Tratamento de lixiviado de aterro sanitário por processo de ozonização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Récio, Larissa Vareschi
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/7053
Resumo: Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência do tratamento do lixiviado produzido em aterro sanitário, por meio do processo oxidativo avançado (POA) de ozonização. O lixiviado é um efluente complexo, de difícil degradação e altamente tóxico, por isso sua captação e tratamento são indispensáveis para o meio ambiente e a saúde humana. Buscando aperfeiçoar o tratamento deste efluente e atender o previsto em Lei, estuda-se a aplicação de processos oxidativos avançados (POA’s). Estes processos baseiam-se na geração de radicais livres reativos, como o radical hidroxila (•OH), que degradam os contaminantes e podem realizar a total mineralização dos mesmos. Dentre os processos, o ozônio é usado quando o objetivo é a remoção de compostos refratários e o aumento da biodegradabilidade do efluente. A fim de analisar este método, realizou-se o tratamento de 400,0 ml do lixiviado de aterro sanitário por um sistema de ozonização baseado no efeito corona por 120min. A vazão de O3 foi fixada em 8,79 g.min-1 , de acordo com a vazão de alimentação do compressor de 9,0 L.min-1 , sendo a variável do estudo o pH do efluente tratado, que foram de 6,0, 8,5, 11,0, 12,0 e 12,85. Foram mensurados os parâmetros: pH, temperatura, condutividade, turbidez, cor aparente, cor verdadeira, demanda química de oxigênio filtrada (DQO-F), demanda bioquímica de oxigênio (DBO5 20), relação DBO/DQO (biodegradabilidade), sólidos e nitrogênio amoniacal (N-NH4). Testes de toxicidade foram realizados com sementes de Lactuca sativa a fim de verificar a redução ou aumento de componentes tóxicos após o tratamento. A caracterização do lixiviado bruto permitiu afirmar que o efluente está em fase de transição de metanogênica inicial para estabilizada. A temperatura média durante todo o estudo foi de 25°C e os sólidos aumentaram em todos os tratamentos. Na maioria dos ensaios a remoção de cor aparente e cor verdadeira foi superior à 90%. O tratamento em pH 11,0 obteve menores valores de DQO-F, igual a 566,90 mg.O2.L-1 (remoção de 67%), e de N-NH4 igual a 164,01 mg.L-1 (remoção de 87%). O menor valor obtido para DBO5 20 foi de 384,38 mg.O2.L-1 para o tratamento em pH 12,85. A germinação e crescimento das raízes que ocorreu nos testes de toxicidade com efluente tratado em pH 6,0, pH 8,5 e pH 11,0 diluídos em 50% de água destilada não permitiram confirmar a redução da toxicidade do lixiviado tratado. Assim, apenas o tratamento por ozonização não permitiu alcançar os limites permissíveis da legislação ambiental brasileira para descarte do lixiviado no meio ambiente, portanto sugere-se que o processo seja utilizado como tratamento complementar com pós-tratamento físico-químico ou biológico.
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spelling 2020-11-10T13:23:50Z2020-11-10T13:23:50Z2019-04-01RÉCIO, Larissa Vareschi. Tratamento de lixiviado de aterro sanitário por processo de ozonização - Paraná. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Ambiental) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campo Mourão, 2019.http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/7053Este trabalho teve como objetivo avaliar a eficiência do tratamento do lixiviado produzido em aterro sanitário, por meio do processo oxidativo avançado (POA) de ozonização. O lixiviado é um efluente complexo, de difícil degradação e altamente tóxico, por isso sua captação e tratamento são indispensáveis para o meio ambiente e a saúde humana. Buscando aperfeiçoar o tratamento deste efluente e atender o previsto em Lei, estuda-se a aplicação de processos oxidativos avançados (POA’s). Estes processos baseiam-se na geração de radicais livres reativos, como o radical hidroxila (•OH), que degradam os contaminantes e podem realizar a total mineralização dos mesmos. Dentre os processos, o ozônio é usado quando o objetivo é a remoção de compostos refratários e o aumento da biodegradabilidade do efluente. A fim de