27-2,02) apresentou associação positiva com o aconselhamento. E, entre as variáveis de conhecimento sobre atividade física, o relato de conhecer as recomendações de atividade física moderada ou vigorosa apresentou associação positiva com o aconselhamento (RP: 1,78; IC95%: 1,06-3,00). Conclui-se que o aconselhamento para a atividade física é elevado e está associado com variáveis sociodemográficas, condições de saúde e de conhecimento sobre atividade física. Estes resultados podem contribuir para o direcionamento de ações para o empoderamento de profissionais da saúde para realizarem um aconselhamento de boa qualidade para a população.