Espaço, memória e identidade em Quarenta dias (2014), de Maria Valéria Rezende

• Autor(a) principal: Modesto, Andrezza Braga
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/28471
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS; Ficção romântica; Identidade (Psicologia) na literatura; Memória na literatura; Rezende, M. V. (Maria Valéria), 1942-; Romance fiction; Identity (Psychology) in literature,; Memory in literature

As tendências da literatura brasileira contemporânea têm mostrado a representação do espaço e da experiência subjetiva do indivíduo. O propósito deste trabalho consiste em analisar a obra Quarenta dias (2014), de Maria Valéria Rezende. A autora brasileira trabalha com temas importantes em sua literatura, tais como: a proposta de uma visão social e política, crítica feminista, movimentos migratórios, a relação entre espaço, memória e identidade. A narrativa em questão apresenta-se como um romance cujo tema é o deslocamento geográfico. Alice, a protagonista, se muda de Paraíba para Porto Alegre para acompanhar os planos de gravidez da filha. Conquanto, a história desdobra-se com o desaparecimento de Cícero Araújo. A narradora dedica-se a essa busca para encontrá-lo. Assim, Quarenta dias torna-se referência ao tempo vivenciado nas ruas, transitando e dormindo pelos cantos da cidade. Brandão e Pessôa (2019) já diziam que as transformações no espaço acontecem por conta do sujeito de memória, o qual pretende solidificar a construção textual a partir da materialização de determinados lugares como: casas, ruas, bairros, cidades. Com base nessas reflexões, este trabalho, portanto, investigou o espaço da cidade como reflexo da memória e identidade no romance da escritora Maria Valéria Rezende. Metodologicamente, a pesquisa é de cunho qualitativo, pautada na análise literária e ancora-se no método bibliográfico-exploratório. Os instrumentos de coletas de dados levaram em consideração o romance, como elemento essencial, à luz dos suportes teóricos principais para análise tais como Luis Alberto Brandão e Silvana Pessôa (2019), Walter Benjamin (2020), Yi-Fu Tuan (1980 e 2015), Jeanne Gagnebin (2009) e Aleida Assmann (2011).