Estimativa da incorporação de carbono em biomassa arbórea em três trechos da arborização urbana de Londrina - PR

• Autor(a) principal: Bianco, Rafael
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/11988
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS; Sequestro de carbono; Biomassa; Arborização das cidades; Carbon sequestration; Biomass; Trees in cities

Com o crescimento exponencial da população humana, toneladas de gases do efeito estufa (GEEs) causadores do aquecimento global, como o CO2, vêm sendo liberadas na atmosfera. Por esta razão, surgiram iniciativas como o Protocolo de Quioto, que visam à redução do carbono atmosférico. Assim, as árvores têm merecido destaque como potenciais redutoras do carbono atmosférico, pois, através da fotossíntese, sequestram o carbono e produzem a matéria orgânica que passa a incorporar a biomassa, permitindo o crescimento e desenvolvimento das plantas. O presente trabalho teve como objetivos quantificar o carbono incorporado na biomassa acima do solo junto à arborização urbana de Londrina, por meio do método não destrutivo indireto, através da utilização de quatro equações alométricas, com o intuito de gerar subsídios para políticas públicas. Para isso, realizou-se o inventário da arborização em 9 quadras de três bairros de Londrina: o Centro, a Vila Brasil e a Gleba Palhano. Em cada trecho, todas as plantas presentes junto ao calçamento viário foram amostradas, medindo-se a altura total, a altura do fuste, a circunferência à altura do peito (CAP–1,3m), a circunferência na base do fuste e a circunferência ao final do fuste. Foram utilizadas 4 equações para estimativa da biomassa, oriundas de estudos em florestas tropicais. Foram amostradas11 espécies para a Gleba Palhano, 26 para o Centro e 36 para a Vila Brasil, com variação no número de indivíduos de 179 a 252, sendo a área central a que apresentou maior abundância. A quantidade total de carbono acumulado na biomassa acima do solo nas árvores amostradas no Centro (8,4 ton.ha-1) foi maior que nos outros dois trechos (1,1 a 7,6 ton.ha-1), independente da equação utilizada. A Sibipiruna foi a espécie com a maior quantidade de carbono acumulado, chegando a 4580,5 ± 548,8 kg.arvore-1. A meta do município em utilizar as árvores como sumidouros de carbono e amortecedores climáticos requer o aumento da densidade arbórea, que pode ser alcançada pela ocupação de espaços livres com espécies nativas, de porte variado e adequado a cada local e, sobretudo, buscar implantar áreas verdes que possam comportar espécies de grande porte com maior potencial de incorporação de carbono em biomassa.