analisar este método, realizou-se o tratamento de 400,0 ml do lixiviado de aterro sanitário por um sistema de ozonização baseado no efeito corona por 120min. A vazão de O3 foi fixada em 8,79 g.min-1 , de acordo com a vazão de alimentação do compressor de 9,0 L.min-1 , sendo a variável do estudo o pH do efluente tratado, que foram de 6,0, 8,5, 11,0, 12,0 e 12,85. Foram mensurados os parâmetros: pH, temperatura, condutividade, turbidez, cor aparente, cor verdadeira, demanda química de oxigênio filtrada (DQO-F), demanda bioquímica de oxigênio (DBO5 20), relação DBO/DQO (biodegradabilidade), sólidos e nitrogênio amoniacal (N-NH4). Testes de toxicidade foram realizados com sementes de Lactuca sativa a fim de verificar a redução ou aumento de componentes tóxicos após o tratamento. A caracterização do lixiviado bruto permitiu afirmar que o efluente está em fase de transição de metanogênica inicial para estabilizada. A temperatura média durante todo o estudo foi de 25°C e os sólidos aumentaram em todos os tratamentos. Na maioria dos ensaios a remoção de cor aparente e cor verdadeira foi superior à 90%. O tratamento em pH 11,0 obteve menores valores de DQO-F, igual a 566,90 mg.O2.L-1 (remoção de 67%), e de N-NH4 igual a 164,01 mg.L-1 (remoção de 87%). O menor valor obtido para DBO5 20 foi de 384,38 mg.O2.L-1 para o tratamento em pH 12,85. A germinação e crescimento das raízes que ocorreu nos testes de toxicidade com efluente tratado em pH 6,0, pH 8,5 e pH 11,0 diluídos em 50% de água destilada não permitiram confirmar a redução da toxicidade do lixiviado tratado. Assim, apenas o tratamento por ozonização não permitiu alcançar os limites permissíveis da legislação ambiental brasileira para descarte do lixiviado no meio ambiente, portanto sugere-se que o processo seja utilizado como tratamento complementar com pós-tratamento físico-químico ou biológico.The objective of this work was to evaluate the efficiency of the treatment of leachate produced in landfill, through the advanced oxidative process (POA) of ozonization. The leachate is a complex effluent, difficult to degrade and highly toxic, so its capture and treatment are indispensable for the environment and human health. In order to improve the treatment of this effluent and to comply with the Law, we study the application of advanced oxidative processes (POAs). These processes are based on the generation of reactive free radicals, such as the hydroxyl radical (• OH), which degrade the contaminants and can carry out the total mineralization of the same. Among the processes, ozone is used when the objective is to remove refractory compounds and increase the biodegradability of the effluent. In order to analyze this method, the treatment of 400.0 ml of landfill leachate was carried out by a coronabased ozonation system for 120 minutes. The O3 flow rate was set at 8.79 g.min-1 , according to the compressor feedrate of 9.0 L.min-1 , the study variable being the pH of the treated effluent, which were 6,0, 8.5, 11.0, 12.0 and 12.85. The parameters were: pH, temperature, conductivity, turbidity, apparent color, true color, filtered chemical oxygen demand (COD-F), biochemical oxygen demand (BOD5 20), BOD/COD ratio (biodegradability), solids and ammoniacal nitrogen (N-NH4). Toxicity tests were performed with Lactuca sativa seeds to verify the reduction or increase of toxic components after treatment. The characterization of the crude leachate allowed to state that the effluent is in the transition phase from initial methanogen to stabilized. The mean temperature throughout the study was 25°C and solids increased in all treatments.In most assays the removal of apparent color and true color was greater than 90%. The treatment at pH 11.0 obtained lower values of CODF, equal to 566.90 mg.O2.L-1 (removal of 67%), and of N-NH4 equal to 164.01 mg.L-1 (removal of 87%). The lowest value obtained for BOD5 20 was 384.38 mg.O2.L-1 for treatment at pH 12.85. The germination and root growth that occurred in toxicity tests with effluent treated at pH 6.0, pH 8.5 and pH 11.0 diluted in 50% of distilled water did not confirm the reduction of the toxicity