Caracterização dos fitólitos das espécies nativas de Arecaceae do município de Campo Mourão, Paraná

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Janaina Silva Rossi
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))
Texto Completo: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/6825
Resumo: Fitólitos são corpos de opala micrométrica que as plantas acumulam entre seus tecidos ao longo de sua vida e, ao fenecerem, depositam no solo. Esses corpos ficam depostos nos sedimentos e criam uma base de apoio para os estudos paleoambientais. Para que esses sejam efetuados é necessária a criação de um fitoteca de apoio, visando auxiliar na descrição da área estudada. O município de Campo Mourão, Paraná, está localizado numa área de transição de tipologias vegetais, Cerrado sensu strictu, Estacional Semidecidual e Ombrófila Mista. Isso faz com que ele seja um importante ponto na análise paleoambiental da região. Deste modo, a criação de uma fitoteca de apoio se faz necessária para auxiliar futuros pesquisadores. As espécies da família Arecaceae são muito bem disseminadas no Brasil, dominando varias tipologias vegetais e é também são boas produtoras de fitólitos. No município encontram-se sete espécies de palmeiras, Allagoptera campestris (Drude) O. Kuntze, Acrocomia hassleri (Barb.Rodr.) W.J.Hahn, Butia microspadix Burret, Butia paraguayensis (Barb. Rodr.) L. H. Bailey, Euterpe edulis Mart., Geonoma schottiana (Mart.) Drude e Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman. As espécies foram coletadas, divididas em bráctea peduncular, folíolo, raque da folha, ráquila e raque da inflorescência. Passaram por tratamento químico com 1:4 de ácido nítrico HNO3 e ácido sulfúrico H2SO4 aquecidas em chapa por 3h a 90 °C. As amostras foram centrifugadas com água para a remoção da solução ácida e então dispostas em lâminas. Foi contado um total de 1200 fitólitos por amostra, evidenciando o morfotipo Globular echinate como característico para a espécie. Posteriormente esse morfotipo foi analisado quanto ao tamanho de seu diâmetro maior e menor, excentricidade e número de espinhos. A excentricidade das espécies foi comparada através do teste de análise de variância, ANOVA. Apesar de apresentarem diferenças entre si, as espécies não serão facilmente diferenciadas em sedimento, sendo necessária a conexão entre todas as dimensões analisadas. A. hassleri apresenta G. echinate mais arredondados, aproximadamente 0,8, porém de pequeno tamanho, cerca de 11μm, sendo a mais diferente das espécies. As espécies de Butia se diferenciaram somente pelo tamanho do diâmetro maior, sendo que B. paraguayensis é, em média, 30 μm maior que B. microspadix. G. schottiana se diferencia das outras espécies no número de espinhos, com cerca de 50 espinhos por fitólito. Os valores de excentricidade de E. edulis são muito próximos aos de B. paraguayensis mas se diferencia pelo número de espinhos, 39 e 28 respectivamente. A espécie S. romanzoffiana apresentou médias de 20 espinhos, com 32 μm de diâmetro maior.
