Potencial de aproveitamento de lodo biológico como combustível em caldeiras

• Autor(a) principal: Schulz, Eduardo De Paula
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/12556
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA SANITARIA::SANEAMENTO AMBIENTAL; Lodo residual; Resíduos como combustível; Caldeiras - Combustíveis; Sewage sludge; Waste products as fuel; Boilers - Fuel

Em grande parte dos laticínios, são usados métodos biológicos para o tratamento dos efluentes, o que causa grande formação de lodo biológico. Esse resíduo sólido é armazenado dentro da própria planta industrial e posteriormente, destinados a outros locais fora da planta industrial geradora para ser tratado, elevando os custos operacionais. Por outro lado, a alta concentração de matéria orgânica presente no lodo o torna interessante para uso dentro da própria indústria, reintroduzindo-o como matéria prima energética para a queima em caldeira, que, por sua vez, é largamente utilizada na indústria para a produção de vapor para os mais diversos processos. Frente ao exposto, o objetivo deste trabalho consistiu em avaliar a viabilidade técnica da queima de lodo na caldeira, por meio da comparação do potencial calorífico do lodo, em diferentes concentrações de umidade, combinado com o atual material usado na caldeira (cavaco). Para a realização do estudo foram utilizadas técnicas de secagem e calcinação em estufa de secagem com recirculação de ar e mufla, além de bomba calorimétrica para detecção do poder calorífico dos materiais analisados. Através deste trabalho, determinou-se o poder calorífico do lodo in natura, 2025,96 kJ/kg, que se encontra uma concentração de sólidos de 17,99%, projetando uma economia na ordem de R$38.334,45 por mês com a queima do lodo em caldeira dentro da própria planta industrial geradora do resíduo. Foi analisada a economia prevista com a queima de lodo com pré-secagem até a concentração de sólidos de 50%, que detém um poder calorífico de 9646,55 kJ/kg, resultando em uma economia de R$41.104,50 por mês. Portanto, foi possível concluir que a destinação do lodo in natura para a caldeira gera uma economia inferior quando comparado com a queima do lodo previamente seco, de forma que tenha tendência de viabilidade de instalação de uma planta de secagem do lodo na agroindústria. Necessita-se de mais estudos sobre o atendimento das legislações pertinentes da queima do blend energético de cavaco de lenha e lodo em diferentes concentrações de umidade.