of the treated leachate. Thus, only the treatment by ozonation did not allow to reach the permissible limits of Brazilian environmental legislation to discard the leachate in the environment, so it is suggested that the process be used as a complementary treatment with physicalchemical or biological post-treatment.porUniversidade Tecnológica Federal do ParanáCampo MouraoEngenharia AmbientalUTFPRBrasilDepartamento Acadêmico de AmbientalCNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA::TRATAMENTO DE AGUAS DE ABASTECIMENTO E RESIDUARIASAterro sanitário - LixiviaçãoOzônioBiodegradaçãoSanitary landfills - LeachingOzoneBiodegradationTratamento de lixiviado de aterro sanitário por processo de ozonizaçãoTreatment of landfill leachate by ozonization processinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisCampo MourãoArantes, Eudes JoséCastro, Thiago Moraes deArantes, Eudes JoséCastro, Thiago Moraes deMedeiros, Flávia Vieira da SilvaGonçalves, Morgana SuszekRécio, Larissa Vareschiinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRORIGINALtratamentolixiviadoaterroozonizacao.pdfapplication/pdf986084http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/7053/1/tratamentolixiviadoaterroozonizacao.pdf959d7f14d49297b2c5df9a9ca6d1a8bcMD51LICENSElicense.txttext/plain1290http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/7053/2/license.txtb9d82215ab23456fa2d8b49c5df1b95bMD52TEXTtratamentolixiviadoaterroozonizacao.pdf.txtExtracted texttext/plain78153http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/7053/3/tratamentolixiviadoaterroozonizacao.pdf.txtaaa0a0f4ab33d56d49a4e89ea277e100MD53THUMBNAILtratamentolixiviadoaterroozonizacao.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1181http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/7053/4/tratamentolixiviadoaterroozonizacao.pdf.jpg3d48d4fdc44a9ba8b4a71ab0791ce1d3MD541/70532020-11-10 11:23:51.54oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/7053TmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbywgYXV0b3Jpem8gYSBVVEZQUiBhIHZlaWN1bGFyLCAKYXRyYXbDqXMgZG8gUG9ydGFsIGRlIEluZm9ybWHDp8OjbyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIChQSUFBKSBlIGRvcyBDYXTDoWxvZ29zIGRhcyBCaWJsaW90ZWNhcyAKZGVzdGEgSW5zdGl0dWnDp8Ojbywgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBkZSBhY29yZG8gY29tIGEgTGVpIG5vIDkuNjEwLzk4LCAKbyB0ZXh0byBkZXN0YSBvYnJhLCBvYnNlcnZhbmRvIGFzIGNvbmRpw6fDtWVzIGRlIGRpc3BvbmliaWxpemHDp8OjbyByZWdpc3RyYWRhcyBubyBpdGVtIDQgZG8gCuKAnFRlcm1vIGRlIEF1dG9yaXphw6fDo28gcGFyYSBQdWJsaWNhw6fDo28gZGUgVHJhYmFsaG9zIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28gZGUgR3JhZHVhw6fDo28gZSAKRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbywgRGlzc2VydGHDp8O1ZXMgZSBUZXNlcyBubyBQb3J0YWwgZGUgSW5mb3JtYcOnw6NvIGUgbm9zIENhdMOhbG9nb3MgRWxldHLDtG5pY29zIGRvIApTaXN0ZW1hIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVURlBS4oCdLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkLCB2aXNhbmRvIGEgCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBwcm9kdcOnw6NvIGNpZW50w61maWNhIGJyYXNpbGVpcmEuCgogIEFzIHZpYXMgb3JpZ2luYWlzIGUgYXNzaW5hZGFzIHBlbG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvIOKAnFRlcm1vIGRlIEF1dG9yaXphw6fDo28gcGFyYSBQdWJsaWNhw6fDo28gZGUgClRyYWJhbGhvcyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvIGRlIEdyYWR1YcOnw6NvIGUgRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbywgRGlzc2VydGHDp8O1ZXMgZSBUZXNlcyBubyBQb3J0YWwgCmRlIEluZm9ybWHDp8OjbyBlIG5vcyBDYXTDoWxvZ29zIEVsZXRyw7RuaWNvcyBkbyBTaXN0ZW1hIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVURlBS4oCdIGUgZGEg4oCcRGVjbGFyYcOnw6NvIApkZSBBdXRvcmlh4oCdIGVuY29udHJhbS1zZSBhcnF1aXZhZGFzIG5hIEJpYmxpb3RlY2EgZG8gQ8OibXB1cyBubyBxdWFsIG8gdHJhYmFsaG8gZm9pIGRlZmVuZGlkby4gCk5vIGNhc28gZGUgcHVibGljYcOnw7VlcyBkZSBhdXRvcmlhIGNvbGV0aXZhIGUgbXVsdGljw6JtcHVzLCBvcyBkb2N1bWVudG9zIGZpY2Fyw6NvIHNvYiBndWFyZGEgZGEgCkJpYmxpb3RlY2EgY29tIGEgcXVhbCBvIOKAnHByaW1laXJvIGF1dG9y4oCdIHBvc3N1YSB2w61uY3Vsby4KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.utfpr.edu.br:8080/oai/requestopendoar:2020-11-10T13:23:51Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false
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