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spelling 2020-11-10T13:09:34Z2013-09-10PEREIRA, Janaina Silva Rossi.Caracterização dos fitólitos das espécies nativas de Arecaceae do município de Campo Mourão, Paraná. 2013. 64 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campo Mourão, 2013.http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/6825Fitólitos são corpos de opala micrométrica que as plantas acumulam entre seus tecidos ao longo de sua vida e, ao fenecerem, depositam no solo. Esses corpos ficam depostos nos sedimentos e criam uma base de apoio para os estudos paleoambientais. Para que esses sejam efetuados é necessária a criação de um fitoteca de apoio, visando auxiliar na descrição da área estudada. O município de Campo Mourão, Paraná, está localizado numa área de transição de tipologias vegetais, Cerrado sensu strictu, Estacional Semidecidual e Ombrófila Mista. Isso faz com que ele seja um importante ponto na análise paleoambiental da região. Deste modo, a criação de uma fitoteca de apoio se faz necessária para auxiliar futuros pesquisadores. As espécies da família Arecaceae são muito bem disseminadas no Brasil, dominando varias tipologias vegetais e é também são boas produtoras de fitólitos. No município encontram-se sete espécies de palmeiras, Allagoptera campestris (Drude) O. Kuntze, Acrocomia hassleri (Barb.Rodr.) W.J.Hahn, Butia microspadix Burret, Butia paraguayensis (Barb. Rodr.) L. H. Bailey, Euterpe edulis Mart., Geonoma schottiana (Mart.) Drude e Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman. As espécies foram coletadas, divididas em bráctea peduncular, folíolo, raque da folha, ráquila e raque da inflorescência. Passaram por tratamento químico com 1:4 de ácido nítrico HNO3 e ácido sulfúrico H2SO4 aquecidas em chapa por 3h a 90 °C. As amostras foram centrifugadas com água para a remoção da solução ácida e então dispostas em lâminas. Foi contado um total de 1200 fitólitos por amostra, evidenciando o morfotipo Globular echinate como característico para a espécie. Posteriormente esse morfotipo foi analisado quanto ao tamanho de seu diâmetro maior e menor, excentricidade e número de espinhos. A excentricidade das espécies foi comparada através do teste de análise de variância, ANOVA. Apesar de apresentarem diferenças entre si, as espécies não serão facilmente diferenciadas em sedimento, sendo necessária a conexão entre todas as dimensões analisadas. A. hassleri apresenta G. echinate mais arredondados, aproximadamente 0,8, porém de pequeno tamanho, cerca de 11μm, sendo a mais diferente das espécies. As espécies de Butia se diferenciaram somente pelo tamanho do diâmetro maior, sendo que B. paraguayensis é, em média, 30 μm maior que B. microspadix. G. schottiana se diferencia das outras espécies no número de espinhos, com cerca de 50 espinhos por fitólito. Os valores de excentricidade de E. edulis são muito próximos aos de B. paraguayensis mas se diferencia pelo número de espinhos, 39 e 28 respectivamente. A espécie S. romanzoffiana apresentou médias de 20 espinhos, com 32 μm de diâmetro maior.Opal phytoliths are micrometer bodies that plants accumulate between their tissues throughout their life and at the wither, lay on the ground. These bodies are deposed on sediments and create a support base for paleoenvironmental studies. For these is necessary to create a tape library support, to aid in the description of the study area. The municipality of Campo Mourão, Paraná, is located in a transition area of vegetation types, Cerrado sensu strictu, Estacional Semidecidual e Ombrófila Mista. This causes it to be an important point in paleoenvironmental analysis of the region. Thus, the creation of a tape library support is needed to assist future researchers. The species of the Arecaceae family are very widespread in Brazil, dominating several vegetation types are also good and is producing phytoliths. n the city there are seven species of palms, Allagoptera campestris (Drude) O. Kuntze, Acrocomia hassleri (Barb.Rodr.) W.J.Hahn, Butia microspadix Burret, Butia paraguayensis (Barb. Rodr.) L. H. Bailey, Euterpe edulis Mart., Geonoma schottiana (Mart.) Drude e Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman. The species were collected, divided into bract stalk, leaflets, the leaf rachis, ráquila and rachis of the inflorescence. Have undergone chemical treatment with 1:4 HNO3 nitric acid and sulfuric acid H2SO4 sheet heated for 3 hours at 90 ° C. The samples were centrifuged with water to remove the acid solution and then placed in slides. Was counted a total