Determinação de MP2,5 e black carbon em decorrência da queima ilegal de resíduos sólidos urbanos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Caroline Hatada de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4021
Resumo: A queima ilegal e a céu aberto de resíduos sólidos urbanos (RSU) é um tema pouco estudado no Brasil, país que ocupa a terceira posição dentre os que mais queimam resíduos no mundo. A queima emite diversos tipos de poluentes atmosféricos, incluindo o material particulado fino (MP2,5) e o black carbon (BC), com efeitos negativos sobre a saúde humana e o clima. Este estudo determinou as concentrações de BC e MP2,5 em uma área residencial na zona Leste de Londrina (PR) impactada pela queima ilegal de RSU. O monitoramento dessas variáveis foi realizado no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e no câmpus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em junho e julho de 2017 (35 dias) e através de coletas móveis em sete dias pelos bairros próximos ao CRAS e UTFPR. Também foi aplicada uma pesquisa de opinião pública em duas escolas na área de estudo, visando entender os hábitos e percepções quanto a esta problemática, os tipos de resíduos queimados, a frequência com que observam queimadas no bairro e o entendimento dos malefícios causados pela queima. A concentração média horária de BC e MP2,5 no CRAS foi de 1,5 μg m-³ e 9,9 μg m-³ respectivamente, e de BC na UTFPR foi de 1,5 μg m-³. As maiores concentrações de MP2,5 foram observadas aos sábados e domingos, das 19 às 23 horas, enquanto os picos de BC ocorreram em dias de semana e sábados, às 18 horas. O exponente de Ångstrom (um indicador para identificar o tipo de queima) foi sempre maior que 1, indicando presença de biomassa na queima. No monitoramento móvel, o percentil 95 (30,7 μg m-³ para MP2,5 e 18,9 μg m-³ para BC) foi ultrapassado em 98 pontos para o MP2,5, chegando ao máximo de 568,2 μg m-³, e BC em 72 pontos, atingindo o máximo de 834,2 μg m-³. A média das concentrações de material particulado nos pontos fixos não foi superior às encontradas em outros estudos em locais impactados pelo tráfego veicular. No entanto o monitoramento móvel indicou que a maior parte dos picos de concentração estava associada a eventos pontuais de queima de RSU, mostrando que a qualidade do ar em locais onde se queima frequentemente pode ser inferior a daqueles que sofrem influência do tráfego veicular. A maior parte dos entrevistados respondeu que sabe que queimar resíduos é prejudicial ao meio ambiente e à saúde (95% e 93%, respectivamente). A pesquisa revelou que 62% dos resíduos queimados poderiam ter sido recolhidos pela prefeitura, e 53% dos alunos afirmaram que a queima está relacionada com o aspecto cultural da população. Recentemente, a legislação brasileira estabeleceu um padrão de concentração atmosférica para MP2,5, e há regulamentação e pena prevista em lei para a queima ilegal de RSU. Portanto, implementar fiscalização frequente e políticas de educação ambiental focando na queima de resíduos poderia ajudar a combater o problema, pois apesar da população entender os malefícios causados por esta prática, ela ainda é corriqueira e muito prejudicial.
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O monitoramento dessas variáveis foi realizado no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e no câmpus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em junho e julho de 2017 (35 dias) e através de coletas móveis em sete dias pelos bairros próximos ao CRAS e UTFPR. Também foi aplicada uma pesquisa de opinião pública em duas escolas na área de estudo, visando entender os hábitos e percepções quanto a esta problemática, os tipos de resíduos queimados, a frequência com que observam queimadas no bairro e o entendimento dos malefícios causados pela queima. A concentração média horária de BC e MP2,5 no CRAS foi de 1,5 μg m-³ e 9,9 μg m-³ respectivamente, e de BC na UTFPR foi de 1,5 μg m-³. As maiores concentrações de MP2,5 foram observadas aos sábados e domingos, das 19 às 23 horas, enquanto os picos de BC ocorreram em dias de semana e sábados, às 18 horas. 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A pesquisa revelou que 62% dos resíduos queimados poderiam ter sido recolhidos pela prefeitura, e 53% dos alunos afirmaram que a queima está relacionada com o aspecto cultural da população. Recentemente, a legislação brasileira estabeleceu um padrão de concentração atmosférica para MP2,5, e há regulamentação e pena prevista em lei para a queima ilegal de RSU. Portanto, implementar fiscalização frequente e políticas de educação ambiental focando na queima de resíduos poderia ajudar a combater o problema, pois apesar da população entender os malefícios causados por esta prática, ela ainda é corriqueira e muito prejudicial.A queima ilegal e a céu aberto de resíduos sólidos urbanos (RSU) é um tema pouco estudado no Brasil, país que ocupa a terceira posição dentre os que mais queimam resíduos no mundo. A queima emite diversos tipos de poluentes atmosféricos, incluindo o material particulado fino (MP2,5) e o black carbon (BC), com efeitos negativos sobre a saúde humana e o clima. Este estudo determinou as concentrações de BC e MP2,5 em uma área residencial na zona Leste de Londrina (PR) impactada pela queima ilegal de RSU. O monitoramento dessas variáveis foi realizado no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e no câmpus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) em junho e julho de 2017 (35 dias) e através de coletas móveis em sete dias pelos bairros próximos ao CRAS e UTFPR. Também foi aplicada uma pesquisa de opinião pública em duas escolas na área de estudo, visando entender os hábitos e percepções quanto a esta problemática, os tipos de resíduos queimados, a frequência com que observam queimadas no bairro e o entendimento dos malefícios causados pela queima. A concentração média horária de BC e MP2,5 no CRAS foi de 1,5 μg m-³ e 9,9 μg m-³ respectivamente, e de BC na UTFPR foi de 1,5 μg m-³. 