Resíduos descartados como rejeitos por cooperativa de catadores: composição e análise da perda de receita

• Autor(a) principal: Homse, Rafael Arrobas Martins
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/12098
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA; Coleta seletiva de lixo; Resíduos industriais; Cooperativas de reciclagem; Refuse collection; Factory and trade waste; Recycling cooperatives

Após a promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010), a coleta seletiva tem assumido maior importância para o desenvolvimento sustentável das cidades, pois é uma atividade que contribui com a saúde humana e ambiental e representa a fonte de renda de muitos trabalhadores. Em Londrina, o programa de Coleta Seletiva de resíduos sólidos foi implantado em 1996. Esse programa passou a ser visto como modelo, recomendado para implantação em outras cidades do país. Porém, apesar de ser referência, muitos rejeitos ainda chegam ao sistema, o que onera e dificulta o processo de triagem pelos catadores. Desta forma, o objetivo deste estudo foi quantificar a massa de rejeitos junto ao material coletado pela Cooper Região, primeira cooperativa de catadores de Londrina, de modo a estimar a produção mensal e determinar a sua composição gravimétrica ao longo de 17 dias de monitoramento. Além disso, calculou-se a perda de receita decorrente da não separação adequada dos resíduos na origem e os custos que estes rejeitos implicam para o sistema. Por fim, verificou-se a viabilidade econômica do projeto da coleta seletiva desta cooperativa. Observou-se que cerca de 13% do material que é comercializado pela cooperativa é considerado rejeito e, deste montante, foram encontrados materiais que são recicláveis, porém não são comercializados, como plásticos (28%) estralo, laminado e plástico P1; materiais que são realmente rejeitos, como têxteis (32%), fralda (1%), papel de uso pessoal (2%); e materiais recicláveis que no processo de triagem na esteira não são pegos pelos catadores e, por isso, foram descartados como rejeitos (21%). Este rejeito apresentou uma perda de receita expressiva à cooperativa, valor que poderia ser utilizado para melhoria do processo como um todo e também acarretaria em um aumento salarial de 1.115 % para os cooperados. Observou-se que este projeto é viável economicamente, porém obteve um longo payback (16 anos e 6 meses). Caso o volume de rejeitos fosse zero, o tempo de retorno seria de aproximadamente um ano.