of 1200 phytoliths per sample, showing the morphotype Globular echinate as characteristic for this species. Later this morphotype was analyzed as to its diameter larger and smaller, eccentricity and number of thorns. The eccentricity of the species was compared by using analysis of variance, ANOVA. Despite significant differences in each other, the species are not easily distinguished in the sediment, requiring the connection between all the dimensions analyzed. A. hassleri presents G. echinate more rounded, approximately 0.8, though small in size, about 11μm, being the most different species. Butia species differed only by the size of the largest diameter and B. paraguayensis is on average greater than 30 microns B. microspadix. G. schottiana differs from other species in the number of spines, with about 50 spikes per phytolith. The values of eccentricity E. edulis are very close to those of B. paraguayensis but differ by the number of spines, 39 and 28 respectively. The species S. romanzoffiana showed an average of 20 spikes, 32 mm in diameter.5000porUniversidade Tecnológica Federal do ParanáCampo MouraoEngenharia AmbientalPalmeiraPalmsCaracterização dos fitólitos das espécies nativas de Arecaceae do município de Campo Mourão, Paranáinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisCampo MourãoCaxambú, Marcelo GaleazziParolin, MauroPereira, Janaina Silva Rossireponame:Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT))instname:Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)instacron:UTFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessTHUMBNAILCM_COEAM_2013_1_16.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1195http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/6825/1/CM_COEAM_2013_1_16.pdf.jpg05975b9449d4c5a4896756deda75039dMD51ORIGINALCM_COEAM_2013_1_16.pdfapplication/pdf4047769http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/6825/2/CM_COEAM_2013_1_16.pdfd9bf1902b84602d81fc72e4f4a7a88dbMD52LICENSElicense.txttext/plain1292http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/6825/3/license.txt009f5cba5f69d75c09da00b6f53f483aMD53TEXTCM_COEAM_2013_1_16.pdf.txtExtracted texttext/plain96620http://repositorio.utfpr.edu.br:8080/jspui/bitstream/1/6825/4/CM_COEAM_2013_1_16.pdf.txtf63a008bc304e39bdbc8cb0a1729a4f4MD541/68252020-11-10 11:09:34.768oai:repositorio.utfpr.edu.br:1/6825ICBOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBhdXRvcml6byBhIFVURlBSIGEgdmVpY3VsYXIsIAphdHJhdsOpcyBkbyBQb3J0YWwgZGUgSW5mb3JtYcOnw6NvIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG8gKFBJQUEpIGUgZG9zIENhdMOhbG9nb3MgZGFzIEJpYmxpb3RlY2FzIApkZXN0YSBJbnN0aXR1acOnw6NvLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIGRlIGFjb3JkbyBjb20gYSBMZWkgbm8gOS42MTAvOTgsIApvIHRleHRvIGRlc3RhIG9icmEsIG9ic2VydmFuZG8gYXMgY29uZGnDp8O1ZXMgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIHJlZ2lzdHJhZGFzIG5vIGl0ZW0gNCBkbyAK4oCcVGVybW8gZGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBUcmFiYWxob3MgZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbyBkZSBHcmFkdWHDp8OjbyBlIApFc3BlY2lhbGl6YcOnw6NvLCBEaXNzZXJ0YcOnw7VlcyBlIFRlc2VzIG5vIFBvcnRhbCBkZSBJbmZvcm1hw6fDo28gZSBub3MgQ2F0w6Fsb2dvcyBFbGV0csO0bmljb3MgZG8gClNpc3RlbWEgZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVVRGUFLigJ0sIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQsIHZpc2FuZG8gYSAKZGl2dWxnYcOnw6NvIGRhIHByb2R1w6fDo28gY2llbnTDrWZpY2EgYnJhc2lsZWlyYS4KCiAgQXMgdmlhcyBvcmlnaW5haXMgZSBhc3NpbmFkYXMgcGVsbyhzKSBhdXRvcihlcykgZG8g4oCcVGVybW8gZGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSAKVHJhYmFsaG9zIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28gZGUgR3JhZHVhw6fDo28gZSBFc3BlY2lhbGl6YcOnw6NvLCBEaXNzZXJ0YcOnw7VlcyBlIFRlc2VzIG5vIFBvcnRhbCAKZGUgSW5mb3JtYcOnw6NvIGUgbm9zIENhdMOhbG9nb3MgRWxldHLDtG5pY29zIGRvIFNpc3RlbWEgZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVVRGUFLigJ0gZSBkYSDigJxEZWNsYXJhw6fDo28gCmRlIEF1dG9yaWHigJ0gZW5jb250cmFtLXNlIGFycXVpdmFkYXMgbmEgQmlibGlvdGVjYSBkbyBDw6JtcHVzIG5vIHF1YWwgbyB0cmFiYWxobyBmb2kgZGVmZW5kaWRvLiAKTm8gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhw6fDtWVzIGRlIGF1dG9yaWEgY29sZXRpdmEgZSBtdWx0aWPDom1wdXMsIG9zIGRvY3VtZW50b3MgZmljYXLDo28gc29iIGd1YXJkYSBkYSAKQmlibGlvdGVjYSBjb20gYSBxdWFsIG8g4oCccHJpbWVpcm8gYXV0b3LigJ0gcG9zc3VhIHbDrW5jdWxvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.utfpr.edu.br:8080/oai/requestopendoar:2020-11-10T13:09:34Repositório Institucional da UTFPR (da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (RIUT)) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)false
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