Potencial de óleo de chia (Salvia hispanica) no controle do mofo cinzento em pós-colheita de morangos e de Botrytis cinerea in vitro

• Autor(a) principal: Oligini, Karine Fuschter
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
• Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/10725
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA::FITOSSANIDADE; Essências e óleos essenciais; Morango - Cultivo; Botrytis cinerea; Essences and essential oils; Strawberries - Planting

Atualmente o Brasil é um dos maiores produtores de morango, porém a sua produção é fortemente limitada por problemas na sua cadeia produtiva e na pós - colheita devido ao mofo cinzento, o qual é causado por Botrytis cinerea, presente em todas as regiões produtoras do Brasil. Objetivou-se por meio deste trabalho, avaliar o potencial de óleo de chia (Salvia hispanica) no controle do mofo cinzento em pós colheita de morangos e de Botrytis cinerea in vitro. Frutos de morango foram submetidos ao tratamento por microaspersão, em diferentes concentrações de óleo de chia (0,125; 0,25; 0,5 e 1%), e na testemunha foi utilizado água destilada. Após 24 horas, os frutos foram inoculados com uma suspensão de esporos de B. cinerea (5x10-4 esporos ml-1). O delineamento foi inteiramente ao acaso (DIC) com 4 repetições de 20 frutos. Os frutos foram então armazenados em temperatura controlada de 10°C (±1°) e após 96 horas, ocorreu avaliação de perda de massa, coloração, firmeza de polpa, sólidos solúveis totais (SST), acidez titulável (AT), incidência e severidade do mofo cinzento. Ainda foram retiradas amostras de frutos para determinação da atividade das proteínas relacionadas à patogenicidade (PRPs), sendo elas fenilalanina amônia-liase (FAL), quitinases e β-1,3-glucanase. No experimento in vitro, foram utilizadas placas de Petri [marca registrada] como unidade experimental, em quatro repetições, incorporando o óleo de chia ao meio BDA (Batata-Dextrose e Agar) nas mesmas concentrações do experimento em pós colheita. No centro da placa, foi inserido um disco de 3mm de micélio de B. cinerea, e as placas mantidas em B.O.D por 96 horas, a 10°C ± 1°C, onde avaliou-se o processo de crescimento micelial, sendo este delineado em DIC com parcelas subdivididas no tempo. Óleo de chia atuou na redução da incidência do mofo cinzento em pós-colheita de morangos cv. Caminho Real, ativando a enzima quitinase. Não demonstrou ação sobre a FAL, e sobre a β-1,3 glucanase, bem como não alterou as características físico-químicas dos frutos. In vitro, não apresentou ação sobre o patógeno B. cinerea. Nesse sentido, conclui-se que o óleo de chia possui potencial de controle de mofo cinzento em morangos, e que tal ação está relacionada à ativação do processo de indução de resistência com a rota preferencial de ativação da enzima hidrolítica quitinase.