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Portanto, implementar fiscalização frequente e políticas de educação ambiental focando na queima de resíduos poderia ajudar a combater o problema, pois apesar da população entender os malefícios causados por esta prática, ela ainda é corriqueira e muito prejudicial.porUniversidade Tecnológica Federal do ParanáLondrinaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia AmbientalUTFPRBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIAEngenharia SanitáriaPoluentesAr - PoluiçãoPollutantsAir - PollutionDeterminação de MP2,5 e black carbon em decorrência da queima ilegal de resíduos sólidos urbanosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisLondrinaKrecl, Patriciahttp://lattes.cnpq.br/7010587657666224Dal Bosco, Tatiane Cristinahttp://lattes.cnpq.br/5366505130911021Krecl, PatriciaFernandes, FernandoTargino, Admir Créso de Limahttp://lattes.cnpq.br/7200425460098904Lima, Caroline Hatada dereponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRORIGINALLD_PPGEA_M_Lima_Caroline Hatada de_2019.pdfLD_PPGEA_M_Lima_Caroline Hatada de_2019.pdfapplication/pdf7871953http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/4021/1/LD_PPGEA_M_Lima_Caroline%20Hatada%20de_2019.pdf29cd8f0c3ed899e9094f6908027b7376MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81031http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/4021/2/license_rdf934f4ca17e109e0a05eaeaba504d7ce4MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81290http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/4021/3/license.txtb9d82215ab23456fa2d8b49c5df1b95bMD53TEXTLD_PPGEA_M_Lima_Caroline Hatada de_2019.pdf.txtLD_PPGEA_M_Lima_Caroline Hatada de_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain168116http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/4021/4/LD_PPGEA_M_Lima_Caroline%20Hatada%20de_2019.pdf.txtba39ce9e1a7ea913ecd25f1d4523c03fMD54THUMBNAILLD_PPGEA_M_Lima_Caroline Hatada de_2019.pdf.jpgLD_PPGEA_M_Lima_Caroline Hatada de_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1315http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/4021/5/LD_PPGEA_M_Lima_Caroline%20Hatada%20de_2019.pdf.jpg73b8db7e5f464907f74a3850f126f3e2MD551/40212019-11-14 21:42:30.326oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/4021TmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbywgYXV0b3Jpem8gYSBVVEZQUiBhIHZlaWN1bGFyLCAKYXRyYXbDqXMgZG8gUG9ydGFsIGRlIEluZm9ybWHDp8OjbyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvIChQSUFBKSBlIGRvcyBDYXTDoWxvZ29zIGRhcyBCaWJsaW90ZWNhcyAKZGVzdGEgSW5zdGl0dWnDp8Ojbywgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBkZSBhY29yZG8gY29tIGEgTGVpIG5vIDkuNjEwLzk4LCAKbyB0ZXh0byBkZXN0YSBvYnJhLCBvYnNlcnZhbmRvIGFzIGNvbmRpw6fDtWVzIGRlIGRpc3BvbmliaWxpemHDp8OjbyByZWdpc3RyYWRhcyBubyBpdGVtIDQgZG8gCuKAnFRlcm1vIGRlIEF1dG9yaXphw6fDo28gcGFyYSBQdWJsaWNhw6fDo28gZGUgVHJhYmFsaG9zIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28gZGUgR3JhZHVhw6fDo28gZSAKRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbywgRGlzc2VydGHDp8O1ZXMgZSBUZXNlcyBubyBQb3J0YWwgZGUgSW5mb3JtYcOnw6NvIGUgbm9zIENhdMOhbG9nb3MgRWxldHLDtG5pY29zIGRvIApTaXN0ZW1hIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVURlBS4oCdLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkLCB2aXNhbmRvIGEgCmRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBwcm9kdcOnw6NvIGNpZW50w61maWNhIGJyYXNpbGVpcmEuCgogIEFzIHZpYXMgb3JpZ2luYWlzIGUgYXNzaW5hZGFzIHBlbG8ocykgYXV0b3IoZXMpIGRvIOKAnFRlcm1vIGRlIEF1dG9yaXphw6fDo28gcGFyYSBQdWJsaWNhw6fDo28gZGUgClRyYWJhbGhvcyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvIGRlIEdyYWR1YcOnw6NvIGUgRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbywgRGlzc2VydGHDp8O1ZXMgZSBUZXNlcyBubyBQb3J0YWwgCmRlIEluZm9ybWHDp8OjbyBlIG5vcyBDYXTDoWxvZ29zIEVsZXRyw7RuaWNvcyBkbyBTaXN0ZW1hIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVURlBS4oCdIGUgZGEg4oCcRGVjbGFyYcOnw6NvIApkZSBBdXRvcmlh4oCdIGVuY29udHJhbS1zZSBhcnF1aXZhZGFzIG5hIEJpYmxpb3RlY2EgZG8gQ8OibXB1cyBubyBxdWFsIG8gdHJhYmFsaG8gZm9pIGRlZmVuZGlkby4gCk5vIGNhc28gZGUgcHVibGljYcOnw7VlcyBkZSBhdXRvcmlhIGNvbGV0aXZhIGUgbXVsdGljw6JtcHVzLCBvcyBkb2N1bWVudG9zIGZpY2Fyw6NvIHNvYiBndWFyZGEgZGEgCkJpYmxpb3RlY2EgY29tIGEgcXVhbCBvIOKAnHByaW1laXJvIGF1dG9y4oCdIHBvc3N1YSB2w61uY3Vsby4KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.utfpr.edu.br:8080/oai/requestopendoar:2019-11-14T23:42:30Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false
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